4 de Fevereiro, 2012por Maria
Francisca Seabra
Europa tem novas regras para a reciclagem de
lixo eléctrico e electrónico. Portugal chegou às 40 mil toneladas em 2011.
A União Europeia pretende reduzir a exportação ilegal dos equipamentos
eléctricos e electrónicos em fim de vida para países como o Gana, a Nigéria ou a
China, com a nova directiva que estipula o aumento da recolha e reciclagem
destes resíduos. «Sabemos que muito lixo ilegal está a ser enviado para a África
Ocidental e a Ásia, mas também para outros destinos. Esperamos que as novas
regras contribuam para reduzir este problema», revela ao SOL fonte do Parlamento
Europeu (PE) para as questões do ambiente.
Na semana passada, o PE decidiu que, a partir de 2016, a maioria dos
Estados-Membros terá de recolher 45 toneladas de equipamentos eléctricos e
electrónicos – como frigoríficos, aspiradores, torradeiras, computadores,
telemóveis ou brinquedos – por cada cem toneladas destes resíduos colocadas no
mercado três anos antes.
Até agora, as orientações definiam a recolha mínima de quatro quilos deste
tipo de lixo por habitante e os portugueses, durante anos, fizeram parte dos
europeus que menos electrodomésticos separavam em casa ou no trabalho.
Portugal não atingia a meta dos quatro quilos/habitante nos dados mais
recentes apresentados pelo Eurostat e que se referem a 2008 – naquele ano, cada
português separou correctamente apenas 3,9 quilos de resíduos eléctricos,
enquanto os suecos, por exemplo, chegaram aos 14,8 quilos, os dinamarqueses aos
13,9 e os noruegueses aos 10,5 quilos.
No entanto, todos os anos tem-se verificado um aumento na recolha deste lixo.
De acordo com a Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de
Equipamentos Eléctricos e Electrónicos – responsável por 75% do material – o
acréscimo de 2009 para 2010 foi de 2,85%, sendo o valor mais recente animador:
em 2011, a associação «recolheu e deu seguimento a mais de 40 mil toneladas», o
que significa um aumento de 12,5% na recolha feita nos pontos electrão e o
cumprimento da meta dos quatro quilos por habitante.
No entanto, com a nova directiva, a contabilidade será feita de forma
diferente – «os novos resultados vão ser baseados no consumo de bens
electrónicos e no lixo que é criado, e não apenas num valor fixo igual para
todos os países», revela fonte do PE.
O objectivo é «contribuir para uma produção e um consumo sustentáveis», lê-se
no documento, mas também para a «valorização» dos resíduos, «de modo a reduzir a
quantidade a eliminar e a contribuir para a utilização eficiente dos recursos e
a recuperação de matérias-primas secundárias valiosas».
Acresce ainda o facto de muitos electrodomésticos, equipamentos informáticos
e aparelhos médicos serem compostos por substâncias «perigosas» – como mercúrio,
cádmio, chumbo ou crómio – sujeitas a «um tratamento inadequado e que são
ilegalmente exportadas». No futuro, quem exportar deverá ter documentos a provar
que os bens serão reparados ou reciclados no novo destino.
*Fonte: http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=40639
Gostaria da sua ajuda para saber onde posso depositar computadores e periféricos na cidade de Campos dos Goytacazes, pois não gostaria de colocá-los no lixo comum.
ResponderExcluirAgradeço a atenção,
Maíse (anomalmaise@gmail.com)