Ex-catadores de lixo voltaram a protestar ontem contra o não cumprimento pela secretaria de Serviços Públicos, segundo eles, do acordo feito com a categoria após o fechamento do lixão da Codin, em junho do ano passado. O protesto, que aconteceu pela manhã na Praça São Salvador e à tarde na sede da secretaria de Serviços Públicos, reuniu diversos trabalhadores que afirmam estar sem nenhuma fonte de renda e passando dificuldades financeiras. Em novembro do ano passado e no dia 8 de janeiro, os trabalhadores também protestaram.
A ex-catadora Viviane Corrêa da Silva Ramos, 30 anos, disse que além do pagamento de seis parcelas no valor de um salário mínimo, - foram pagas apenas cinco -, a secretaria de Serviços Públicos teria prometido colocar em funcionamento a Usina de Triagem com a contratação de 90 catadores. “A usina nunca funcionou e apenas 70 catadores foram empregados na varrição e mais de 400 continuam sem perspectiva de emprego”, afirmou ela, destacando que hoje, às 16h, está prevista uma reunião entre o secretário de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque e os catadores, na sede da secretaria. A categoria promete acampar na Prefeitura caso não seja feito nenhum novo acordo. Os trabalhadores reivindicam também a implantação da coleta seletiva com a participação deles.
De acordo com o secretário Zacarias Albuquerque, após o fechamento do lixão, que funcionava em local totalmente insalubre, foi acordado entre a Vital Engenharia e a categoria que eles receberiam, durante cinco meses, parcelas de um salário mínimo/mês. "O acordo foi cumprido e, no dia 10 de dezembro, foi paga a última parcela, totalizando R$ 1 milhão e 280 mil. Além disso, a Prefeitura, através da secretaria de Trabalho e Renda, está disponibilizando cursos de capacitação na área da construção civil para os ex-catadores não absorvidos pela concessionária".
Zacarias disse ainda que no início do processo, a secretaria de Trabalho e Renda apoiou o grupo para montar uma cooperativa, mas a categoria teria recuado. "Nada impede que seja montada uma cooperativa com a participação deles para aproveitamento do material da coleta seletiva, mas é preciso que se organizem em associações", informou ele, destacando que 118 ex-catadores foram absorvidos pela Vital Engenharia e estão trabalhando na varrição, enquanto a usina de reciclagem não começa a funcionar.
Fernanda Moraes 17/01/2013 08:55
fonte: Jornal Folha da Manhã
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