sábado, 2 de novembro de 2013

Pnuma: 3,5 bilhões de pessoas não têm acesso ao manejo do lixo

Pnuma: 3,5 bilhões de pessoas não têm acesso ao manejo do lixo



Por Edgard Júnior, do Instituto Carbono Brasil
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), alertou que 3,5 bilhões de pessoas, metade da população mundial, não têm acesso ao manejo do lixo. Segundo o Pnuma, essa situação representa riscos à saúde e ao meio ambiente, além de prejudicar a economia.
Guia
A informação consta do Guia de Estratégias Nacionais para o Manejo do Lixo: Mudando de Desafios para Oportunidades, preparado com o apoio do Instituto da ONU para Treinamento e Pesquisa, Unitar.
O documento fornece um guia estratégico aos países cujos sistemas de manejo do lixo estejam desorganizados, com poucos recursos ou passando por alguma revisão.
Lixões
Segundo o Pnuma, os lixões, como são chamadas as áreas abertas onde os dejetos são despejados, podem causar sérios problemas de saúde para as pessoas que vivem perto desses locais.
Além disso, o Guia afirma que um manejo ruim do lixo pode causar a contaminação do solo e da água. A queima do material pode poluir o ar e o fato de não se utilizar materiais reciclados pode acelerar o esgotamento dos bens naturais.
Coleta
O Pnuma calcula que todos os anos são coletados 1,3 bilhão de toneladas de lixo sólido no mundo. Essa quantidade deve aumentar para 2,2 bilhões até 2025, principalmente, por causa dos países em desenvolvimento.
O mercado global do lixo, desde a coleta até a reciclagem, movimenta um mercado de US$ 410 bilhões por ano, mais de R$ 820 bilhões. As atividades de reciclagem na União Europeia geraram mais de 500 mil empregos em 2008.
Desperdício
O Guia do Pnuma diz ainda que o desperdício de alimentos chega a 1,3 bilhão de toneladas por ano. Praticamente um terço da comida destinada ao consumo humano é perdida ou jogada no lixo anualmente.
Para combater o problema, o documento diz que o manejo não é o único desafio. Os benefícios aparecem quando o lixo é tratado como um recurso que pode ser recuperado e colocado para uso produtivo e rentável.
O Pnuma reforça a importância da implementação de estratégias nacionais, como também, da necessidade de ajuste dos sistemas tendo como base mudanças das circunstâncias ou do contexto local.
Matéria originalmente publicada em: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=735351

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