José Eduardo Mendonça -
Governo deve abandonar promessa a 160 mil evacuados
Tudo o que a maioria dos refugiados mais idosos do desastre de Fukushima quer é voltar aos lares que foram forçados a abandonar. Outros preferem seguir em frente, cortando os laços com as cidades fantasmas surgidas no rastro da destruição.
No entanto, todos partilham uma certeza – o governo japonês não consegue cumprir suas metas iniciais de limpar as áreas evacuadas. Ichiro Kazawa, de 61 anos, cuja casa foi varrida pelo tsnunami, resume a frustração: “Não se pode levar uma vida temporária para sempre.”
Kazawa escapou quatro minutos antes da primeira onda. Ele espera no ano que vem retornar para uma casa em Fukushima e levar sua mãe de 88 anos de volta. Mas quer que o governo admita o que muitos evacuados já aceitaram – estas casas não vão existir.
O governo japonês parece ter jogado a toalha, admitindo pela primeira vez que dezenas de milhares de pessoas podem nunca mais voltar para seus lares.
Um relatório feito por membros do Partido Liberal-Democrata, líder da coalizão governamental, pede ao governo que abandone a promessa a todos os 160 mil evacuados que suas casas atingidas pela radiação algum dia poderão ser habitadas.
Eles pedem, em vez disso, apoio financeiro para que residentes deslocados se mudem para novas casas em outros locais, e que o estado gaste mais com o armazenamento de enormes quantidades de lixo radiativo sendo removidos da zona de evacuação de 12 milhas em torno da usina.
A descontaminação está totalmente atrasada em 7 das 11 cidades selecionadas, o que forçou autoridades a afirmarem recentemente que não terminarão o trabalho antes do prazo, em março de 2014, informa o .
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