Felipe Santos
Do G1 Triângulo Mineiro
A partir de uma curiosidade criada por conta da queda de um avião, uma ideia ultrapassou as fronteiras de Uberaba e se tornou uma fonte barata e sustentável de energia. Assim pode ser definida a evolução da invenção do mecânico mineiro Alfredo Moser, que era de usar garrafas pet cheias d'água para iluminar cômodos escuros durante o dia, sem usar energia elétrica. A reportagem do inventor mineiro chegou a fazer parte de uma série do G1 que abordou os principais temas que foram discutidos na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Para o inventor, a alegria está em poder ajudar a população a economizar energia. E esta foi uma das histórias que ficaram marcadas este ano na região.
O acesso à energia foi um dos temas debatidos na Rio+20.
A ONU estima que um quinto da população mundial ainda viva sem eletricidade. Por conta disso, a ideia simples e barata ultrapassou os limites de Uberaba, cidade onde foi inventada, e ganhou o mundo, chegando à África e à Ásia. “Além disso, daqui a alguns anos vai baixar o volume de água e vamos precisar de uma alternativa, como a lâmpada”, receitou Moser.
Foi em 2001, com a notícia do risco de um apagão, que o mecânico mineiro Alfredo Moser teve a ideia de criar a garrafa pet cheias d'água para iluminar cômodos escuros durante o dia. Funciona da seguinte forma: cada garrafa é encaixada num buraco no telhado, fazendo com que os raios do sol se refracionem e se espalhem no ambiente. O resultado é uma iluminação equivalente a uma lâmpada com potência entre 40 e 60 watts.
Moser afirmou que, a solução que pensou para resolver o problema dele, pode servir para muitas pessoas. Quanto mais casas usando a garrafa, mais energia poderá ser despendida para outros fins. “Essa garrafa é importante para a população, pois desde a hora que entra em algum lugar não tem que acender a luz, é uma economia grande de energia. Seja em um galpão ou banheiro. Muitas pessoas foram ajudadas com esta invenção. Quanto mais usar, sobra mais energia para indústria, comércio e favorece outras pessoas”, disse.
Moser afirmou que, a solução que pensou para resolver o problema dele, pode servir para muitas pessoas. Quanto mais casas usando a garrafa, mais energia poderá ser despendida para outros fins. “Essa garrafa é importante para a população, pois desde a hora que entra em algum lugar não tem que acender a luz, é uma economia grande de energia. Seja em um galpão ou banheiro. Muitas pessoas foram ajudadas com esta invenção. Quanto mais usar, sobra mais energia para indústria, comércio e favorece outras pessoas”, disse.
Com essa "lente improvisada" na cabeça, o mecânico teve a chance de usar a dica na prática, mais de duas décadas depois, quando surgiu o risco de um apagão no Brasil. “Fiquei apavorado com aquela notícia e resolvi usar minha ideia, mas com garrafas de plástico. Adicionei água limpa, duas tampinhas de água sanitária, peguei um pedaço de filme de máquina fotográfica para proteger a tampinha da garrafa do sol, coloquei no telhado e pronto”, disse.
Segundo o inventor, as lâmpadas são ideais para serem usadas durante o dia nos cômodos menos iluminados. “Em um corredor que é escuro ou um banheiro, nem precisa acender a luz. Acende e apaga sozinha”, disse. Vizinhos adotaram a ideia e até um supermercado do bairro usa garrafas plásticas para iluminar o ambiente. Além de ajudar o meio ambiente, a iniciativa gera economia.
Novo modelo
Apesar de não ter o apoio que queria – Alfredo Moser disse que já procurou órgãos públicos e privados para investir na ideia das garrafas pet – o mecânico afirmou que está aperfeiçoando o projeto. "Vou melhorar a lâmpada para clarear ainda mais e para ter condições de colocar na laje, no forro”, explica.O objetivo de Alfredo é ajudar principalmente as pessoas que não têm condições de pagar pela energia. “O pessoal está precisando de luz. Meu ganho é pouco, não posso cobrar muito porque é gente carente e faço um preço bom também para ajudar. Mas a manutenção é barata, não gasta fio de luz e você vai tê-la para o resto da vida. No meu galpão as lâmpadas estão há mais de 10 anos e nunca troquei água de nenhuma”, conta.
Novo modelo
Apesar de não ter o apoio que queria – Alfredo Moser disse que já procurou órgãos públicos e privados para investir na ideia das garrafas pet – o mecânico afirmou que está aperfeiçoando o projeto. "Vou melhorar a lâmpada para clarear ainda mais e para ter condições de colocar na laje, no forro”, explica.O objetivo de Alfredo é ajudar principalmente as pessoas que não têm condições de pagar pela energia. “O pessoal está precisando de luz. Meu ganho é pouco, não posso cobrar muito porque é gente carente e faço um preço bom também para ajudar. Mas a manutenção é barata, não gasta fio de luz e você vai tê-la para o resto da vida. No meu galpão as lâmpadas estão há mais de 10 anos e nunca troquei água de nenhuma”, conta.
Fronteiras
A ideia de Moser foi adotada pela MyShelter Foundation, que pretende chegar à marca de 1 milhão das lâmpadas de Moser instaladas nas Filipinas. Somente na capital daquele país, Manila, a organização estima que haja 3 milhões de casas sem energia elétrica. Por depender da luz solar, o dispositivo não ilumina à noite. Mas para famílias pobres, das quais muitas vivem em favelas em que um barraco está grudado em outro, sem janelas, ter mais luz durante o dia já é de grande ajuda.
Outro lugar distante onde a invenção de Moser está servindo para iluminar casas de famílias carentes é Nairóbi, no Quênia. Em Korogocho, uma região de favela, uma organização está instalando as garrafas desde o ano passado.
Foi um morador dessa área, o jovem Matayo Korogocho, quem viu no YouTube um vídeo que mostra a invenção do mecânico mineiro. Ele cresceu numa casa em que não havia dinheiro sequer para comprar querosene para iluminação.
Mesmo depois de tantos anos da invenção, a lâmpada de garrafa pet ser lembrada até hoje nas discussões sobre sustentabilidade, como neste ano no Rio+20, deixa o inventor mineiro muito satisfeito. “Ver o assunto discutido em um encontro como este é fantástico. Todo mundo comentou e me apresentou falando sobre a garrafa, espalhando a ideia e todo mundo fica interessado. Embora não ganhe nada, criei uma coisa que todo mundo pode usar, seja pobre, ou rico, todo mundo é bem vindo. Isso é importante”, concluiu.
Fonte:http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2012/12/lampada-de-garrafa-pet-que-ganhou-o-mundo-e-um-dos-destaques-de-2012.html
Fonte:http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2012/12/lampada-de-garrafa-pet-que-ganhou-o-mundo-e-um-dos-destaques-de-2012.html
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