sexta-feira, 17 de maio de 2013

Aterro sanitário de Angra dos Reis é fechado por má gestão, diz Minc


Lixo de Angra está sendo levado para Centro de Tratamento de Seropédica.
Segundo o secretário, 90% do lixo do RJ vão para aterros sanitários.

Mariucha MachadoDo G1 Rio


Carlos Minc fala sobre o fechamento do aterro sanitário em Angra dos Reis. (Foto: Mariucha Machado/G1)
Carlos Minc comenta o fechamento do aterro

sanitário em Angra. (Foto: Mariucha Machado/G1)
Durante a apresentação do projeto Trilha Transcarioca, nesta quarta-feira (24), no Rio, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, falou sobre o aterro sanitário no bairro Ariró, em Angra dos Reis, na Costa Verde, que foi fechado nesta terça (23). Segundo ele, a gestão do local não era bem feita.
“O aterro sanitário servia Angra e Paraty. Esse aterro foi muito mal gerido pela Locanty e estava começando a se transformar em um lixão. Nós fiscalizamos e determinamos que Angra passasse a colocar o seu lixo no aterro de Seropédica, que é um aterro correto, impermeabilizado, que trata o metano e não joga chorume, para que a área fosse recuperada. É muito mais caro e complicado levar para Seropédica. Eles estão recuperando, mas estão com dificuldades. É muito fácil com uma má gestão um aterro virar lixão”, disse Carlos Minc.
De acordo com Carlos Minc, a Prefeitura de Angra dos Reis foi advertida e tem prazo de 15 dias para resolver o problema. “A culpa principal é da empresa que deixou aquilo lá ficar a caminho de voltar a ser um lixão. A prefeitura está de uma maneira sendo penalizada também. Ela está pagando quase R$ 60 pela tonelada do lixo para levar para a Seropédica, que fica quase a 120 quilômetros da cidade. Quem tem o maior interesse em resolver o problema do aterro é a prefeitura. Mas é claro, ela não cumprindo o prazo cabe sanção não só a empresa que está operando mal, mas também a própria prefeitura”. Caso a prefeitura não cumpra o prazo, a multa é estipulada pelo conselho diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O secretário do Ambiente informou que há seis anos 90% do lixo do Rio de Janeiro eram depositados em lixões e 10% em aterros sanitários, mas essa realidade mudou. “Hoje, 90% do lixo do estado vão para aterros sanitários e 10% continuam seguindo para lixões”, contou Minc.
Segundo ele, o Rio de Janeiro será o único estado da federação que vai cumprir a meta do Plano Nacional dos Resíduos Sólidos, que é de acabar com todos os lixões do estado. “Não adianta fechar os lixões, você tem que apoiar, subsidiar durante algum tempo, porque quando você põe o lixão, você joga lá e a prefeitura não paga nada, quem sofre é a natureza e os catadores. Quando você passa para um aterro o preço passa a ser R$ 55, R$ 60 a tonelada, então nos subsidiamos em até R$ 20 a tonelada por um período”, completou Carlos Minc.
Outra medida importante ressaltada pelo secretário é o apoio às cooperativas de catadores. “Quanto mais você retira do lixo para reciclar, além de transformar lixo em insumo, em matéria prima, você diminui o custo que você paga por você estar levar menos toneladas de lixo para o aterro”.
Os municípios que criam parques, que têm projetos para acabar com os lixões e investem em coleta seletiva solidária têm o incentivo do ICMS Verde, informou o secretário.

fonte: http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2013/04/aterro-sanitario-de-angra-dos-reis-e-fechado-por-ma-gestao-diz-minc.html

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