Um grupo de cientistas formado por pesquisadores de três das principais universidades brasileiras veio a público para demonstrar sua preocupação com a velocidade de propagação da covid-19 no País, principalmente em algumas capitais. Segundo eles, a epidemia avança "muito mais rápido" do que previsto em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
"Essas três cidades atuariam como eixos de disseminação da infecção para outras partes do País", diz a nota técnica, assinada por profissionais da UFRJ (Universidade Federal do Rio Janeiro), USP (Universidade de São Paulo) e Universidade de Brasília (UnB). Os dados de infectados e mortes vêm superando as previsões que os cientistas fizeram há cerca de 20 dias.
Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, o número de casos confirmados da covid-19 já chega a 2.433, enquanto o país contabiliza 57 mortes causadas pelo coronavírus. A maioria dos casos segue sendo no estado de São Paulo, que registrou 48 dos 57 mortos.
No entanto, de acordo com os pesquisadores, Brasília tem expectativa de ultrapassar a capital paulista em número de casos já nas próximas semanas. Isso se deve ao fato de a cidade apresentar um risco de infecção maior, levando em consideração o tamanho da população que pode ser infectada.
Os cientistas defendem que o País siga adotando medidas de supressão da transmissão, baseadas no isolamento social. Segundo o grupo, apenas a mitigação, que tenta isolar casos suspeitos, não será suficiente para evitar o aumento exponencial da epidemia nas próximas semanas.
Principais sintomas da covid-19
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