Apetite global por energia subirá 56% até 2040
Apesar do aumento das fontes renováveis, relatório da AIE - Agência Internacional de Energia prevê que os combustíveis fósseis continuarão a garantir quase 80% da demanda Vanessa Barbosa
Spreng Ben/Creative Commons
O consumo mundial de energia vai crescer 56% até 2040, prevê um novo relatório AIE - Agência Internacional de Energia, divulgado nesta quinta-feira. A maior parte desse incremento virá de países de fora da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, onde oapetite energético é estimulado pelo rápido crescimento econômico, como China, Índia, Brasil e África do Sul.
Apesar das energias renováveis e nuclear serem as fontes que mais crescem no mundo, com expansão de 2,5% por ano, o documento IEO2013 - International Energy Outlook 2013 estima que os combustíveis fósseis continuarão a fornecer cerca de 80% da demanda mundial nos próximos trinta anos.
Nessa seara, o gás natural é o combustível fóssil que mais cresce, a uma taxa de 1,7% ao ano. Segundo a agência, o aumento da oferta de gás natural, incluindo de xisto (veja as maires reservas de gás de xisto), ajudarão a atender a alta da demanda.
Para o carvão, o relatório prevê crescimento maior do que o de petróleo e outros combustíveis líquidos, pelo menos até 2030, principalmente devido ao aumento no consumo da China. O setor industrial continuará a representar a maior fatia do consumo de energia, recebendo metade da energia total entregue em 2040.
DISPARADA NAS EMISSÕES
O crescimento econômico das nações em desenvolvimento, alimentado por uma dependência contínua de combustíveis fósseis, será responsável por um salto relevante nas emissões de gases efeito estufa.
Levando em conta as políticas e normas vigentes que regem o uso de combustíveis fósseis, as emissões de carbono associadas à geração e consumo de energia em todo o mundo deverão aumentar em 46% nos próximos 30 anos, em relação às emissões de 2010.
Como o mundo ainda se recupera dos efeitos da recessão global de 2008-2009, a AIE sublinha que muitas das questões econômicas ainda não resolvidas acrescentam um fator de incerteza à avaliação de longo prazo dos mercados energéticos mundiais.
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