Confira como ampliar o poder de memorização e afugentar o fantasma do esquecimento a partir de ferramentas mentais indicadas por especialista
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Varal com post-its: siglas e frases são bons gatilhos de memória, dizem especialistas
São Paulo - “Lembrar não é uma questão de esforço, é uma questão de estratégia.” Esta frase está presente no livro de Renato Alves, “Faça Seu Cérebro Trabalhar para Você”, da Editora Gente.
Ou seja, apostar em técnicas de memorização pode deixar a mente de qualquer pessoa afiada, caso ela lance mão da tática mais adequada. E Renato Alves, que é campeão brasileiro de memorização, no livro, explica e sugere algumas delas.
O delegado da Polícia Federal, José Roberto Lima, também traz técnicas que ajudam (sobretudo) que vai prestar concurso público no seu livro “Como passei em 15 concursos”, da Editora Método. “São ferramentas mentais”, diz Lima.
A seguir conheça 5 técnicas úteis para quem deseja espantar o fantasma do esquecimento e ativar o poder da memória:
1 Do geral para o específico: contexto, análise e síntese
Ao estudar um tema com a finalidade de fixá-lo na memória, o caminho percorrido deve ser do geral para o específico, segundo Lima. As generalidades dão o contexto que permite um entendimento mais claro da evolução do conceito em questão.
Em seguida, cabe ao interessado em memorizar aquele assunto proceder a uma análise. “Fazer anotações durante uma aula, por exemplo, é analisar aquele conceito”, diz Lima. E, por fim, a síntese é a atitude final para evitar o esquecimento. “Sintetizar é fazer a revisão, reler as anotações e organizar melhor o conteúdo”,diz Lima.
A união das três etapas é o que reforça o poder de memorização do conceito. Lima explica: Contexto sem análise não passa de informações vagas. Contexto e análise sem síntese não passam de conhecimentos condenados ao rápido esquecimento. Síntese sem análises e sem contexto é um dado inútil no cérebro, que você não saberá para que serve”.
2 Siglas
A síntese é o gatilho de memória para recuperar o conceito analisado e contextualizado. É a ferramenta mental que você vai utilizar para lembrar. E uma das formas sugeridas pelos dois especialistas é elaborar siglas com as palavras chave do conteúdo a ser lembrado.
No livro “Como passei em 15 concursos”, Lima dá, entre outros, o exemplo da sigla ViLISP. A sigla é a ferramenta para acessar na memória os direitos previstos no caput 5º da Constituição federal: Vida, Liberdade, Igualdade, Segurança e Propriedade.
3 Frases malucas
Outra forma de sintetizar é criar frases ou histórias “malucas” que, pelo caráter inusitado, são mais fáceis de lembrar e atuam como gatilho para recuperação dos conceitos a ela associados.
Renato Alves, no Livro “Faça Seu Cérebro Trabalhar por Você”, sugere a técnica de associação de palavras. “Fica mais simples memorizar a sequência de informações”, diz ele. Ao associar uma palavra a cada um dos conceitos, o passo seguinte é montar uma frase ou sequência de frases usando as palavras associadas sequencialmente.
Lima também sugere as “frases malucas” como gatilho de memória. Por exemplo, para os estudantes de Direito Penal memorizarem as finalidades da pena de condenado, é possível montar uma frase maluca: “a pena transforma o condenado em um Saci PeReRê. A palavra Pererê traz as letras iniciais das finalidades da pena: prevenir novas condutas delituosas; retribuir (ao mal do crime o mal da pena), reintegrar o condenado à convivência social.
4 Ensine para lembrar mais
Explicar o que você aprendeu a outra pessoa é também uma maneira de memorizar o conteúdo, propõe Alves. “Imagine-se ou tente dar uma aula. Se conseguir citar todos os detalhes e cobrir todo o assunto, significa que a memória foi consolidada, e o que você aprendeu será lembrado por muito tempo”, escreve o autor.
A tática é eficiente porque ao tentar explicar o que acabou de aprender as conexões de neurônios se expandem e o conteúdo é gravado por mais tempo, na memória de médio prazo. “E com algumas revisões, por um longo período”, indica Alves.
5 A força da visualização
A força da visualização também é uma aliada da memória, de acordo com Alves. É possível usar o próprio corpo e gestos para envolver, o que Alves chama de memória sinestésica. Ele dá um exemplo para memorizar uma receita.
Cada ingrediente é associado a um gesto direcionado a uma parte do corpo. Para memorizar, o autor sugere que a pessoa faça o gesto. E para resgatar na memória a atitude é ir conferindo qual gesto era associado a cada parte do corpo para se recordar do ingrediente em questão.
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