Material não tratado no arquipélago tem que seguir para o continente, mas a quantidade retirada foi menor nos últimos três anos
Sem aterro
sanitário, todo o lixo não tratado de Fernando de Noronha (PE) segue sempre o
mesmo rumo: o do continente. Só que nos últimos três anos, essa transferência
tem sido menor que a quantidade produzida por turistas e moradores do
arquipélago. Resultado: uma operação de emergência teve que ser montada para
retirar esse acúmulo.
Todo ano cerca de 700 turistas se juntam aos 3,4 mil moradores e produzem
sete toneladas de lixo por dia. Apenas um barco pequeno fazia a retirada mensal
dos resíduos e sempre sobrava lixo no local. “Estou aqui há 25 anos, e nunca vi
tanto lixo acumulado nesse território”, conta Airton Rodrigues, presidente da
Associação de Moradores.
Toneladas de lixo
começaram a ser descarregadas ontem no Porto de Suape, no litoral Sul de
Pernambuco. A operação – que custará ao governo do Estado R$ 2,2 milhões – vai
durar três dias. Um alívio para quem vive na ilha. “Eu acho que em breve a gente
vai estar descarregado do lixo de anos passados”, diz o engenheiro de pesca
Leonardo Veras.
É tanto lixo que a pequena usina local de compostagem e tratamento não deu
conta do volume. A sujeira invadiu a estrada e, a céu aberto, contrastava com as
belezas do arquipélago, considerado patrimônio natural da humanidade.
A partir de fevereiro, dois barcos devem fazer o transporte dos resíduos, uma
vez por mês, ao custo de R$ 90 mil. Mas a solução definitiva deve vir com a
contratação de uma empresa transportadora. A licitação já foi feita, mas ainda
está sendo analisada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco.
Também está previsto um programa de educação ambiental para que moradores e
turistas ajudem a preservar um dos locais mais belos do planeta.
*Fonte: Terra da Gente, com info G1/ JN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo sua participação e opinião !