FONTE:SITE URURAU.
Obras foram iniciadas após o encerramento das atividade em 2011
Uma Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), acompanhada do secretário de Meio Ambiente de Campos Wilson Cabral e do secretário de Limpeza Pública Zacarias Albuquerque, visitou na manhã desta sexta-feira (17/05), o antigo lixão da Codin e o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) do município, em Conselheiro Josino, para verificar o processo das obras e as condições dos ex-catadores.
A deputada estadual e presidente da comissão Janira Rocha, disse que pela quantidade de chorume que existe no antigo lixão o nível de contaminação pode ser muito elevado.
De acordo com Janira, a maior preocupação é com as condições dos trabalhadores tanto na área da saúde quando financeira.
“Estamos sentados com a prefeitura, a empresa responsável e com o governo do estado tentando construir saídas. Os trabalhadores têm que ser incorporados ao setor produtivo dos resíduos sólidos. As pessoas que podem continuar trabalhando vão ser incorporadas e as que não puderem serão levadas para o setor previdenciário. Se o poder público realmente se empenhar, é possível que até o final do trabalho da comissão dessa lei, a gente possa ver esses trabalhadores em condições dignas que todo trabalhador merece”, declarou.
“Minha mãe morreu quando eu tinha seis anos. Tive que trabalhar cedo e uma visinha me levou para o lixão. Passei minha vida toda aqui, só me afastei quando completei os nove meses de gestação. Antes eu, minha filha e meu filho conseguíamos tirar cada um, de R$ 380 à R$ 400 por semana. Se faltasse o gás nós descíamos com o dinheiro pra comprar, mas agora se eu comprar o gás fico praticamente sem dinheiro pra comprar comida. Têm muitas famílias passando necessidade. Essa visita veio para nos levantar e ver que Deus não esqueceu da gente. A esperança voltou”, disse emocionada.
“Já que não é possível remover essa montanha, incorporar o plantio de árvores em toda a área seria uma das soluções. O chorume colhido bruto é jogado na lagoa e causa danos graves. Primeiro desequilibra completamente o sistemas de lagoas, rouba o oxigênio da água, afeta a atividade pesqueira que é inexpressiva, mas há quem pesque aqui nessas lagoas, além da pecuária e as águas que as pessoas e o gado utilizam. Há o problema do gás metano que embora seja viável explorar economicamente, precisava ver se apresenta risco para a população. É reversível, mas precisa de tempo”, finalizou o ambientalista.
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