sábado, 18 de maio de 2013

Comissão da Alerj visita lixão e Centro de Tratamento de Resíduos


FONTE:SITE URURAU.
Obras foram iniciadas após o encerramento das atividade em 2011
http://www.ururau.com.br/img/icone-camara17x12.png Carlos Grevi
Obras foram iniciadas após o encerramento das atividade em 2011
Uma Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), acompanhada do secretário de Meio Ambiente de Campos Wilson Cabral e do secretário de Limpeza Pública Zacarias Albuquerque, visitou na manhã desta sexta-feira (17/05), o antigo lixão da Codin e o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) do município, em Conselheiro Josino, para verificar o processo das obras e as condições dos ex-catadores.
http://www.ururau.com.br/fotos_arquivo/17-05-2013_5f411687631e01eA primeira etapa do projeto começou desde o encerramento das atividades do lixão, em fevereiro de 2011. As obras iniciaram com o nivelamento de toda a área do terreno para posteriormente ser colocada a terra para o plantio de grama e árvores. Para iniciar a última fase com a colocação de caixas coletoras de chorume e a implantação de coletores do gás metano ainda é necessária a autorização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
http://www.ururau.com.br/fotos_arquivo/17-05-2013_bc7ce76cb81bf50“O projeto já está em execução. Estamos aguardando o licenciamento do Inea para poder finalizar a colocação das caixas coletoras fazendo o chorume circular para coleta-lo e depois a colocação dos coletores do gás metano que será queimado”, revelou Zacarias que disse ainda que o aterro em Conselheiro Josino, que antes atendia somente a região norte de Campos passou a atender todo o município.
A deputada estadual e presidente da comissão Janira Rocha, disse que pela quantidade de chorume que existe no antigo lixão o nível de contaminação pode ser muito elevado.
http://www.ururau.com.br/fotos_arquivo/17-05-2013_459eef86af06054“É da natureza do lixão vazar chorume então existe contaminação. Essa área é contaminada não só para os animais que bebem, mas para a população que utiliza nas suas casas, ou que estão bebendo água da lagoa, e inclusive dos poços”, revelou.
De acordo com Janira, a maior preocupação é com as condições dos trabalhadores tanto na área da saúde quando financeira.
http://www.ururau.com.br/fotos_arquivo/17-05-2013_3b4787eb097a007“Até o momento nós temos um olhar muito grande para a questão dos catadores que durante anos e décadas de suas vidas trabalharam nesses lixões e conforme as prefeituras começaram a organizar esse setor, muitos ficaram pra trás. Nós já vimos inclusive em alguns locais que foram deixados pra segundo plano, ficarem em situações de risco absoluto. Existem muitas doenças decorrentes das atividades como hanseníase, tuberculose, pneumonia, doença de pele em geral”, destacou Janira que revelou também que  a Lei Nacional de Resíduos Sólidos diz que os catadores têm que ser incorporados ao setor produtivo dos resíduos sólidos.
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“Estamos sentados com a prefeitura, a empresa responsável e com o governo do estado tentando construir saídas. Os trabalhadores têm que ser incorporados ao setor produtivo dos resíduos sólidos. As pessoas que podem continuar trabalhando vão ser incorporadas e as que não puderem serão levadas para o setor previdenciário. Se o poder público realmente se empenhar, é possível que até o final do trabalho da comissão dessa lei, a gente possa ver esses trabalhadores em condições dignas que todo trabalhador merece”, declarou.
http://www.ururau.com.br/fotos_arquivo/17-05-2013_5f43f3c8b6a2097A ex-catadora de lixo Rosimeia Cirilo Rosa, 45 anos, foi uma das que se sentiram prejudicadas com o fechamento do lixão da Codin. Ela disse que passou a adolescência e juventude trabalhando no aterro e antes conseguia tirar cerca de R$ 380 por semana, mas agora sobrevive com apenas R$ 160.
“Minha mãe morreu quando eu tinha seis anos. Tive que trabalhar cedo e uma visinha me levou para o lixão. Passei minha vida toda aqui, só me afastei quando completei os nove meses de gestação. Antes eu, minha filha e meu filho conseguíamos tirar cada um, de R$ 380 à R$ 400 por semana. Se faltasse o gás nós descíamos com o dinheiro pra comprar, mas agora se eu comprar o gás fico praticamente sem dinheiro pra comprar comida. Têm muitas famílias passando necessidade. Essa visita veio para nos levantar e ver que Deus não esqueceu da gente. A esperança voltou”, disse emocionada.
http://www.ururau.com.br/fotos_arquivo/17-05-2013_f5f9933467fdb6aSegundo o ambientalista Aristides Soffiati o impacto ambiental causado durante todos os anos podem ser reversíveis desde que o processo seja feito corretamente.
“Já que não é possível remover essa montanha, incorporar o plantio de árvores em toda a área seria uma das soluções. O chorume colhido bruto é jogado na lagoa e causa danos graves. Primeiro desequilibra completamente o sistemas de lagoas, rouba o oxigênio da água, afeta a atividade pesqueira que é inexpressiva, mas há quem pesque aqui nessas lagoas, além da pecuária e as águas que as pessoas e o gado utilizam. Há o problema do gás metano que embora seja viável explorar economicamente, precisava ver se apresenta risco para a população.  É reversível, mas precisa de tempo”, finalizou o ambientalista.
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