Daniel Mello - Edição: Aécio Amado - Agência Brasil -
09/01/2012
Fazer com que os supermercados paulistas deixem de distribuir sacolas
plásticas para embalar compras dos clientes é o principal objetivo da
campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco. Segundo a Associação
Paulista de Supermercados (Apas), responsável pela iniciativa que vai até o dia
29 deste mês, os estabelecimentos associados vão adotar a mudança em 150 cidades
onde residem 80% da população do estado. "Vamos ter ainda alguns pequenos
associados, que estão em cidades pequenas também, que não foram mobilizados",
explicou o diretor de sustentabilidade da Apas, João Sanzovo.
A campanha
segue um esquema piloto adotado há um ano e meio em Jundiaí que, de acordo com
pesquisa encomendada pela associação, foi aprovado por 77% da população. "A
campanha só deu certo em Jundiaí porque houve apoio do cidadão, os consumidores
que ficaram felizes de ter uma forma de contribuir para o meio
ambiente", disse.
Com o fim da distribuição das sacolas
plásticas, os consumidores terão de optar entre as sacolas retornáveis
ou biocompostáveis, feitas de amido de milho, vendidas
nos estabelecimentos. A primeira opção, que pode ser usada várias vezes, é
apontada como preferencial.
A ideia e contribuir para a diminuição de um
problema ambiental causado pelo descarte das 2,4 bilhões de sacolas plásticas
distribuídas todos os meses no estado. "Nós vamos estar mudando a nossa cultura,
a nossa forma de comercializar, de pensar, educando os nossos clientes sobre a
importância dessa mudança cultural", ressaltou Sanzovo que revelou que a ideia
foi amadurecida por cinco anos antes de ser lançada.
O diretor acredita
em resistência inicial por parte dos consumidores, mas entende que todas
as mudanças de hábito demoram tempo para serem completamente
assimiladas. "Resistências haverão, com certeza, mas elas vão ser bem menores
porque a grande maioria [da população] está bastante consciente".
Sanzovo destacou ainda que com essa mudança o setor de supermercados
começa a se adaptar às determinações da nova lei de resíduos
sólidos. "Essa sacolinha é a ponta do iceberg em todo um processo de
revisão de comportamento de consumo, de mudança da cultura do
descarte".
Olá!
ResponderExcluirGostaríamos de destacar algumas questões:
As sacolas plásticas, apontadas como sendo as vilãs do meio ambiente, são 100% recicláveis e reutilizáveis.
As sacolas biodegradáveis não são recicláveis e atrapalham a reciclagem de outros materiais plásticos caso sejam enviadas para esse fim. Além disso, só se biodegradam em usinas de compostagem - usinas essas, que não existem no Brasil.
As sacolas retornáveis podem oferecer riscos à saúde e transmitir doenças, conforme estudo - http://www.ecopaperpack.com.br/noticias-site-ecopaper/
Diante disso, pergunto: "O banimento é mesmo a solução?" Não seria mais viável educar a população para o consumo e descarte conscientes de sacolinhas, já que elas são as mais sustentáveis segundo um estudo científico britânico - http://migre.me/5azv8.
E o Governo, em vez de apoiar uma campanha sem causa como essa, não deveria investir em coleta seletiva e tratamento de lixo?
Quem ganha com o banimento são os supermercadistas, que além de venderem sacolas retornáveis e sacos pretos para lixo, deixarão de oferecer sacolas plásticas cujo preço está embutido nas mercadorias.
Nessa, os consumidores são os maiores prejudicados...junto com o meio ambiente, que em nada será favorecido.
Abraços,
Equipe Recicle Ideias!
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