A mata que foi salva
Depois de desmatar metade de um Paraguai ou duas vezes o estado de Santa Catarina de 1995 a 2004, o Brasil virou referência mundial em combate à derrubada de árvores
Daniel Barros
Greenpeace/Marizilda Cruppe
Nos últimos oito anos, o Brasil conquistou uma grande vitória na guerra contra o machado e a motosserra. Desde 2005, a média anual de área desmatada na Amazônia caiu pela metade - graças, principalmente, à implantação de um sistema de monitoramento da floresta por satélite, que fortaleceu o trabalho de fiscalização, e à criação de novas unidades de conservação ambiental no norte do país.
Agora o governo brasileiro estuda pôr em prática um plano de ação semelhante para ajudar a preservar a mata do cerrado. O objetivo é estabelecer metas para diminuir o desmatamento dessa vegetação a ser atingidas até 2020 - a previsão é que essa etapa do trabalho esteja concluída em março do ano que vem. A disposição de enfrentar a derrubada das árvores no cerrado é muito bem-vinda, mas é preciso prestar atenção.
Veja infográfico.
Em 2013, novos focos de desmatamento vêm surgindo na região amazônica, em especial no oeste do Pará e no sul do Amazonas, segundo dados da Imazon, ONG que usa imagens de satélite para acompanhar o que anda acontecendo na floresta. As últimas estimativas mostram que os grileiros de terra estão avançando de novo.
CONCLUSÃO
Segundo estimativas da Imazon, a área de floresta derrubada em 2013 deverá crescer em relação ao ano passado. "O aumento será puxado pelo oeste do Pará e por parte do Amazonas e de Rondônia, em regiões onde quase não havia desmatamento nos ano 90", diz Beto Veríssimo, presidente da Imazon. Todo cuidado é pouco para que não se volte à era de ouro da serra elétrica.
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