Fauna sob ameaça de extinção
Luciene de Assis
Luciene de Assis
Cerca de 400 especialistas participaram da Oficina de Validação das Avaliações da Fauna Brasileira, promovida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) na sexta-feira (31/08), em Brasília. Na oficina, foram analisadas 1.800 espécies de diversos grupos, como mamíferos aquáticos, peixes marinhos, anfíbios, crustáceos, moluscos, entre outros, que já haviam sido estudados em oficinas específicas anteriores, entre 2008 e 2011. Os resultados desse trabalho serão divulgados ainda esta semana pelo ICMBio e encaminhados ao MMA para subsidiar a atualização da Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.
De acordo com o analista ambiental da Coordenação Geral de Manejo para Conservação do ICMBio, Ugo Eichler Vercillo, o produto apresentado durante o evento confirma que várias espécies entraram na lista de risco de desaparecer e outras foram dela retiradas, embora os números somente estarão consolidados no correr desta semana.
ESTRATÉGIA
A lista, publicada em 2009, permite definir estratégias para combater as ameaças capazes de levar as espécies à extinção, além de buscar formas de proteger a fauna nacional. Para o secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti, que participou do encerramento da oficina, é importante identificar as espécies que integram a lista e estão em Unidades de Conservação (UCs).
O encontro em Brasília analisou a consistência da aplicação do método UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) para validar as categorias de ameaça indicadas pela comunidade científica brasileira para as espécies durante as oficinas específicas de avaliação dos grupos. Segundo Rosana Subirá, coordenadora de Avaliação do ICMBio, o instituto já organizou 34 oficinas sobre o tema e a validação permite que dois especialistas na metodologia, que não participaram da avaliação do grupo, avaliem a aplicação das categorias.
“É a etapa final do processo de avaliação do risco de extinção da fauna brasileira. Esta oficina finaliza o processo de avaliação de diversos grupos taxonômicos que foram avaliados entre 2008 e 2011”, diz. “É a primeira oficina deste tipo realizada e o plano é realizar encontros desses por semestre, de modo que a conclusão dos processos ganhem celeridade”.
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