Mudanças climáticas estão em ritmo acelerado na região árabe, aponta estudo de agência da ONU
As mudanças climáticas parecem estar acontecendo mais rapidamente na região árabe, aponta um novo estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) publicado na última terça-feira (10). O documento afirma que o ritmo de desenvolvimento econômico e social acelerado tem ajudado a agravar esse quadro.
A pesquisa “A Região Árabe: Atlas das Nossas Mudanças Climáticas” analisa alterações ambientais que ocorreram em mais de 80 locais da região usando uma combinação de fotografias, imagens atuais e antigas de satélite e conhecimento científico.
Através desse material é possível fazer uma comparação entre a geografia antiga e atual e mostrar os efeitos das ações do ser humano nos países estudados.
Os resultados mostram claramente que o ritmo de crescimento da região causou mudanças no uso da terra, no desenvolvimento urbano, a degradação de áreas marinhas e costeiras, encolhimento dos corpos d’água, perda de habitat e alterações climáticas.
Os maiores problemas da região se concentram nos recursos limitados de água doce, rápida urbanização, esgotamento dos recursos naturais, vulnerabilidade de muitos assentamentos, desertificação e degradação do solo, poluição, perda de biodiversidade e desmatamento.
Apesar dos desafios apresentados, o atlas aponta respostas inovadoras que estão sendo implementadas na região, como as plantações no deserto fronteiriço entre o Kuwait e o Iraque para conservar os recursos hídricos, a aquicultura da tilápia no rio Nilo para complementar a indústria da pesca e a agricultura na Síria para controlar a seca, melhorar a eficiência da produção e atender à crescente demanda por alimentos.
O estudo pretende ajudar na formulação de políticas para um futuro mais sustentável, mirando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e a agenda de desenvolvimento pós-2015.
Ele faz parte da edição mais recente de uma série de atlas coordenados pelo PNUMA, que começou em 2005 com o lançamento do atlas “Um Planeta, Muitas Pessoas”. O estudo foi feito em parceria com a Iniciativa de Abu Dabi para o recolhimento de Dados sobre o Meio Ambiente Global e apoiado pela Agência de Meio Ambiente de Abu Dabi.
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