Mas,
se em vez de discutir onde é melhor ou pior para colocar um aterro sanitário a
questão fosse: como pura e simplesmente abolir o aterro sanitário em larga
escala? Fora da realidade, dirão. Mas acabo justamente de visitar essa solução
“fora da realidade” na Alemanha, que praticamente já eliminou todos os seus
aterros sanitários, a não ser para deposição de cinzas.
Há uma rotina de separação do lixo em
recipientes de cores diferentes: azul, papel e papelão; marrom, lixo orgânico
(comida e jardinagem); amarelo, metais diversos; cinza, lixo misturado para
combustão. Há ainda uma coleta específica que precisa ser acionada
individualmente para recolher resíduos perigosos, material eletrônico e grandes
volumes (móveis eletrodomésticos), que funciona combinada com uma logística
reversa, em que o varejo é obrigado a receber de volta eletrônicos, baterias,
pilhas etc.
O
incinerador é uma instalação industrial gigantesca, boa parte da qual ocupada
por um sistema de filtragem de ar que sai mais puro que o ar ambiente. Pertencem
ao passado aqueles incineradores dos anos 70 que despejavam dioxinas
cancerígenas, para revolta dos ambientalistas.
O lixo chega, passa por esteiras e tubulações de prévia separação de metais, poeira e outros elementos e dali segue para um silo de secagem antes de ir para a incineração a uma temperatura de 1.200 graus, a partir da qual são produzidos vapor e energia elétrica. Finalmente, temos um gigantesco sistema de filtragem do ar.
Ao
lado do prédio do incinerador, temos uma impressionante central de compostagem
que processa lixo orgânico e, sobretudo, resíduos de jardinagem. O composto vai
para a agricultura e para jardinagem. No telhado, há 500 painéis fotovoltaicos
produzindo uma energia distribuída de 368 KW.
Extraído do site: http://www.louremar.com.br/2013/05/meio-ambiente-aterro-sanitario-alemaha.html
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