quinta-feira, 23 de abril de 2020

Dos chatbots aos robôs de voz: para onde vai a telemedicina?

O uso de chatbots na área de saúde já está consolidado. Os robôs de voz ainda são novidade, porém, a Alexa já sabe falar sobre o assunto. Confira
No ano de 2018, o Conselho Federal de Medicina, órgão responsável por regularizar atividades na área da saúde, aprovou uma resolução autorizando a telemedicina. Como tudo o que é novo, esse modelo gerou questionamentos envolvendo desde a perda da humanização na relação entre médicos e pacientes até o risco de os atendimentos serem pouco precisos.
Diante do surto de coronavírus, essa questão tornou-se imperativa, uma vez que a informação e a comunicação se tornaram ainda mais necessárias, ao contrário do contato pessoal presencial, que seguiu em caminho contrário. Diferentes recursos tecnológicos, porém, mostraram que a telemedicina não é – e não deve ser – uma simples conversa por vídeo. A ideia vai muito além disso.
Entre as tendências que podem se consolidar em um futuro próximo – independentemente da pandemia, mas certamente intensificadas por ela – é o uso de apps e devices que monitoram sinais vitais e outros aspectos de saúde, e a consolidação dos bots de voz que, em paralelo a inovações ligadas ao COVID-19, estão em desenvolvimento principalmente nas Big Techs.

Chatbots na saúde

Os recursos de voz podem, inclusive, complementar a telemedicina, assim como robôs e chatbots já fazem. Um exemplo nesse sentido é o AI for Health da Microsoft. Ele faz parte da iniciativa AI for Good, que representa um investimento global da empresa na capacitação de pesquisadores e organizações em ferramentas e recursos de Inteligência Artificial (IA), com o foco em melhorar a saúde de pessoas e comunidades no mundo inteiro.
Aqui no Brasil, o programa passou a apoiar recentemente a Take, fornecedora oficial do API do WhatsApp Business no mundo, ao doar créditos em sua plataforma na nuvem, a Azure. Com isso, a Take desenvolveu a iniciativa Corona Info, que tem o objetivo de viabilizar a plataforma BLiP – por meio da qual é possível construir, gerir e aprimorar chatbots – para empresas e entidades que tenham o interesse de criar soluções de combate ao coronavírus em plataformas de troca de mensagens.
O primeiro a aderir à iniciativa foi o Governo de São Paulo. A partir dessa adoção tecnológica, passa a ser possível que o consumidor obtenha informações a respeito da COVID-19 via WhatsApp, com a certeza de que os dados são confiáveis, afinal, são inseridos na plataforma e checados por profissionais das Secretarias de Estado de Comunicação e de Saúde.
Nesse caso, o diferencial é o uso de um canal com o qual o consumidor está muito familiarizado e, é claro, a rapidez na estruturação de informações sobre um tema que é extremamente novo. Ainda assim, fica a questão: quando poderemos utilizar os robôs de voz com a mesma frequência e desenvoltura com que utilizados os chatbots?
A Alexa já sabe informar o consumidor sobre o novo coronavírus, mas, como sabemos, ela é referência para os robôs de voz.

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