Se aprovado, projeto elimina 26.460 cargos administrativos nas escolas estaduais
POR BRUNO DUTRA
Servente há 28 anos, Mário Fernandes teme pela qualidade na rede estadual | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
“Essas funções são parte importante nas escolas e precisam de concurso para a carreira. Além disso, existe uma lei que nos dá subsídios para confrontar o projeto do governador”, explica. “Ainda há saída para esse cenário”.
DEFININDO AS CATEGORIAS
Se aprovado, o texto elimina, automaticamente, 26.460 cargos que hoje estão divididos entre merendeiras, zeladores, serventes e vigias da rede estadual de ensino. Presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Comte Bittencourt (PPS) apoia os servidores e pretende mobilizar profissionais do setor e a sociedade para discutir o projeto.
“A proposta cria um grande problema na rede estadual de ensino porque tira uma parte da escola da política de governo para a Educação. Representa um retrocesso na carreira do servidor público e não podemos permitir que isso aconteça”, diz Comte.
Servidores têm medo de extinção dos cargos e remoção
Nas escolas, os servidores estão preocupados. Mário Fernandes, de 56 anos, e servente escolar há 28, conta que os profissionais ficaram receosos com a possibilidade de extinção dos cargos. Eles temem ainda o processo de remoção, que acontece desde o ano passado.
“A terceirização vai causar transtornos. Existe resistência dos concursados em relação aos contratados, o que pode gerar conflito”, diz. Além disso, Fernandes destaca que a falta de servidores de carreira nas escolas pode resultar ainda, na perda de qualidade na Educação.
“Terceirizados não têm identificação com a escola. Já os servidores concursados, em sua maioria, trabalham nos bairros onde moram, o que cria uma identificação com a comunidade escolar”, diz.
Para justificar o projeto, a Secretaria Estadual de Educação alega que a terceirização sempre existiu, mas pontua como motivo principal, o apagão da mão de obra na rede.
“Se todos os servidores estivessem em atividade, não existiria a terceirização. Muitos estão licenciados e grande parte dos que estão na ativa estão próximos da aposentadoria”, argumenta Luiz Carlos Becker, subsecretário de Gestão de Pessoas da secretaria.
fonte: http://odia.ig.com.br/portal/economia/lei-federal-pode-impedir-terceiriza%C3%A7%C3%A3o-de-servente-1.566604?localLinksEnabled=false&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+com%2Feconomia+%28Economia%29
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