quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Oceanos podem ficar 170% mais ácidos até 2100

Oceanos podem ficar 170% mais ácidos até 2100



Um estudo sobre a acidificação dos oceanos deve ser apresentando, nesta semana, na COP 19 - Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. A publicação aponta que o aumento da acidez colocará em risco a biodiversidade marinha.
A situação preocupante dos oceanos não é novidade. Entre diversas pesquisas já realizadas, em 2012, foi apresentado um relatório na Califórnia, elaborado por especialistas em acidificação dos oceanos. O documento “Sumário para formuladores de políticas públicas”, que será levado à reunião da ONU, afirma que o problema é causado pelas atividades humanas, em consequência dos 24 milhões de toneladas de CO2 acumulado nos oceanos, que alteram a química da água.
“Quando o CO2 se dissolve na água do mar, forma-se o ácido carbônico. Este processo, denominado de acidificação oceânica, está tornando a água do mar mais corrosiva para conchas e esqueletos de numerosos organismos marinhos, bem como afetando seus processos de reprodução e fisiologia”, explica o documento.
De acordo com o estudo, os impactos já foram detectados em diversas regiões do planeta e, futuramente, podem alterar a cadeia alimentar, a biodiversidade e os recursos pesqueiros.
Segundo o documento, as emissões atuais de CO2 são maiores do que as projeções do pior cenário elaborado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, divulgado há uma década. Ele também estima que a acidez aumentou 30% desde o início da Revolução Industrial, em meados de 1760, e o receio é que seja mantido o ritmo atual. “Não se sabe como ou se os organismos marinhos se adaptarão a esta acidificação”, destaca a pesquisa.
A economia será diretamente afetada ao atingir a indústria pesqueira e os frutos do mar. Além disso, ameaçará a segurança alimentar de milhões de pessoas. A acidificação também pode tornar a maioria das regiões oceânicas inóspita para os recifes de corais, o que também afetará o turismo.
Por conta disso, o estudo garante que os custos para evitar os impactos negativos será menor do que os necessários futuramente para compensar os prejuízos da falta de ação. Veja aqui o estudo completo.
Redação CicloVivo

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