Apenas 4% do total dos vidros substituídos recebem destinação
adequada Por Kléber Carreira.
O total de veículos no Brasil mais que dobrou na
última década atingindo, no fim do ano passado, a marca de 32,5 milhões. A idade
média da frota passou de 8 anos e 10 meses em 2009 para 8 anos e 8 meses em
2010. Todo mundo sabe que os carros são considerados os grandes vilões da
poluição do ar e são também os responsáveis por jogar na natureza, mensalmente,
cerca de 5 mil toneladas de resíduos de vidros, um material de dificílima
degradação, que leva mais de cinco mil anos para se decompor e que vem causando
graves danos ao meio ambiente. Para agravar ainda mais a situação, a reciclagem
deste material, no Brasil, ainda é muito pequena, uma vez que na Europa e nos
Estados Unidos o índice é superior a 50%.
Por esse motivo, o Instituto Autoglass
não mede esforços para que o Projeto de Lei nº 477/2009, de autoria do senador
Gerson Camata (PMDB-ES), que institui a obrigatoriedade da reciclagem de vidros
automotivos em todo o País, seja aprovado. Neste momento, o PL encontra-se na
Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA),
da Câmara dos Deputados, mas já foi aprovado no Senado Federal em 2010. No
Espírito Santo, Estado sede do Instituto Autoglass a Lei já foi aprovada e está
em vigor desde 2008 obrigando as empresas que fabricam, importam, comercializam
ou instalam vidros nos veículos a serem responsáveis pela coleta, reciclagem e
descarte final dos produtos, em condições adequadas, em termos ambientais.
Infelizmente, o Brasil ainda está engatinhando quando o assunto é reciclagem de
pára-brisas. Apenas 4% do total dos vidros substituídos recebem destinação
adequada. Atualmente, o Instituto Autoglass recolhe, em todas as suas 32
unidades e 700 pontos de atendimento, 130 toneladas, por mês, do material. É um
número muito pequeno considerando o universo do volume dos resíduos despejados
na natureza mensalmente. Nós, do Instituto Autoglass, estamos fortemente
comprometidos com a formação de seres humanos conscientes, aptos a contribuir
com a mobilização do Brasil para melhorar o equilíbrio ambiental, social e
econômico. Um dos princípios aqui trabalhados é a adoção de políticas de ações
sociais que envolvam alunos, professores, colaboradores e a comunidade que
vivem, fomentando a prática de responsabilidade social. O Instituto Autoglass
vem, ao longo de anos, investindo na conscientização dos cidadãos sobre os
efeitos danosos do vidro automotivo para a natureza e também na educação de
crianças e adolescentes a respeito da coleta seletiva de lixo, com o objetivo de
formar cidadãos conscientes pa ra questões ambientais. Nossa meta é fazer com
que a sociedade, as empresas e o governo se unam e comecem a se policiar em tudo
que diz respeito ao meio ambiente, sempre pensando nas gerações futuras. O
aquecimento global está aí, na nossa cara. Com ele, o derretimento das geleiras,
o aumento do nível dos mares, desmatamento... Muitos esquecem que, ao promover a
destruição da natureza, automaticamente estão se autodestruindo. A consciência
ecológica é fundamental nos dias de hoje. Aprendemos muito e aplicamos pouco. É
preciso reverter, com urgência, essa situação. É necessário o despertar da
sociedade, como guardiã do planeta, é sua obrigação cuidar hoje para não faltar
amanhã. Kléber Carreira é diretor do Instituto Autoglass.
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