Nem São Pedro salva
O governo culpa a longa estiagem pelo funcionamento contínuo das termelétricas no país. Estudo de uma consultoria do setor mostra que a história pode ser diferente
Gladinston Silvestrini
portland general/Creative Commons/Flickr
Em outras palavras, a capacidade de geração das represas é hoje menor do que pensamos, algo que a volta da chuva não vai resolver. Os motivos para isso não estão claros - o assoreamento dos reservatórios, o desvio de água para irrigação e as perdas de eficiência nas turbinas são as principais hipóteses.
Outro problema: as termelétricas do país foram projetadas para funcionar de modo intermitente e atender às necessidades pontuais de energia. Quando ligadas por tempo demais, aumentam os custos com manutenção. São mais riscos para o setor elétrico.
Veja no infográfico abaixo como nos últimos anos vem crescendo a participação das usinas termelétricas na geração de energia do país e como isto não está relacionado com o volume de águas que chega nos reservatórios brasileiros.
AS HIDRELÉTRICAS ESTÃO SOB PRESSÃO
São as seguintes as hipóteses que podem explicar por que a capacidade de geração hidráulica está abaixo do esperado:
ASSOREAMENTO DOS RESERVATÓRIOSAs correntes dos rios podem ter depositado lama e sedimentos no fundo dos lagos das hidrelétricas, diminuindo o volume de água disponível para gerar energia
ROUBO DE ÁGUAA água dos rios que deveria ajudar a encher os reservatórios pode estar sendo desviada ilegalmente para irrigação de terras agrícolas
PERDAS DE EFICIÊNCIAAs hidrelétricas mais antigas não costumam passar por testes para verificar a eficiência de seus equipamentos — e, com o tempo, elas podem ter se tornado menos produtivas
CONCLUSÃOMesmo que nos próximos anos as chuvas venham com força, a perda de capacidade das usinas hidrelétricas terá de ser levada em conta. Será preciso contar cada vez mais com a força das termelétricas para suprir a necessidade de energia do país. Com esses e outros problemas acumulados no setor elétrico, como o rombo financeiro das distribuidoras, a única certeza é que a conta de luz vai ficar mais cara.
São as seguintes as hipóteses que podem explicar por que a capacidade de geração hidráulica está abaixo do esperado:
ASSOREAMENTO DOS RESERVATÓRIOSAs correntes dos rios podem ter depositado lama e sedimentos no fundo dos lagos das hidrelétricas, diminuindo o volume de água disponível para gerar energia
ROUBO DE ÁGUAA água dos rios que deveria ajudar a encher os reservatórios pode estar sendo desviada ilegalmente para irrigação de terras agrícolas
PERDAS DE EFICIÊNCIAAs hidrelétricas mais antigas não costumam passar por testes para verificar a eficiência de seus equipamentos — e, com o tempo, elas podem ter se tornado menos produtivas
CONCLUSÃOMesmo que nos próximos anos as chuvas venham com força, a perda de capacidade das usinas hidrelétricas terá de ser levada em conta. Será preciso contar cada vez mais com a força das termelétricas para suprir a necessidade de energia do país. Com esses e outros problemas acumulados no setor elétrico, como o rombo financeiro das distribuidoras, a única certeza é que a conta de luz vai ficar mais cara.
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