segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Londres estuda aplicar segundo imposto para automóveis que circulam no centro da cidade

Londres estuda aplicar segundo imposto para automóveis que circulam no centro da cidade


Por Constanza Martínez Gaete; tradução de Luana Copini
O prefeito de Londres, Boris Johnson, lançou o "Manifesto pela qualidade do ar", um documento que prevê uma série de medidas para enfrentar a contaminação ambiental que, segundo o Departamento de Saúde, influenciou no aumento de doenças respiratórias que só em 2010 ocasionaram a morte de 3.389 pessoas na cidade.
Uma das medidas para diminuir a poluição do ar, segundo os estudos, é desincentivar o uso de automóveis. Por este motivo, uma das propostas do manifesto consiste em cobrar um segundo imposto para veículos a diesel que circulam pelas “Zonas de Baixas Emissões”, criadas no centro da cidade, e que se somam às “Zonas de Congestão”, que fizeram com que Londres fosse uma das primeiras cidades do mundo a implementar o pedágio urbano.
Esta ação busca reduzir os níveis de contaminação (CO2, NOx e MP10), o trânsito de automóveis e aumento no uso do transporte público.
Estima-se que, desde 2003, quando o pedágio urbano foi implantado no centro de Londres, os automóveis diminuíram em 36% e o tráfego em 21%. Consequentemente, as emissões de CO2 foram reduzidas em 19%, de NOx em 16% e de MP10 em 15%.
Para chegar a estes resultados, a cidade decidiu que os veículos, ao entrarem no centro durante os dias úteis (de segunda à sexta, das 7h às 18h) devem pagar pedágio de 14 euros, o equivalente a R$ 42.
A medida, recém anunciada e que ainda não foi aplicada, considera que os veículos a diesel paguem um segundo imposto por entrarem nas “Zonas de Baixas Emissões” em qualquer dia e horário. Neste caso, o imposto custaria 12 euros, o equivalente a R$ 36.
Com esta medida, o prefeito de Londres busca limitar a circulação de automóveis no centro, independente do tipo de motor que tenham. A partir desta iniciativa, o prefeito propôs também que os centros das cidades europeias só deveriam permitir a circulação de veículos elétricos ou híbridos em 2020.

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