Levados pelo estímulo das recentes reuniões que Dilma Rousseff teve com representantes dos movimentos sociais que foram às ruas, em meados de junho um grupo de lideranças do povo Kayapó esteve em Brasília para tentar uma audiência com a presidente. Não foram recebidos na ocasião, como não foram recebidos desde que o atual governo assumiu o comando do país. O mesmo grupo, então, resolveu fazer campanha para que a presidência os receba e discuta com eles pautas como a contrução de hidrelétricas em rios da Amazônia e outros projetos legislativos, como a PEC 215 e o PL 1610, que atentam contra seus direitos adquiridos.
Nesta quarta-feira, a presidente afirmou publicamente que continuará recebendo os movimentos sociais e organizações da sociedade civil para discutir as demandas apresentadas durante as manifestações que ocorreram no país. A conversa com os indígenas ficou agendada para a próxima semana, dia 10 de julho. No entanto, segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, Dilma não deverá discutir as pautas tradicionais dos movimentos, mas tratar “da atual situação do país”. O isso quer dizer exatamente os indígenas não sabem. Mas continuarão na luta para levar a ela suas reivindicações.
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