sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Metade das florestas tropicais do planeta já desapareceram

Metade das florestas tropicais do planeta já desapareceram, diz estudo

State of the Rainforest 2014, relatório divulgado na Noruega, alerta para a crescente degradação dos ecossistemas nos trópicos. Além da perda da biodiversidade, a destruição da floresta é responsável pela emissão de milhares de toneladas de CO2 na atmosfera

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Scott Kuo/Creative Commons

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A humanidade conquistou um progresso impressionante nas últimas gerações: as pessoas vivem mais, menos crianças morrem, a extrema pobreza está dimuindo e o ensino e a educação estão pouco a pouco, se tornando direitos universais.

Todavia, na área ambiental, não há motivo para celebração. Estamos emitindo cada vez mais gases de efeito estufa e com isso o planeta está mais e mais quente. O resultado direto deste comportamento é a perda irreparável de espécies da fauna e da flora e da degradação de diversos biomas.

O texto acima está no prefácio do relatório State of the Rainforest 2014, divulgado agora em setembro, na Noruega. Esta é a terceira edição do documento, publicado pela Rainforest Foundation Norway, e que utiliza informações de organizações e comunidades locais do mundo todo para analisar as condições das florestas tropicais do planeta.

O relatório norueguês aponta, entretanto, divergências entre os números calculados por suas duas principais fontes, que utilizaram diferentes metodologias e tecnologias: o Global Forest Resources Assessment, elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), de 2010, e o levantamento da Universidade de Maryland, de 2013. De acordo com o primeiro, 130 mil km2 de florestas são perdidas por ano no planeta, a maior parte delas nos trópicos. Já a universidade americana afirma que seriam 92 mil km2.

Mesmo não havendo consenso sobre o número exato, ambas instituições concordam que a destruição atingiu um nível alarmante. Segundo os pesquisadores de Maryland, somente 1,1 milhão de km2 desapareceu entre os anos de 2000 e 2012. Para efeito de comparação, seria o mesmo que três Noruegas tivessem simplesmente sumido do mapa.

Apesar de ocuparem apenas 6% da superfície terrrestre, em regiões equatoriais da América, África, Sudeste da Ásia e Oceania, as florestas tropicais têm papel importantíssimo para a regulação do clima, o equilíbrio ambiental de biomas e a sobrevivência de muitas comunidades. Mas a crescente destruição destas áreas continua, apesar do tema ter se tornado foco principal em várias discussões e encontros globais, e da ciência já ter provado a importância destes ecossistemas para a mitigação do aquecimento global.

No passado, as florestas tropicais cobriram cerca de 18 milhões de km2 da superfície terrestre. Atualmente, esta extensão foi reduzida à metade. Estes biomas são como um termômetro da saúde do planeta.

Estima-se que mais de 50% das plantas e animais terrestres vivam nestas regiões, ou seja, quase 1 milhão de espécies identificadas que têm as florestas tropicais comohabitat. Mas os cientistas acreditam que este número possa chegar a 5 ou 10 milhões -só na Amazônia foram descobertos 441 novos animais e plantas desde 2010. "É a biblioteca biológica da Terra. A maior parte da informação dela ainda nem é conhecida pela ciência", afirmou Dag Hareide, diretor executivo da Rainforest Foundation Norway. "Estamos queimando esta biblioteca".

Além da perda de biodiversidade, as florestas contêm uma quantidade enorme decarbono armazenada. A destruição delas gera emissões de CO2 iguais àquelas provocadas por todos os automóveis do mundo.

O relatório europeu afirma ainda que, a maior parte das perdas das florestas tropicais ocorreu nos últimos 50 e 60 anos. O Brasil recebeu elogios, por ter sido o único areduzir o desmatamento de forma significativa globalmente. Nosso país e a Indonésia têm as duas maiores áreas de florestas tropicais do planeta, mas também aparecem entre os principais emissores de gases de efeito estufa no mundo.

Fazem parte do State of the Rainforest 2014 artigos de especialistas internacionais, entre eles, um assinado pelo engenheiro florestal brasileiro Tasso de Azevedo, curador doBlog do Clima, aqui no site Planeta Sustentável. "Herói florestal, mas ainda campeão em desmatamento" é o título do texto de Azevedo, que afirma que a atual redução na taxa de destruição das florestas brasileiras se deve, entre outros fatores, ao retrocesso provocado pela aprovação do novo Código Florestal. Segundo ele, há necessidade de demarcar mais áreas e reservas de proteção ambiental e incrementar políticas inovadoras, como foi feito no início dos anos 2000.

Por fim, o documento internacional enfatiza a urgência na redução dos indíces de desmatamento. Entre as ações sugeridas estão fazer da proteção florestal uma das prioridades dos novos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem estabelecidos pelas Nações Unidas, em 2015, e proporcionar recompensas e estímulos reais aos países com florestas tropicais que investirem na proteção destes ecossistemas.

Reuniões - Como elas matam as boas ideias

Reuniões - Como elas matam as boas ideias

Estudos mostram que reuniões não são eficientes e têm o poder de deixar as pessoas mais burras. Veja por que é assim, e o que pode ser feito para transformar as reuniões em algo mais útil - e até divertido.

por Tiago Cordeiro e Carolina Meyer
Colegas chatos, discussões bestas, tempo perdido. Você detesta as reuniões do seu trabalho? A maioria das pessoas odeia. Com motivo: estudos mostram que elas não são eficientes e têm o poder de deixar as pessoas mais burras. Veja por que é assim, e o que pode ser feito para transformar as reuniões em algo mais útil - e até divertido.

Você se prepara, faz a lição de casa, respira fundo e senta à mesa. Seu chefe e a equipe já estão lá, mas aquele colega atrasadinho não - e o grupo espera meia hora por ele. Você está irritado porque desperdiçou um tempo precioso, mas sabe que o pior está apenas começando. Um após o outro, os personagens típicos de reunião se apresentam. O tagarela, o puxador de tapetes, o despreparado, o oportunista, o indeciso, o bajulador. Todo mundo fala, fala, fala por horas e horas, batendo cabeça e girando em falso até que, por mero cansaço, uma ideia qualquer é eleita a vencedora. Acabou a reunião. E você, no meio desse turbilhão de bobagens, não conseguiu nem se explicar direito - ou, se conseguiu, ninguém deu muita bola. A coisa é tão grave que, nas empresas em que a confirmação por e-mail em uma reunião inclui automaticamente o horário na agenda pessoal, muitos funcionários inventam compromissos nos horários em que precisam trabalhar de verdade - e assim a agenda fica travada para mais perdas de tempo com conversas de grupo que não levam a lugar nenhum. Mas se todo mundo odeia reuniões e sabe que elas são um problema, por que fazemos tantas? Não existe mesmo uma alternativa melhor, ou um jeito de torná-las mais produtivas?

Talvez as reuniões da sua empresa não sejam exatamente desse jeito. Mas provavelmente elas têm alguma semelhança com o cenário descrito acima. Tanto é que, numa pesquisa feita com 2 mil executivos brasileiros, 69% disseram que odeiam reuniões. E estamos falando de executivos, que são especialistas em fazer reuniões; entre os demais cargos, a ojeriza tende a ser maior ainda. "Se você conversar com qualquer pessoa, aleatoriamente, ela vai dizer duas coisas: que ganha mal e perde muito tempo em reunião", afirma Marcos Minoru, professor de administração de empresas na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). A mesma pesquisa constatou que 70% das reuniões não chegam a lugar nenhum, e uma empresa média, de 100 funcionários, desperdiça R$ 500 mil anuais com o tempo perdido nelas. Ou seja: além de você estar sofrendo na reunião, o seu patrão está jogando R$ 5 mil fora.

Mas espera aí. Reunir várias pessoas para debater um problema não deveria ser a melhor forma de resolvê-lo? Deveria, mas na prática acaba não sendo. E o problema está justamente no estilo moderno de fazer reunião: o chamado brainstorming, onde todos os presentes podem opinar sobre todos os assuntos em debate. É a maneira mais democrática de fazer reunião, e a mais comum hoje em dia. Ela foi inventada pelo publicitário americano Alex Osborn, que passou 20 anos estudando os mecanismos do trabalho e, em 1953, publicou o livro Applied Imagination, onde apresentou o termo brainstorming e o conceito de reunião livre, onde todo mundo pode falar. Para Osborn, o importante era criar um ambiente descontraído, que gerasse muitas ideias. Em meio ao turbilhão de ideias bestas, fatalmente surgiriam algumas geniais. A quantidade levaria à qualidade. "Era uma tentativa de acabar com os bloqueios psicológicos que poderiam barrar a apresentação de sugestões", diz a psicóloga americana Linda Spears-Bunton. E as reuniões democráticas ganharam o mundo. Mas não deram certo. "Hoje sabemos que apenas uma em cada quatro reuniões de brainstorming gera resultado concreto", afirma Linda.

Como sabemos? É que um estudo publicado neste ano aponta que as pessoas são mais inteligentes, e tomam melhores decisões, quando estão sozinhas. Psicólogos da Universidade de Haifa, em Israel, apresentaram uma bateria de perguntas e problemas para que voluntários resolvessem. Metade dos voluntários trabalhava sozinha. A outra metade se reunia em grupos. Resultado? Os solitários sempre foram melhor do que os grupos. Acertaram mais respostas e propuseram soluções mais pertinentes. "Não há dúvida de que o pensamento solitário é mais produtivo", diz o psicólogo Asher Koriat, autor da pesquisa. Segundo ele, isso acontece por dois motivos. O primeiro é que, durante as reuniões, os indivíduos mais extrovertidos sempre acabam dominando o debate - e colocando os mais tímidos para escanteio. E os extrovertidos não são necessariamente mais competentes. Mas são mais persuasivos, e conseguem convencer o grupo das maiores bobagens. O outro motivo é que, quando uma pessoa pensa sozinha, consegue exercer mais senso crítico e não se distrai com a interação social.

Isso significa que devemos acabar com as reuniões, então? Não. Koriat propõe um meio termo. "O intercâmbio de ideias deveria envolver menos pessoas, e só acontecer depois que cada profissional tivesse feito a respectiva lição de casa", afirma. "Quando o brainstorming acontece no começo de um projeto, a chance de uma bobagem dita com estilo se tornar regra, e atrapalhar todo o processo dali para a frente, é muito grande."

Como na escolinha
A falta de objetividade nas reuniões de trabalho é cultural. Lembra dos seus trabalhos de escola? A professora passava uma tarefa em grupo e um dos alunos convidava os outros para se reunir na casa dele. Cada um chegava numa hora, a maioria dos colegas não estava a fim de nada, e sempre aparecia a mãe do dono (ou dona) da casa para conferir se todo mundo estava se comportando ou oferecer um lanche. Alguém sempre sugeria deixar para depois e aproveitar a tarde para jogar bola. Claro que todo mundo voltava para casa sem que o trabalho estivesse pronto. "Se você aborda um desconhecido na rua, é porque quer uma informação objetiva, como a direção de uma rua ou que horas são. Mas organizamos reuniões sem saber exatamente qual problema queremos solucionar. É como se o simples fato de todos sentarem ao redor de uma mesa fosse resolver tudo", diz Adrian Furnham, psicólogo especializado em gestão empresarial e professor da University College London. "Parece que muitas vezes a sala onde a conversa vai acontecer e a comida que vai ser servida é mais importante do que o assunto que vai ser tratado". Vai dizer que você nunca sugeriu que o trabalho da escola fosse feito na casa onde o lanche era mais gostoso? "Fazemos a mesma coisa na fase adulta, só que com terno e gravata e ganhando dinheiro para isso", afirma o consultor empresarial Christian Barbosa, autor do livro Estou em Reunião e organizador da pesquisa com 2 mil executivos que citamos no início desta reportagem. Ou seja: nas reuniões, agimos como crianças.

E, sempre é bom lembrar, como bichos também. No fundo, a vida profissional não é assim tão diferente da dinâmica social enfrentada por lobos e macacos, com disputas e demonstrações de poder. "Da mesma forma que os lobos arrepiam os pelos e arreganham os dentes para mostrar força, os executivos convocam reuniões para reforçar sua posição de poder", diz Linda Spears-Bunton. Preste atenção àquele chefe que vive marcando reuniões: no fundo, ele precisa dessas demonstrações públicas de controle sobre o grupo. Não é uma falha de caráter. É uma tendência natural. Mas pode ser contornada.

Scott Snair, autor de livros de negócios como Chega de Reunião, sugere que cada problema seja delegado a uma única pessoa, e ela responda a um só chefe. "Por mais antiquada que possa parecer, a hierarquia tem suas vantagens. A pessoa sabe claramente a quem se reporta, e o chefe se dedica a avaliar propostas concretas, sem a necessidade de ficar fazendo questionamentos só para manter seu status", diz Snair. Algo parecido com isso acontece na Apple, por exemplo, onde cada questão é atribuída a um Directly Responsible Individual (Indivíduo Diretamente Responsável), que tem a palavra final sobre a discussão.

Até pela velocidade com que têm de desenvolver novos produtos, são justamente as empresas de tecnologia as mais empenhadas em acabar com as reuniões chatas. E a primeira estratégia é fazer reuniões mais curtas - e mais frequentes. Uma pesquisa feita em 6 mil empresas de tecnologia constatou que, em quase 80% delas, as reuniões são diárias e duram no máximo 15 minutos. "Assim conseguimos identificar os `enrolões¿. O grupo se automonitora e ninguém fica parado", diz Heber Mantovani, diretor da empresa de software e-comBR. Também virou moda usar objetos para evitar que as pessoas falem demais. Numa divisão da Microsoft, por exemplo, as reuniões contam com a participação de Ralph - uma galinha de borracha que a pessoa precisa segurar enquanto está falando. E algumas reuniões são propositalmente agendadas nas escadarias da empresa, onde não há aquecimento (calefação). A ideia é que, como estão com frio, as pessoas sejam objetivas. Dá resultado: as reuniões na escadaria costumam durar no máximo dez minutos.

No Facebook, o truque é marcar as reuniões logo antes da hora do almoço. "Isso motiva as pessoas a falar menos", disse o engenheiro Mark Tonkelowitz ao jornal americano The Wall Street Journal. Na empresa de softwares Hashrocket, nos EUA, as reuniões usam uma bola de cinco quilos - quem fala deve segurar o objeto. Na empresa brasileira Locaweb, que presta serviços de tecnologia, as reuniões diárias são feitas com a equipe em pé. Quem está falando segura uma bola de basquete, e a duração do encontro é cronometrada. "Com essas reuniões rápidas, conseguimos encurtar em 30% o tempo de desenvolvimento de um software", diz Luis Carlos dos Anjos, gerente de marketing da empresa.

Vale tudo para manter o foco. Até apelar para pequenos truques. "Certa vez, em uma empresa, o presidente contratou um garçom para entrar na sala durante uma reunião importante", diz Sérgio Coffoni, da consultoria de recursos humanos Hay Group. Quando o garçom ia servir o café, perguntava baixinho para cada participante o que ele achava do assunto que estava sendo debatido. Era uma maneira de fazer as pessoas pararem de viajar e prestarem atenção à reunião.

Mas e se tudo isso falhar, e você perceber que está preso em mais uma reunião torturante e interminável? "Dê um jeito de se ocupar, sem parecer que está distraído, ou participe ativamente", diz o psicólogo alemão Ulrike Nett, autor de estudos sobre tédio em reuniões. Segundo ele, você pode se distrair e viajar à vontade quanto o assunto não for da sua alçada. Basta fazer cara de quem está prestando atenção - e ouvir por alto o que está sendo dito, para não ser pego de surpresa. A outra estratégia é se engajar: porque se você participa, a reunião passa mais rápido, e você pode apresentar informações e opiniões coerentes para resolver o debate e encerrar a reunião. Ou, no mínimo, se divertir com ela.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Utilização adequada dos recursos do mar debatida durante seminário

Martim Garcia/MMA
Recursos marinhos: ordenação necessária
Interessados podem se inscrever gratuitamente pela internet

Por: Rafaela Ribeiro – Edição: Marco Moreira

Estão abertas as inscrições para a Jornada de Gerenciamento Costeiro e Planejamento Espacial Marinho que acontecerá entre os dias 3 e 7 de novembro, no auditório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O evento, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, inclui seminários temáticos que promoverão a reflexão sobre a ocupação ordenada do espaço costeiro e o uso sustentável e compartilhado dos seus recursos naturais. As inscrições são gratuitas.
“Procuramos reunir um conjunto de temas que se relacionam e complementam, abordando a complexidade e os desafios da gestão costeira no Brasil, avançando inclusive para a fronteira marinha”, destacou a gerente de Projeto da Gerência Costeira do MMA, Leila Swerts. “Será oportunidade importante para uma visão ampla e diversificada, não só pelos temas abordados, mas também pela troca de experiências entre os participantes, de segmentos distintos, nacionais e internacionais”.
Na segunda-feira (03/11) acontecerá o III Seminário Internacional Brasil-Espanha, com o objetivo de difundir os resultados e conhecimentos adquiridos com o Projeto Sistema de Modelagem Costeira (SMC-Brasil), no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica entre o Brasil e a Espanha, que se encerra no final de 2014. Este seminário vai reunir gestores federais, estaduais e municipais; representantes da academia, do Legislativo e do Ministério Público; representantes da sociedade civil e do setor privado, além de organizações ambientalistas com interesse e atuação no tema. Serão apresentados os produtos elaborados, além de reflexões e desdobramentos no Brasil.
GESTORES PÚBLICOS

O Projeto SMC-Brasil trabalha fundamentalmente a formação de pessoal e a instrumentalização de gestores públicos em técnicas de proteção e gestão do litoral que facilite a tomada de decisões. Além de apresentar subsídios que possam apoiar a construção de um modelo que auxilie na dinamização e qualificação de procedimentos de licenciamento ambiental e de planejamento territorial, avaliando os impactos de obras na zona costeira.
No dia 4, terça-feira, para promover a troca de experiências entre os responsáveis pelo gerenciamento costeiro nos estados e a coordenação nacional e auxiliar a orientação das ações nos próximos anos, acontecerá o Seminário Nacional de Gerenciamento Costeiro. O evento terá a presença de coordenadores e equipes estaduais do Gerenciamento Costeiro e equipes das superintendências regionais da Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
A 50ª Sessão Ordinária do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (Gi-Gerco) acontecerá na quarta-feira (05/11) com a finalidade de promover uma reflexão sobre a implantação do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e apontar caminhos a seguir e desafios a superar. Este encontro tem como público alvo prioritário os membros do grupo colegiado. Os últimos dois dias da Jornada serão dedicados ao Seminário Internacional sobre Planejamento Integrado do Espaço Marinho.

Assessoria de Comunicação - (61) 20281227

Livro Vermelho da Flora do Brasil ganha o Prêmio Jabuti 2014

Paulo de Araújo/MMA
Bromélias: espécie ameaçada
Trabalho científico coordenado por dois pesquisadores aponta espécies ameaçadas de extinção

Por: Luciene de Assis - Edição: Marco Moreira

Plantas da família das bromélias estão criticamente em perigo, seguidas das orquídeas, girassóis e margaridas que, ao lado de outras 4.613 espécies da flora brasileira, estão ameaçadas de desaparecer. Essas informações são a base do Livro Vermelho da Flora do Brasil, que acaba de ganhar o Prêmio Jabuti 2014 na categoria “Ciências Naturais”, com cerimônia de entrega marcada para 18 de novembro, em São Paulo.

Com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a publicação foi organizada pelos pesquisadores Gustavo Martinelli e Miguel Ávila Moraes, que coordenaram uma rede de mais de 200 especialistas, durante dois anos de trabalho contínuo até a finalização da obra. Publicado em dezembro de 2013, o livro de 1.102 páginas venceu o desafio de retratar a parte ameaçada da biodiversidade da flora nativa em risco de extinção, exibindo um miolo com qualidade de textos e fotos exuberantes.

RECONHECIMENTO

Para o coordenador geral do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), instituição ligada ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Gustavo Martinelli, o reconhecimento do Livro Vermelho da Flora do Brasil como a mais importante obra na categoria Ciências Naturais atesta sua importância para a conservação da flora brasileira. Martinelli, um dos organizadores do livro, acredita que a publicação municiará os tomadores de decisão com informações científicas capazes de nortear as prioridades para a conservação de plantas. “Ou mesmo direcionar pesquisas científicas que preencham lacunas de conhecimento sobre determinados grupos taxonômicos (ciência que classifica os seres vivos).”

Há 56 anos, a premiação é conferida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), que seleciona os três melhores representantes de 27 categorias. A flora brasileira está calculada em 43.738 espécies e o Livro Vermelho reúne avaliações científicas sobre o risco de extinção de espécies da flora brasileira e representa uma contribuição da comunidade científica para atualizar a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, a cargo do MMA.
Assessoria de Comunicação - (61) 2028-1227
Institucional
23/10/2014 Ascom Inea
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) autuou motoristas de cinco veículos dos 16 que foram vistoriados nesta quarta-feira (22/10) em operação realizada para identificar irregularidades no transporte de cargas perigosas. A fiscalização, que ocorreu no Km 250 da Rodovia Presidente Dutra, no município fluminense de Piraí, teve o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e da Concessionária CCR Nova Dutra.
Os 22 técnicos do Inea, que participaram da operação, identificaram irregularidades como falta de documentos -  licenças de operação do Inea e manifesto de resíduos para transporte de óleo lubrificante usado - além da inadequação de placas identificadoras da substância transportada, entre outras.
A operação desta quarta-feira, em parceria com outros órgãos fiscalizadores, faz parte da estratégia do órgão ambiental de buscar o aprimoramento e a eficácia no cumprimento do que determina a legislação ambiental sobre o transporte de produtos perigosos por meio da troca de experiências e intercâmbio de informações na aplicabilidade das normas e diretrizes adotadas para o modal rodoviário.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

RIO REAPROVEITOU DOIS MILHÕES E 662 MIL LITROS DE ÓLEO DE COZINHA EM 2014

 10/2014 -
 » Ascom
A maioria foi reutilizada para a fabricação de sabão

As 45 cooperativas cadastradas no Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais do Estado do Rio de Janeiro (Prove) da Secretaria de Estado do Ambiente, reutilizaram, de janeiro até setembro deste ano, 2.662.888 de óleo de cozinha. Do total recolhido, 98% do óleo de cozinha vão ser reutilizados na fabricação de sabão.
A iniciativa visa estimular a criação de cooperativas de coleta seletiva de resíduos sólidos e líquidos e a geração de trabalho e renda para catadores organizados, além preservar o meio ambiente.


A maior parte do óleo de cozinha, usados nas residências e no comércio, é despejada em ralos. O descarte indevido causa entupimento das tubulações dos edifícios e das redes de tratamento de esgoto, acarretando prejuízos a população e as empresas prestadoras de serviço público.


De acordo com o coordenador do Prove Eduardo Caetano, o óleo de fritura usado deve ser disposto em garrafas PET. “Para o armazenamento, o condomínio/ estabelecimento comercial deve contatar uma cooperativa de catadores cadastrada no PROVE ou o próprio programa, que irá até o local para recolher o material”, explicou o coordenador do Prove, Eduardo Caetano.


Para incentivar ainda mais a população a adotar essa boa prática sustentável, aconteceu no Clube de Engenharia, nesta quinta (23/10), a palestra “Óleo de cozinha usado: coleta, reciclagem e seus benefícios para o meio ambiente”. A palestra de Eduardo Caetano se pautou na importância de três pontos: a coleta como um canal eficiente para a redução dos danos causados do óleo de cozinha ao ambiente; as cooperativas como um caminho para a geração de trabalho e renda dos catadores e a indústria, que usa esse insumo básico na fabricação de sabão pastoso e diesel.
 


Reprodução de O Dia online
Reprodução de O Dia online


O senador Marcelo Crivella está no seu direito de recorrer à Justiça Eleitoral. É notório que se prevalecerem os fatos, Pezão teria que ser cassado. Porém a gente sabe que essas coisas não são simples, e acima de tudo muito demoradas até a última instância. Tem o TRE, recurso no próprio TRE, depois TSE, com recurso, finalmente STF. Isso pode demorar anos. Mas é fato que Pezão cometeu uma série de crimes eleitorais comprovados, que a legislação prevê cassação. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ONGs pedem que Amazônia seja prioridade no próximo governo

ONGs pedem que Amazônia seja prioridade no próximo governo
Três das principais ONGs que atuam na Amazônia – Imazon*, Ipam* e Amigos da Terra* – lançaram manifesto conclamando os dois presidenciáveis, que disputam o segundo turno nas eleições deste ano, para priorizar a região em seu governo.

A plataforma Amazônia e as Eleições 2014: Oportunidades e Desafios para o Desenvolvimento Sustentável descreve os desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável da região, faz recomendações e propõe soluções.
Segundo as entidades, apesar da riqueza dos recursos naturais e do papel estratégico da Amazônia, ela tem gerado poucos benefícios sociais e econômicos para a população local, cerca de 24 milhões de pessoas.

Entre as propostas apresentadas pela plataforma estão:

- revisão da política energética brasileira, que prevê a construção de 30 hidrelétricas na Amazônia até 2023;
- priorização das energias limpas;
- maior cuidado e uso efetivo das Unidades de Conservação (UCs);
- investimento em tecnologia para o agronegócio;
- apoio à agricultura familiar e;
- estímulo à conservação e restauração florestal, sobretudo das matas nativas.

As ONGs afirmam que apesar desta importância vital da região, a Amazônia não foi incluída na pauta dos debates dos candidatos à presidência. Ainda segundo as entidades, o desmatamento voltou a crescer e o uso predatório dos recursos naturais é muito alarmante.

Só para lembrar: a Amazônia abriga 1/3 terço das florestas tropicais do planeta, que cumprem papel fundamental na conservação da biodiversidade, no ciclo do carbono e na regulação do clima; produzem “cerca de 20 bilhões de toneladas de vapor d’água por dia, transportadas em nuvens que geram chuvas no centro-sul do país”. É lá também que está a maior bacia hidrográfica do mundo.


Pesquisadores registram Baleias Franca em Santa Catarina


Pesquisadores registram Baleias Franca em Santa Catarina
 Outubro de 2014 • 


Durante os primeiros 20 dias do mês de outubro um grupo de pesquisadores foi ao mar de Santa Catarina para estudar a incidência de Baleias Franca. Durante o período foram registradas 22 baleias da espécie nas praias de Imbiúna e Garopaba.
 Os especialistas fazem parte do Projeto Baleia Franca Brasil (PBF) e do curso de Engenharia e Pesca da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A região analisada durante a expedição foi a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, território fiscalizado para proteger esta espécie.
Os registros são muito importantes porque a espécie está ameaçada de extinção. Inclusive, até mesmo o turismo embarcado para observação de baleias está temporariamente suspenso desde 2013 e existe uma lei federal específica para garantir os cuidados com estes animais.
Conforme informado pelo ICMBio, o período de julho até novembro é quando as baleias franca são mais vistas nas praias catarinenses, para onde os animais vão acasalar e procriar. Durante as vistorias de outubro os pesquisadores registraram 11 pares de mães e filhotes, que foram fotografados e tiveram seu desempenho analisado.
A chefe da APA, Maria Elizabeth Carvalho da Rocha, explicou que através do jato de água liberado pelas baleias é possível identificar uma série elementos de saúde. O resultado mostra bons resultados nos programas de recuperação, já que a espécie também tem sido vista em outras regiões do estado.
Redação CicloVivo

Nível de água em reservatórios brasileiros é o menor desde 2001

Nível de água em reservatórios brasileiros é o menor desde 2001
 Outubro de 2014 • Atualizado às 09h10


A falta de chuvas dos últimos meses fez com que o volume de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas que operam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste atingisse no início desta semana o nível mais baixo desde 2001, ano em que o país foi obrigado a adotar o racionamento de energia. Fontes de abastecimento hídrico das principais usinas geradoras de eletricidade do país, os reservatórios atingiram, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), 20,93% de sua capacidade máxima nessa terça-feira. Na mesma data de outubro de 2001, o volume registrado atingia 21,39% do limite máximo.
Há duas semanas, a ONS divulgou uma projeção apontando que, caso a estimativa de chuvas para os próximos dias se confirme, o nível dos reservatórios do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste continuará caindo e chegará, em 31 de outubro, a apenas 19,9% da capacidade máxima, o mais baixo percentual registrado desde 2000.
Nas duas regiões, as chuvas dos últimos dias foram insuficientes para alterar esse quadro. Nos reservatórios de Ilha Solteira e de Três Irmãos, no noroeste paulista, os níveis de armazenamento chegaram a zero - o que não significa que o rio tenha secado ou que as usinas tenham deixado de operar, embora o façam com restrições.
A situação é preocupante também na Região Nordeste. Na média, os reservatórios operavam, ontem, com apenas 17,5% de sua capacidade máxima. Abastecida pelas águas do Rio São Francisco, o reservatório da Usina de Sobradinho (BA) armazenava apenas 23,7% de seu limite máximo. Já as usinas de Luiz Gonzaga (BA/PE) e de Três Marias (MG) tinham, respectivamente, 17,7% e 3,5% da capacidade de armazenamento.
Repetidas vezes, autoridades do governo federal afirmaram que não há risco de desabastecimento de energia, pois o Sistema Interligado Nacional é “estruturalmente equilibrado” e “dispõe das condições para garantir o abastecimento nacional”, conforme nota divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em setembro. Uma das medidas adotadas para compensar a eventual queda de geração das usinas hidrelétricas, complementando-a, é o acionamento das usinas térmicas – mais caras.
Por Alex Rodrigues - Agência Brasil