segunda-feira, 30 de março de 2020

Coronavírus: museus, escolas e academias se mudam para o mundo digital

Com tours on-line e aulas pela internet, museus, galerias, academias e escolas fechados continuam oferecendo seus serviços aos usuários
A recomendação de isolamento social e a obrigatoriedade do fechamento de estabelecimentos não-essenciais, como museus, centros culturais e academias, estão mostrando que reside muita criatividade nos profissionais de todo o mundo. Museus, galerias, academias e escolas fechados em razão da pandemia do novo coronavírus encontraram uma forma de manter seus usuários conectados com a arte, os exercícios e o conhecimento.

Cultura e esporte na pandemia da COVID-19

Concertos musicais digitais

Orquestras de diferentes países têm disponibilizado apresentações com transmissões digitais. A Filarmônica de Berlim, da Alemanha, por exemplo, deixou gratuito o acesso à sua sala virtual de concertos. “Esperamos que, com essa iniciativa, possamos dar prazer ao maior número de pessoas possível com a nossa música. Já sentimos muita falta do público e esperamos que, dessa forma, possamos manter contato com o público pelo menos virtualmente ”, disse Olaf Maninger, violoncelista principal e presidente do conselho de mídia da orquestra. Há 600 concertos disponíveis, que foram apresentados na última década, além de cenas de bastidores.
Já a Filarmônica de Seul, da Coreia do Sul, fez uma transmissão ao vivo no YouTube com a Sinfonia n.º 3 de Beethoven. A iniciativa foi parte de uma campanha do governo local para oferecer conforto às pessoas durante a pandemia do coronavírus. A orquestra escolheu a peça, que se chama Heroica, como um tributo a toda equipe médica, funcionários do governo e voluntários que se dedicaram ao combate à doença.
A Met Opera, de Nova York, Estados Unidos, também deixou gratuito o acesso a sua galeria on-line de concertos.
ambiente virtual
Foto ilustrativa (Unsplash)

Museus virtuais

A plataforma Arts & Culture do Google firmou uma parceria com 1.200 museus para mostrar seus acervos on-line, através de tours virtuais. Fazem parte do projeto o MoMA, o Metropolitan Museum of Art e o Guggenheim ― os três de Nova York ―, o Musee D’Orsay, de Paris, a Tate Modern e o British Museum, de Londres, e o Museu Van Gogh, de Amsterdã, entre outros.
Alguns museus criaram suas próprias exposições virtuais. É o caso do Louvre, de Paris, do Uffizi Gallery, de Florença, do Museu do Vaticano, em Roma, e do Smithsonian National Museum of Natural History, de Washington DC.
No Brasil, a Pinacoteca de São Paulo, também fechada, lançou o #pinadecasa. Diariamente, em seu perfil no Instagram, a instituição publica uma obra de sua coleção, contando detalhes sobre ela nas palavras dos curadores do museu.

Exercícios em casa

Maior rede de academias da América Latina, com 2,3 milhões de alunos, a Smart Fit lançou o site Treine em Casa, com séries de exercícios preparados pelos professores da rede. As aulas são gratuitas e abertas a todos, alunos e não alunos.
No Instagram, diversos profissionais de educação física e professores de ioga tem feito aulas ao vivo através da ferramenta “live”.

Aulas on-line

A Faber-Castell deixou gratuito o acesso aos seus cursos on-line de desenho, lettering, narrativa, composição e desenvolvimento de personagens para adultos e crianças.
A ESPM disponibilizou cursos rápidos on-line e gratuitos com temas atuais do mercado. Há desde análise preditiva de tendências até antropologia do consumo, entre outras opções.
A FGV tem algumas iniciativas on-line e gratuitas também. Além de cursos, está transmitindo ao vivo as discussões do Gabinete Anticrise do FGVcenn, onde professores e convidados da FGV discutem tópicos e ferramentas para que o pequeno empresário possa enfrentar a pandemia.

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