As 38 mil toneladas de lixo
orgânico produzidas mensalmente em cinco das sete cidades do Grande ABC vão,
fatalmente, parar em aterros sanitários. Não há alternativas para a destinação,
que consome por mês R$ 5,3 milhões das Prefeituras. Os dados são referentes a
São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Santo André e Rio
Grande da Serra não responderam.
Segundo o professor de Gestão Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo, Carlos Henrique de Oliveira, há duas alternativas viáveis para grandes centros urbanos: a compostagem, processo de decomposição do material orgânico que resulta em adubo para plantas, e a biodigestão, que acelera essa mesma decomposição e produz gás metano, utilizado para gerar energia. "É possível fazer ambos em larga escala. A diferença é o tempo que leva para a matéria se decompor: de 2 a 3 dias no caso do biodigestor e cerca de 60 dias para a compostagem."
Para Oliveira, é importante que o poder público pense na questão do lixo orgânico além do reciclável, mas a conscientização também precisa partir da população. "Não adianta nada ter destinação correta se o morador não colabora na separação do lixo."
CONSCIÊNCIA
Foi pensando nisso que o recém-formado em Ciências Biológicas e morador de São Bernardo Rafael Furriel Greco, 22 anos, criou o projeto Casológica para incentivar a compostagem em pequena escala. Greco desenvolveu sistema que facilita a formação do húmus (saiba mais abaixo). O processo leva cerca de um mês. "Me interessei pelo tema quando comecei a pesquisar sobre alternativas para o lixo orgânico na internet e vi que havia muita informação desencontrada sobre o assunto."
Depois de fazer o trabalho de conclusão de curso sobre compostagem, hoje o biólogo comercializa kits que custam até R$ 250, dependendo do tamanho. "É uma forma importante de conscientização ambiental", acredita.
A avó de Greco, a dona de casa Maria da Glória Furriel de Freitas, 78, utiliza o método do neto há um ano e meio. O húmus produzido no processo vai direto para a horta da casa, que reúne alimentos como couve, salsinha, salsão, chás, maracujá e os preferidos de dona Maria da Glória: os morangos. "Desde que comecei a usar o húmus, a horta ficou mais bonita. Parei de comprar adubo e ainda diminui o volume de lixo produzido em casa."
Prefeituras planejam sistemas de compostagem
Com a recente elaboração dos Planos Municipais de Resíduos Sólidos, as Prefeituras do Grande ABC começam a se preocupar com a destinação final do lixo orgânico produzido pelas cidades. Na região, apenas três municípios concluíram a elaboração do documento, cujo prazo para envio ao governo federal venceu no dia 2: Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires.
Em São Bernardo, o objetivo é criar sistema de segregação de resíduos que permita enviar o material orgânico para compostagem, a fim de reaproveitá-lo como adubo nas áreas verdes do município.
Segundo o professor de Gestão Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo, Carlos Henrique de Oliveira, há duas alternativas viáveis para grandes centros urbanos: a compostagem, processo de decomposição do material orgânico que resulta em adubo para plantas, e a biodigestão, que acelera essa mesma decomposição e produz gás metano, utilizado para gerar energia. "É possível fazer ambos em larga escala. A diferença é o tempo que leva para a matéria se decompor: de 2 a 3 dias no caso do biodigestor e cerca de 60 dias para a compostagem."
Para Oliveira, é importante que o poder público pense na questão do lixo orgânico além do reciclável, mas a conscientização também precisa partir da população. "Não adianta nada ter destinação correta se o morador não colabora na separação do lixo."
CONSCIÊNCIA
Foi pensando nisso que o recém-formado em Ciências Biológicas e morador de São Bernardo Rafael Furriel Greco, 22 anos, criou o projeto Casológica para incentivar a compostagem em pequena escala. Greco desenvolveu sistema que facilita a formação do húmus (saiba mais abaixo). O processo leva cerca de um mês. "Me interessei pelo tema quando comecei a pesquisar sobre alternativas para o lixo orgânico na internet e vi que havia muita informação desencontrada sobre o assunto."
Depois de fazer o trabalho de conclusão de curso sobre compostagem, hoje o biólogo comercializa kits que custam até R$ 250, dependendo do tamanho. "É uma forma importante de conscientização ambiental", acredita.
A avó de Greco, a dona de casa Maria da Glória Furriel de Freitas, 78, utiliza o método do neto há um ano e meio. O húmus produzido no processo vai direto para a horta da casa, que reúne alimentos como couve, salsinha, salsão, chás, maracujá e os preferidos de dona Maria da Glória: os morangos. "Desde que comecei a usar o húmus, a horta ficou mais bonita. Parei de comprar adubo e ainda diminui o volume de lixo produzido em casa."
Prefeituras planejam sistemas de compostagem
Com a recente elaboração dos Planos Municipais de Resíduos Sólidos, as Prefeituras do Grande ABC começam a se preocupar com a destinação final do lixo orgânico produzido pelas cidades. Na região, apenas três municípios concluíram a elaboração do documento, cujo prazo para envio ao governo federal venceu no dia 2: Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires.
Em São Bernardo, o objetivo é criar sistema de segregação de resíduos que permita enviar o material orgânico para compostagem, a fim de reaproveitá-lo como adubo nas áreas verdes do município.
Ribeirão Pires também incluiu o tema no plano
entregue à União. Está prevista a instalação da compostagem em área pública e
também estímulo aos moradores para que façam o sistema em casa. Haverá ainda a
expansão para escolas municipais.
Em Diadema, que deve finalizar o plano em até 90 dias, estão sendo discutidas alternativas para o lixo orgânico, bem como em Mauá, que prevê utilização de resíduos gerados em feiras, podas, parques, jardins e ruas para a compostagem.
As demais cidades não informaram se irão buscar alternativas para diminuir o volume de lixo orgânico enviado aos aterros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, estima que 51% dos resíduos domiciliares produzidos em todo o País são orgânicos, ou seja, restos de alimentos, comida, plantas, entre outros, e 30 a 31% tem potencial para reciclagem. O restante é rejeito e outros tipos de materiais, como entulho.
Em Diadema, que deve finalizar o plano em até 90 dias, estão sendo discutidas alternativas para o lixo orgânico, bem como em Mauá, que prevê utilização de resíduos gerados em feiras, podas, parques, jardins e ruas para a compostagem.
As demais cidades não informaram se irão buscar alternativas para diminuir o volume de lixo orgânico enviado aos aterros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, estima que 51% dos resíduos domiciliares produzidos em todo o País são orgânicos, ou seja, restos de alimentos, comida, plantas, entre outros, e 30 a 31% tem potencial para reciclagem. O restante é rejeito e outros tipos de materiais, como entulho.
*Fonte: http://www.ablp.org.br/conteudo/clipping.php?pag=integra&cod=675
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