sábado, 15 de novembro de 2014

SECRETARIA DO AMBIENTE DESCARTA TOXICIDADE OU FALTA DE OXIGÊNIO NAS ÁGUAS DA BAÍA DE GUANABARA

 /11/2014
 » Ascom
Novos testes realizados na Ilha de Paquetá indicaram que a água está em boas condições

Substâncias tóxicas ou falta de oxigênio não causaram a morte da espécie de peixe Savelha, fato que vem ocorrendo nas duas últimas semanas na Baía de Guanabara. Essa foi a conclusão inicial do monitoramento realizado pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) na manhã desta terça-feira (4/11) aos arredores da Ilha de Paquetá.

Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram o monitoramento através de sonda que não identificou a presença de nenhuma substância química, tóxica ou floração de alga tóxica. Nos testes para aferir a quantidade de oxigênio na água, todos os resultados saíram dentro da normalidade. Os técnicos estudam a possibilidade de a causa do fenômeno ser a alta temperatura da água, uma vez que a Savelha é uma espécie sensível. A medição indicou a temperatura de 27º da água e, em alguns lugares mais rasos, pode ultrapassar os 30º, fator que pode ser responsável pela mortandade dessa espécie. Amostras de peixes mortos serão encaminhadas para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além de monitorar a qualidade da água da baía, a operação liderada pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, teve como objetivo o combate a caça predatória de sardinha e identificação do descarte incorreto da Savelha nas águas da baía, outra possível hipótese para a mortandade.

Durante a ação, que contou com apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Capitania dos Portos, traineiras que realizavam pesca de arrasto foram fiscalizadas e uma grande quantidade da Savelha foi encontrada. O coronel da Cicca, José Maurício Padrone, esclareceu que a savelha é um peixe saboroso e possui um alto teor nutritivo, mas como tem muitas espinhas possui um baixo valor comercial sendo comumente descartada pelos pescadores nas águas da baía; e que esta hipótese não é a causa da grande aparição de peixes mortos.

“O Inea vem realizando monitoramentos da qualidade da água há 15 dias e nenhuma anomalia foi identificada. Além de investigar essa mortandade estamos coibindo a pesca ilegal da sardinha na época de defeso. Nosso foco principal é reforçar a fiscalização para garantir o equilíbrio da natureza e ajudar aquele pescador que faz seu trabalho de maneira correta", declarou Padrone.

Quem for flagrado pescando sardinha na época de defeso (de 15 de junho a 31 de julho e de 1º de novembro a 15 de fevereiro) pode ser multado entre R$ 700 e mil reais, com acréscimo de R$ 20,00 por quilo de sardinha e ainda ser preso por crime ambiental.

“A polícia civil vai instaurar um inquérito para investigar se existe a responsabilidade criminal de alguém nessa mortandade de peixes. Para isso, nós vamos aguardar os resultados dos laudos técnicos do Inea para darmos continuidade à investigação”, declarou o delegado da DPMA, Rodrigo Brand.
 

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