A solução, no entanto, tem altos custos e não é indicada para o Brasil
No Brasil, o método adotado para o lixo da maioria dos municípios é o despejo
em aterros sanitários, onde o lixo recebe tratamento e é monitorado. Em outros
países, porém, para acabar com os resíduos sólidos a fim de não perder espaço
físico, o método de incineração é comumente adotado. Trata-se do processo da
queima do lixo a altas temperaturas em instalações chamadas incineradores.
Entretanto, no Brasil, além dos aterros terem um custo menor, segundo o
Coordenador de Projetos da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb),
Lúcio Vianna, o lixo produzido é mais úmido do que em outros países e, portanto,
a prática de incineração não pode ser simplesmente adotada.
Vianna explica que no caso do Brasil o lixo é diferente e, logo, todo o
processo de queima também deveria ser diferenciado. “Aqui, 60% do lixo é
orgânico, para você queimar esses resíduos úmidos a temperatura deve ser
diferente”, afirma. Segundo o coordenador, muitas propostas de incineração,
combustão do lixo, aparecem para o seu tratamento, mas quando realizam as
experiências vêem que o projeto deve ser alterado. “Não dá para pegar a técnica
de outro país e simplesmente trazer para cá”, diz.
No Brasil, o método
não é comum, segundo Vianna, e a criação de aterros sanitários é a alternativa
mais barata de tratamento de lixo. Além disso, a incineração do lixo doméstico é
proibida em parte do Brasil, como o caso do Rio de Janeiro. Apenas a queima do
lixo hospitalar é realizada no estado.
O método, entretanto, é bastante
criticado, pois a queima resulta em gases poluentes. Vianna afirma que existe
tecnologia disponível para evitar a poluição, mas deve ser bem fiscalizada para
evitar a emissão de gases. “É possível incinerar sem poluir, mas o custo é
alto”, diz.
Vianna explica que ao queimar o lixo vários gases são emitidos,
como o metano e dioxina que, segundo, ele são prejudiciais à saúde. “O sistema
de queima deve ser eficiente no tratamento dos gases, do contrário, você não
polui o solo, mas polui a atmosfera”, ressalta o coordenador.
*Fonte: http://redeglobo.globo.com/globoecologia
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