CIDADES E REGIÃO - ACORDO COM O MPT
MPT homologa acordo e Campos se livra de multa de quase R$ 900 milhões
Vagner Basilio/Carlos Grevi
Multa por descumprimento de TACs foi reduzida para 5% e será revertida em benefícios
Depois de oito anos de impasse na Justiça do Trabalho, foi homologado nesta terça-feira (01/10), um novo acordo entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Prefeitura de Campos, que põe fim ao dilema de contratados e concursados no município.
O acordo vinha se arrastando desde 2005 e foi considerado um avanço na relação trabalhista no poder público municipal e para o Desembargador Cesar Marques Carvalho, que presidiu a Audiência de Conciliação, a maior beneficiada com o acordo vai ser a sociedade como um todo.
Com a homologação, 5% da multa de R$ 900 milhões que o município deveria pagar pelo descumprimento de dois Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), nos governos dos então prefeitos Arnaldo França Vianna e Alexandre Mocaiber, forçando a regularização das contratações irregulares no município deverá ser revertida em benefícios para a população. O valor foi definido, pelo MPT entender que parte destes benefícios já vem sendo executados pela gestão atual.
Suledil conversou com a equipe do Site Ururau e lembrou que em agosto de 2008, o então prefeito, Alexandre Mocaiber, teve que cumprir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), e retirar 40% dos funcionários contratados de forma irregular.
“Essa mão de obra estava ganhando diretamente da Prefeitura, pois na Operação Telhado de Vidro, com a prisão de pessoas ligadas as empresas de terceirização da Prefeitura, não restou alternativa. No dia 31 de janeiro, a prefeita Rosinha deveria demitir o restante. Para não deixar esse pessoal sem pagamento e não parar a Prefeitura, foi feito um acordo com o Ministério Público que determinou que apenas 6 mil poderiam ficar e determinou a realização de concurso, que já foi feito, e para as atividades que não são atividades de meio, foi aberto processo licitatório. Nós não vamos mais pagar a ninguém diretamente pela Prefeitura, que não seja concursado ou contratado”, enfatizou o secretário.
NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Foram as contratações irregulares que geraram a anulação das eleições de 2004 em Campos. O Ministério Público do Trabalho saiu então, em defesa dos funcionários demitidos e para obrigar a regularização foi gerada uma Ação Civil Pública, em 2007, em decorrência da anulação da eleição por contratações irregulares.
Foram as contratações irregulares que geraram a anulação das eleições de 2004 em Campos. O Ministério Público do Trabalho saiu então, em defesa dos funcionários demitidos e para obrigar a regularização foi gerada uma Ação Civil Pública, em 2007, em decorrência da anulação da eleição por contratações irregulares.
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