sexta-feira, 31 de maio de 2013

RJ: projeto inédito no mundo produz energia a partir de gás metano do lixo

Depois do fechamento do Aterro de Gramacho, a montanha de lixo de 60 metros de altura que seria um problema ambiental terá um fim mais nobre.
Edição do dia 16/05/2013O lixo vai produzir energia na Baixada Fluminense. Começa a operar em junho um projeto inédito no mundo, que aproveita o gás metano acumulado no antigo aterro sanitário de Gramacho.

Até junho do ano passado Gramacho era o maior aterro de lixo da América Latina. Durante quase 35 anos, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, recebeu milhões de toneladas de resíduos do Rio de Janeiro e dos municípios vizinhos.

O fechamento do aterro deixou para trás uma montanha de lixo de 60 metros de altura. O que à primeira vista parecia ser um gigantesco problema ambiental tem agora um fim bem mais nobre. A decomposição da matéria orgânica acumulada nas profundezas gera metano, um gás combustível, também chamado de biogás.

A partir de junho, o aterro de Gramacho passará a ser oficialmente uma usina de energia. Todo o gás metano do aterro será retirado e transportado por tubulações em direção à estação de tratamento, onde o gás será purificado e bombeado até uma refinaria de petróleo. É o primeiro negócio do gênero no mundo.

São seis quilômetros de extensão de gasoduto, do aterro até a Refinaria Duque de Caxias. O volume de biogás bombeado a cada dia para a Reduc equivale a todo o gás natural consumido diariamente nas residências e estabelecimentos comerciais de todo o estado do Rio.

O contrato prevê o fornecimento de gás por 15 anos. O aterro tem capacidade para gerar 70 milhões de metros cúbicos de biogás por ano, suficiente para abastecer uma frota de 50 mil carros movidos a gás que rodassem 10 mil quilômetros por ano cada um.

“Toda e qualquer cidade poderia ter, a partir do seu aterro, transformando o biogás em gás equivalente ao GNV - eu diria melhor que o GNV, inclusive em termos de características - e abastecer uma parte da frota da cidade”, afirma o presidente da empresa operadora do sistema, Manoel Avelino.

São ao todo 300 pontos de captação espalhados pelo aterro. Em cada um deles, o gás do lixo sai na pressão. “O aproveitamento energético de aterro, do gás que é gerado no seu interior, é um dever que todos temos que assumir e providenciar para que possa ser simplesmente o fornecimento de gás para residências próximas, geração de energia no próprio aterro ou até purificação e uso como no gás veicular”, afirma o assessor da Diretoria Técnica e de Logística da Companhia de Limpeza Urbana do Rio, José Henrique Penido.
 
Extraído do site: http://www.cliptvnews.com.br/mma/intranet/amplia.php?id_noticia=10090

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