sábado, 3 de agosto de 2013

WBB: primeiro indicador de bem-estar do Brasil

WBB: primeiro indicador de bem-estar do Brasil


O que é necessário para aumentar a qualidade de vida do brasileiro? Para responder a essa pergunta, entidades nacionais se uniram para criar o primeiro indicador de bem-estar do Brasil: o WBB. A metodologia convida pessoas de todos os cantos do país a responder um questionário para traçar o “mapa da felicidade do Brasil” e, assim, incentivar novos negócios e políticas públicas que promovam o bem-estar da população

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Débora Spitzcovsky Planeta Sustentável 

apparena/Creative Commons

Butão, Inglaterra, Canadá e Tailândia são alguns dos países que já possuem indicadores de bem-estar e, agora, é a vez do Brasil. O Instituto de Finanças da FGV-EAESP, o Movimento Mais Feliz* e a rede socialMyFunCity se uniram para desenvolver o primeiro índice de bem-estar brasileiro: o Well Being Brazil (WBB).

A metodologia foi lançada, oficialmente, nesta quarta-feira (13), em São Paulo, e visa mensurar todas as atuais necessidades e anseios dos brasileiros que vivem nas mais diferentes regiões do país para conseguir definir o que é preciso para aumentar o bem-estar da população.

Nessa missão em busca do "mapa da felicidade", a ajuda de cada cidadão será fundamental: a partir de 02/04, um questionário de 150 perguntas será publicado no site doWBB para que os brasileiros revelem o grau de satisfação e relevância que atribuem para dez diferentes aspectos da vida:
- Clima e atividades ao ar livre;
- Transporte e mobilidade;
- Família;
- Redes de relacionamento;
- Profissão e dinheiro;
- Educação;
- Governo;
- Saúde;
- Segurança e
- Consumo.

"A ideia é mapear o que é bem-estar para os brasileiros de diferentes regiões do país e o que falta em cada um desses locais para alcançá-lo", explicou Mauro Motoryn, criador do Movimento Mais Feliz. Ele completou: "A participação de cada pessoa é fundamental. As mudanças no mundo só acontecem quando, primeiro, promovemos mudanças em nós mesmos. Precisamos que cada cidadão se recicle e busque sua cidadania para que a gente consiga promover transformações no país".

O questionário ficará disponível no site do WBB por cerca de 90 dias. Nesse período, as mesmas perguntas estarão sendo feitas pelas ruas do Brasil, para que a metodologia não fique restrita às pessoas que têm acesso à internet. "Em seguida, partiremos para uma nova fase do projeto, prevista para o segundo semestre de 2013. Processaremos as informações obtidas por meio dos questionários e, com uma base de dados mais estruturada, promoveremos audiências públicas em diferentes cidades do país para discutir e aprofundar os resultados com a sociedade", contou Wesley Mendes, um dos coordenadores da iniciativa. Segundo ele, por enquanto, já estão acertadas reuniões em oito municípios brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Manaus, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Os debates servirão de base para a realização de um novo questionário, mais enxuto e focado, que deve ser aplicado a partir de outubro. Essa é a última fase do projeto que, já em dezembro de 2013, pretende apresentar à sociedade os resultados da primeira edição do WBB, com um "mapa do bem-estar do brasileiro".

"A intenção é que esse estudo sirva como uma rica base de dados para que a comunidade acadêmica realize pesquisas de qualidade a respeito do assunto, e claro, que funcione como um mapa para empresários e governantes para a criação de novos negócios e políticas públicas que garantam a promoção do bem-estar da população", afirmou Fabio Gallo, que também coordena o WBB.

O professor ainda explicou porque o projeto recebeu o nome de Well Being Brazil, em inglês. "A princípio fui contra, mas depois cedi à ideia dos meus colegas, uma vez que queremos que essa metodologia se torne um marco internacional, que seja objeto de estudo em universidades de todo o mundo. Desejamos que o WBB se torne referênciano assunto, que está tão em pauta no cenário mundial", concluiu Gallo.

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