Pouca gente sabe, mas medicamentos vencidos ou em desuso não podem ser
descartados no lixo comum. Entenda por que e saiba como se desfazer deles de
forma correta
Raul Andreucci
raul.andreucci@folhauniversal.com.br
raul.andreucci@folhauniversal.com.br
Talvez você
não saiba, mas os medicamentos com validade em dia, porém em desuso, ou já
vencidos não devem ser descartados no lixo comum. E não se trata de preciosismo.
As substâncias químicas que seguem para os aterros contaminam o solo e,
consequentemente, o lençol freático, podendo um dia voltar à água que usamos em
casa. Colocá-los entre os reciclados ou mandálos pela descarga também não são
ações que resolvem o problema. O meio ambiente será intoxicado da mesma
maneira.
Sem falar no risco de que outras pessoas, por
algum motivo, vasculhem o lixo na rua antes do lixeiro e façam mau uso do
remédio, como consumi-lo, repassá-lo ou até vendê-lo. "Em suma, temos aí um
problema ambiental, de saúde pública e criminal. Uma hora, essa conta ia
chegar", analisa José Francisco Agostini Roxo, diretor da BHS, maior incubadora
da América do Sul e responsável por criar a instalação que recebe medicamentos
em algumas farmácias e supermercados do País.
Mas não se culpe, leitor,
por não saber como agir. De acordo com pesquisa de 5 anos atrás da Faculdade
Oswaldo Cruz, de São Paulo, poucos brasileiros sabem o que fazer com os
remédios. Segundo a responsável pelo estudo, a coordenadora do curso de
Farmácia, Marisa Veiga, de lá pra cá, a situação não mudou muito, "porque nada
foi feito de efetivo. Até outro dia a Anvisa (Agência de Vigilância
Sanitária) ainda recomendava que se jogasse na privada".
O debate no Brasil sobre
qual a melhor maneira de se descartar este tipo de produto só esquentou a partir
de 2009 e ainda está engatinhando. Discute-se em Brasília, num grupo comandado
pela Anvisa, qual o melhor sistema para coleta, transporte e destinação final
desses resíduos. Enquanto não há um sistema nacional, padronizado, começam a
despontar alternativas em vários municípios brasileiros.
Fonte: Folha Univesal
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