sábado, 3 de março de 2012


iscais impedem entrada no Brasil de 40 toneladas de lixo

De acordo com a Receita Federal, os fiscais detectaram que a mercadoria declarada como polietileno era lixo do Canadá

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Flávio Berger/EXAME.com
Porto na região de Itajaí, em Santa Catarina
Foi a segunda carga de lixo detectada pelos fiscais da Receita em Itajaí em menos de seis meses
Brasília - Os funcionários da Receita Federal no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, impediram a entrada no Brasil de 40 toneladas de lixo, distribuídas em dois contêineres, procedentes do Canadá. De acordo com a Receita, ao fazer a conferência física, os fiscais detectaram que a mercadoria declarada como polietileno era lixo.
A Receita informou ainda que o governo tomará as providências necessárias para a devolução da carga ao país de origem, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.
Foi a segunda carga de lixo detectada pelos fiscais da Receita em Itajaí em menos de seis meses. Em setembro de 2011, eles identificaram uma carga da Espanha, que foi devolvida.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Aterro sanitário de Formiga é indicado como boa prática e participa de pesquisa mundial


Ass. Imprensa / Prefeitura de Formiga


No início de fevereiro, a Secretaria de Gestão Ambiental recebeu uma correspondência convidando a Prefeitura de Formiga para indicar o Aterro Sanitário como uma das “boas práticas” desenvolvidas no Estado de Minas Gerais.
A indicação faz parte de uma pesquisa científica desenvolvida pela Universidade Federal de Pernambuco, denominada “Análise das Diversas Tecnologias de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos no Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão”. O projeto é executado com o apoio financeiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de financiamento não reembolsável com recursos do Fundo de Estruturação de Projetos do BNDES (FEP).
O objetivo principal da pesquisa é abordar, dentro de cada possibilidade, a dimensão econômica, tecnológica e de mercado, oferecendo alternativas para o tratamento e disposição final dos resíduos sólidos urbanos no Brasil.
Para a elaboração foram estabelecidos núcleos, sendo um deles o Sudeste, que inclui os estados Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Foram pré-selecionadas, em cada estado, entre sete e oito tecnologias, denominadas “boas práticas” que receberão visitas técnicas para obtenção dos dados/indicadores constantes de uma planilha padronizada.
Após a coleta e análise desses dados, a coordenação da pesquisa vai informar quais “boas práticas” serão indicadas ao BNDES, para decisões de financiamentos e fomento do banco que é o principal agente financiador do país. 


Encargos sociais pagos pela prefeitura: R$ 278 milhões



A+A-Por Wesley Machado
A prefeitura pagou este mês mais uma grande quantia de encargos sociais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Campos dos Goytacazes (Previcampos) e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


Em três anos, já foram recolhidos R$ 278 milhões de encargos sociais dos servidores, incluindo o parcelamento de débitos contraídos por gestões anteriores com o INSS e o FGTS. O secretário de Controle e Orçamento, Suledil Bernardino, afirmou que o governo continua lutando para regularizar as pendências com o governo federal para que o município fique adimplente.


Desde janeiro de 2009, já foram recolhidos R$ 124,76 milhões referentes às contribuições ao INSS dos mais de 4 mil funcionários celetistas da Fundação Municipal de Saúde, que incorporou os Hospitais Ferreira Machado e Geral de Guarus. 


Do funcionalismo efetivo foram recolhidos R$ 67,44 milhões ao Banco do Brasil para o Pasep. Ao PreviCampos, o governo efetuou um recolhimento no valor de R$ 50,1 milhões. Para o FGTS foram recolhidos R$ 35,7 milhões, incluindo o parcelamento de débitos do governo anterior.






Postado por: Thábata Ferreira - 28/02/2012 08:55:00




Nova forma de ganhar dinheiro em Luanda


João Dias - 25 de Fevereiro, 2012

Muitos caçadores de ferro velho encontram sucata de todo o tipo nos amontoados de lixo espalhados pela província de Luanda
Fotografia: Maria Augusta
Nos bairros de Luanda nasce um novo negócio. À primeira vista parece ser estranho pelo modo como é processado, pois é sustentado pelos amontoados de lixo, fonte para muitos “caçadores de sucata”.
  A “caça” ao ferro e cobre chegou às ruas, becos e avenidas. Os negociantes vasculham o lixo, fazem fogueiras em dia de sol e andam longas distâncias de bairro em bairro à procura de pedaços de ferro e outros metais. Esta actividade, no calão chama-se “diolo”.
Crianças e jovens vasculhavam os metais e depois atiravam-nos para uma fogueira. Todos procuravam ferro, alumínio, bronze e cobre “para pesar”. 
José Pedro Adão ou Kati, como é conhecido, contou que tinha conseguido 41 quilos de cobre retirado de bobinas, estabilizadores e cabos eléctricos, que encontrou no lixo. Essa quantidade valeu-lhe dez mil kwanzas. “Para mim é muito dinheiro porque tudo isso apanho no lixo e apanhar não custa nada”.
Paulo Dala “Paulucho”, 11 anos, já tem experiência na “caça” aos metais no lixo. A procura nunca é cansativa, pois sempre vale a pena por render algum dinheiro. 
O quilo de cobre pode ser comprado pelos “pesadores” a 250 kwanzas e o de bronze 40 kwanzas, ao passo que podem comprar o quilo de alumínio a 30 kwanzas. O ferro é o que menos rende. O quilo custa apenas 15 kwanzas.  
Os adolescentes Kati e Paulucho nasceram e cresceram ao lado das valas de drenagem. 



As fogueiras são feitas para queimar a parte externa dos cabos eléctricos, geralmente de cobre, ao passo que o constante “ciscar” no lixo tem como fim encontrar pedaços de metais para pesar nas “lojas de sucata” do Dialó ou do Alex, dois senegaleses que são os principais “pesadores” do Cassequel 
O bairro Capolo também é fértil neste novo negócio de “diolo”, mas os compradores vão além dos metais. No Capolo pesam e compram também baterias danificadas. 
Os principais compradores exportam ou vendem os metais numa fábrica de Viana. Até agora, Alex e Dialó são os maiores e mais famosos “pesadores” do bairro. 
Quando atingem a quantidade pretendida exportam ou vendem os metais. “Eles estão a comprar essas coisas porque rende. Os meninos quando estão a vasculhar o lixo, fazem-no na esperança de encontrar mais um quilo de ferro, cobre ou alumínio”, disse Eva Adão, que vive no bairro há 16 anos.
Só no bairro, existem duas pequenas casas cheias de ferrolhos e rolos de fios de cobre e peças de alumínio recolhidas no lixo. A recolha nas lixeiras é aberta a todos. Mas são os meninos de 12 ou 13 anos os fornecedores incansáveis e por isso são também os que mais se destacam neste novo negócio.
  
A vala obstruída

A vala de betão armado que parte da Senado da Câmara para o Cassequel do Buraco, distrito da Maianga, está desobstruída. Do Cassequel para diante está obstruída. 
As obras estão paradas, há largos anos. No espaço há dois grandes contentores repletos de lixo, mas nem por isso a vala e as redondezas estão limpas. Na vala, que se encontra inacabada  correm águas pútridas. Há uma mistura de ferro, plástico, farrapos, latas, garrafas, pneus e carcaças de carros.
A vala de drenagem da Senado da Câmara tem muito lixo. Ela conflui com a vala que parte do Bairro do Asa Branca e atravessa um sem número de casas. Traz na sua correnteza fragmentos de toda a espécie. 
Há uma ponte que atravessa o “rio de lixo” por onde as pessoas passam para chegar ao bairro Malanjinho, que faz fronteira com o Cassequel. A pequena ponte foi construída de emergência para permitir que gente vinda do Bairro Popular ou Cassequel do Buraco passe para o Bairro Malanjinho, que num passado recente foi “habitat” de marginais. 
Tudo mudou com a instalação de uma esquadra móvel, colocada a escassos metros da pequena ponte que atravessa o “rio de lixo”.  
Hoje, o espaço, antes “povoado” de lixo, serve de campo improvisado para partidas de futebol.

Programação Semanal da Limpeza Pública



quinta-feira, 1 de março de 2012

Severino quer reaproveitar resíduos da construção civil



Membro da Comissão do Meio Ambiente da Câmara Municipal de Uberaba, vereador José Severino está preocupado com a situação da Pedreira de Léa. O aterro que deveria ser utilizado apenas para destinação de resíduos da construção civil, conforme a legislação, hoje funciona como aterro sanitário, recebendo, inclusive, materiais contaminados oriundos de indústrias. Contaminação que pode, inclusive, acometer o córrego das Lajes, que auxilia no abastecimento de água em Uberaba.

Segundo o parlamentar, os empresários precisam conscientizar-se de que não se pode despejar resíduos diversos no local. Quem acaba minimizando os danos ao meio ambiente são os catadores que, na tentativa de encontrar uma forma de sobreviver, separam os recicláveis em meio ao lixo. "As caçambas despejam, junto com os resíduos da construção civil, animais mortos, restos de árvores e plantas, sacolas plásticas, materiais contaminantes. O Ministério Público faz sua parte autorizando que entulhos da construção civil, como blocos de cimentos, restos de pisos e tijolos, dentre outros, sejam deixados no local. Mas os empresários também precisam fazer sua parte e estar atentos ao lixo que estão despejando", explicou o vereador.
Mas, para José Severino, mais do que reciclar parte do lixo, o ideal é reaproveitar até mesmo os resíduos da construção civil. O que antes não tinha mais utilidade, ao passar por uma máquina trituradora pode se transformar em areia, britas e pedras que podem ser usadas na construção civil em geral. Ação que gera economia, além de poupar o meio ambiente. "Nossa intenção é reciclar os resíduos da construção civil em nosso município e utilizá-los na pavimentação dos 454 mil hectares de estradas rurais. Para isso, já existem fundos do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, na ordem de dois milhões de dólares, para que o próprio município financie a aquisição do triturador. O lixo é um desafio para todos os países do mundo", diz.
O triturador já está sendo utilizado em algumas cidades, como, por exemplo, em Rio Preto, Belo Horizonte, São Carlos e Osasco. Nesta última, inclusive, o vereador acompanhou de perto o processo que é feito na Usina de Reciclagem de Entulho de Osasco e que tem capacidade para reciclar 25 toneladas de resíduos sólidos da construção civil por hora. Sete ruas do município foram feitas com o material, precisando apenas da capa asfáltica como complemento. Dessa forma é feita uma economia de 40 a 60% na obra, pois este material requer apenas 1% de cimento.
Lei das caçambas - Durante a fiscalização à Pedreira de Léa, José Severino percebeu que nem todos os caminhões tinham suas caçambas cobertas com lona ou similar conforme obriga a legislação. A ação, segundo o vereador, evita que resíduos caiam nas vias durante o percurso. "Foi votada uma lei em dezembro de 2009, que determinou que as caçambas devem ser cobertas por tampas metálicas. A mesma lei foi modificada em abril do ano passado, dispondo que elas devem ser cobertas por lonas ao invés das tampas de metal. Mas o que pude perceber é que, de uma forma ou de outra, a lei não está sendo obedecida por todos. Das centenas de caminhões que passam por aqui, poucos respeitam a legislação". Segundo o vereador, é preciso intensificar a fiscalização e fazer com que a lei seja cumprida. "O Poder Público, por si só, não consegue cuidar do meio ambiente. É preciso que a população também se envolva".



Fonte:  Jornal de Uberaba

Mato Grosso é o 4º que mais tem lixão no Brasil



O programa Fantástico apresentou a realidade revoltante de lixo hospitalar sendo jogado em lixões a céu aberto em várias capitais brasileiras. Não se pode dizer que Mato Grosso esteja fazendo o mesmo, mas, a julgar pela falta de aterros, uma situação comprovada num estudo realizado em todo o País, constata-se que na maioria das cidades mato-grossenses o destino do lixo produzido pela população vai parar nos lixões a céu aberto. Esse fato colocou Mato Grosso com o quarto pior índice de destinação do lixo no Brasil.

Conforme o estudo, os mato-grossenses produzem 2.989 toneladas de resíduos sólidos por dia, sendo que 20% não são coletados. Do montante recolhido, apenas 24,5% têm destinação correta nos aterros sanitários; o restante vai parar nas ruas, lixões e córregos. Os municípios que apresentam a situação mais crítica são Várzea Grande e Rondonópolis. Todas as prefeituras do estado foram notificadas para se adaptarem ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece 2014 como o ano limite para que todas as cidades destinem o lixo para aterros sanitários adequados.
De acordo com a nova legislação, a partir de 2014 os aterros terão de ser sustentáveis e não poderão poluir, sendo que os planos de gerenciamento dos resíduos devem ser elaborados até 2012 conforme prevê o Plano Nacional. A nova lei de Políticas de Resíduos Sólidos distingue resíduo (reaproveitável) de rejeito (não reaproveitável). Para Mato Grosso, a caminhada para respeitar a lei será árdua. O Estado, com 141 municípios, possui 12 aterros sanitários, sendo que, deles, apenas oito possuem licenciamento ambiental. “Com esses dados é possível presumir que os demais municípios que não possuem aterro se utilizam de lixões inadequados”, explica o engenheiro sanitarista, professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Rubem Mauro.
Para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, a situação parece ainda pior do que imagina o professor. Segundo a coordenadora de Gestão de Resíduos Sólidos da Sema, Solange Cruz, atualmente há apenas um município com licença de operação para sistema de tratamento de resíduos sólidos, mas que ainda não funciona. O Município em questão é Torixoréu (560 km de Cuiabá). “Muitos entraram com requerimento de licenciamento ambiental, mas deixaram suas licenças vencerem e outros operam como lixões. Entretanto, todos os municípios foram notificados pela Sema”, pondera a coordenadora da Sema.
Para o promotor de Meio Ambiente, Gerson Barbosa, não se pode perder de vista que a tutela dos resíduos sólidos está intrinsecamente ligada à questão ambiental. “A nova lei salientou essa circunstância, em diversos dispositivos”, destaca Barbosa. A lei enfatiza, por exemplo, que a PNRS tem como objetivos a proteção da saúde pública e da qualidade de vida; a não geração; a redução; reutilização; reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos; a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; o desenvolvimento de tecnologias limpas para minimizar impactos ambientais, entre outras exigências.
Barbosa acredita que os municípios devem criar condições para se adequarem. Segundo ele, há notícias de que os municípios já estão se organizando para o cumprimento da lei, por intermédio de consórcios públicos. O consórcio (união de municípios e associações) pode ser adotado por diversos municípios, o que facilitaria também na busca de recursos junto aos governos federal e estadual. “Há notícias de que já existem municípios interessados em formar esses consórcios”, pontua o promotor.

Cuiabá pode realizar repactuação

A prefeitura de Cuiabá enfrenta uma ação judicial, já que não adaptou o aterro sanitário às condições ideais para se obter o licenciamento ambiental. Da ação surgiu o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas o acordo, firmado em 2009, ainda não foi cumprido. Barbosa informa que, diante da desobediência, o melhor caminho é defender a contemplação da nova lei. “O corpo técnico de Cuiabá e o prefeito Chico Galindo já deram mostras de que é bem provável que seja atingido esse propósito”, salienta.
A prefeitura de Cuiabá já formou uma equipe de trabalho com vistas a discutir um projeto de gestão de resíduos sólidos. O grupo se reúne na prefeitura todas as segundas-feiras.

Compartilhando responsabilidades

O Plano prevê também uma série de novidades não só para os administradores, mas também aos consumidores e à indústria. Enquanto os municípios devem receber incentivos para estimular a reciclagem, fabricantes e distribuidores de pilhas, baterias, lâmpadas, produtos eletroeletrônicos e óleos lubrificantes passaram a ser responsáveis pelo recolhimento dos produtos usados.
Também está prevista a inserção social dos catadores, proposição de incentivos tributários para as atividades voltadas para a reciclagem. A ideia é conscientizar sobre a responsabilidade compartilhada.



Fonte:  Simone Alves (Circuito Mato Grosso)


COMENTÁRIO DO BLOG:Em Campos, desde junho de 2010 com a inauguração  da usina de auto-clave, todo resíduo  de sáude(lixo hospitalar)gerado nas unidades públicas (UBS,Hospitais e etc.) são tratados na Codin e posteriormente destinados para aterro sanitário de Conselheiro, como material inerte.

Muçulmanos devem plantar árvores para casar na Indonésia

Débora Spitzcovsky - 29/02/2012














A mais nova lei ambiental da Indonésia muçulmana afeta os noivos do país: a partir de março deste ano, para ter autorização da Igreja para casar, os pombinhos deverão plantar duas mudas de árvore de alguma espécie nativa.
A medida foi anunciada pelo Escritório de Assuntos Religiosos – onde se registram os muçulmanos que vivem no país e querem casar oficialmente – e, por enquanto, valerá na cidade de Medan e em distritos da ilha de Sulawesi, onde a concentração de adeptos à religião é grande.
Quando for registrar a união no Escritório, o casal receberá as duas mudas, que devem ser plantadas na casa onde os pombinhos morarão. Após o plantio, a licença para o casamentoé concedida e, então, os noivos estão autorizados a realizar a cerimônia.
A estimativa é de a medida renda duas mil novas árvores, todos os meses, para as cidades participantes da iniciativa, ajudando o país – que, atualmente, está entre as dez nações que mais contribuem para o aquecimento global, segundo levantamento do BNDES – a controlar suas emissões de CO2. Você aprova a ideia?
Foto: Creative Commons

Empresas de energia trocam recicláveis por créditos na conta




Endesa Brasil já concedeu mais de R$ 1,7 milhão em bônus na conta de luz de clientes do Rio e do Ceará Gabriela Murno grnurno@brasheconornico.com.br As empresas Ampla Energia & Serviços S.A, no Rio de Janeiro, e Coelce, no Ceará, ambas controladas pela Endesa Brasil já concederam mais de R$ 1,7 milhão em descontos na conta de luz aos clientes participantes dos programas Ecoelce, criado em 2007, e Eco Ampla, de 2008.

Neles, clientes trocam resíduos recicláveis por créditos. Já foram recolhidas 13.985 toneladas de lixo reciclável e mais de 346 mil clientes das duas empresas já foram beneficiados. Os consumidores podem até zerar o valor de sua fatura, se a quantidade de bónus concedidos no mês ultrapassar o valor de energia consumido no período. Caso o valor de bonificação seja maior do que o consumo, o excedente é creditado automaticamente na fatura seguinte. De acordo com André Moragas, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Endesa Brasil, o valor de cada material é reajustado de acordo com o mercado e varia muito de acordo com a região e a época do ano.
"No Rio, por exemplo, os materiais que atingem o maior valor por quilo são os feitos com bronze, que chegam a custar R$ 8,20/quilo. Já um quilo de latinhas de alumínio (o equivalente a 65 atinhas) custa cerca de R$ 3,30. No Ceará, o resíduo com maior preço por quilo também é o bronze, seguido pelo latão. No fim do mês, o desconto é gerado com base na soma dos pesos dos resíduos doados e no valor do resíduo", explica. Ainda segundo o diretor, os projetos surgiram da necessidade de levar aos clientes a ideia do consumo consciente, mote principal dos programas de responsabilidade social da companhia. "Os projetos conseguem aliar o cuidado e a preocupação com a sustentabilidade do planeta e o desenvolvimento económico das comunidades onde atuamos", ressalta. Os clientes da Light, dos bairros de Botafogo e Humaitá e das comunidades do Dona Marta, em Botafogo, Babilónia e Chapéu Mangueira, no Leme, também podem trocar resíduos recicláveis por descontos na conta de luz ou doar seus bônus para 15 instituições cadastradas.
Todos os moradores do Rio podem ir aos postos e doar a quantia recebida pelo material às instituições . O projeto-piloto Light Recicla, lançado em agosto do ano passado, concedeu R$ 32 mil em descontos nas contas de luz, o suficiente para zerar as contas de mais de 500 famílias do Santa Marta, onde o consumo mensal médio é de 110 Kwh.
Já foram arrecadados aproximadamente 150 toneladas de material reciclável e 1.800 litros de óleo de cozinha. O preço de cada material varia de acordo com a demanda de mercado de cada produto. Para o presidente da Light, Jerson Kelman, o projeto representa um novo compromisso dos moradores, não com a empresa, mas com eles próprios, pois reutilizar e reciclar materiais contribui com a limpeza das ruas, com a saúde da população e com o meio ambiente.
"O cliente pode reduzir a conta de energia de forma a caber no seu bolso e usar o dinheiro economizado para gerar renda na própria comunidade", ressalta. O projeto tem ainda a parceria da 3E Engenharia, Brasilpet Reciclagem e da ONG Eccovida, além do apoio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Assistência Social, Conservação e Serviços Públicos, Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) e UPP Social.
Redução da inadimpléncia, mudança de cultura da população e eficiência energética pela redução do gasto de energia na produção de novos produtos a partir do material reciclado são outras contribuições importantes do projeto, segundo Fernanda Mayrink, gerente de Atendimento às Comunidades da Light e coordenadora do projeto.
"Diversas comunidades solicitaram a implantação deste projeto. A intenção é expandir para comunidades pacificadas. Companhias cadastram clientes para coleta Material recolhido é repassado para as indústrias que fazem a reciclagem do lixo A Ampla distribui energia para 66 municípios do estado do Rio de ia neiro, dentre eles, Os principais são as regiões metropolitanas de Niterói e São Gonçalo e os municípios de Magé e Itaboraí.
O cadastramento dos clientes no Eco Ampia deve ser feito em um dos postas de troca, mediante a apresentação de uma conta de luz e um documento de identificação do titular da conta. São oito postos fixos e um posto móvel. A Coelce distribui energia elétrica para 184 municípios do Ceará. Para se cadastrar no Ecoelce basta se dirigir à um das 53 postos de coleta, sendo 30 fixos e 23 móveis. Podem ser trocados metais (lata de alumínio, ferro, bronze, aço inox, chumbo, antimónio e latão ), papel (branco, colorido, papelão , jornal, revista e embalagens longa vida), plástico (embalagens, sacolas, pet e pet óleo), vidro (garrafas e recipientes) e óleo de cozinha usado.
O lixo arrecadado nos postos é encaminhado para empresas parceiras das distribuidoras de energia, que recolhem o material e repassam para as indústrias de reciclagem. A Light está presente em 31 municípios do estado do Rio de Janeiro, dentre eles a capital. São dois ecopontos fixos no Santa Marta e dois móveis. São aceitos diferentes tipos de materiais recicláveis como garrafas pet, sacolas e embalagens plásticas, CDs e DVDs, materiais de PVC, papéis, metais, vidros, embalagens longa vida e óleo de cozinha.
Após a troca em um dos postos operados por funcionários da Brasilpet, ao invés da empresa entregar o dinheiro diretamente ao cliente, repassa à Light que transforma em desconto na conta de energia.
G.M. Unto, Itirtinh,leadombeeq Em seis meses, os bônus oferecidos pela Light, no Rio, já chegam a R$ 32 mil GG No Rio, os materiais que atingem o maior valor por quilo são os feitos com bronze, que chegam a custai R$ 8,20.
Já um quilo de latinhas de alumínio (equivalente a 65 unidades) custa cerca de R$ 3,30 André Moraqas Diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Endesa Brasil 

Veículo: Brasil Econômico - Página: 12 - Autor: Gabriela Murno 

Atenção: Jardineiras não são papeleiras!



Muita gente distraída e/ou mal educada e/ou incivilizada joga lixo em jardineiras agredindo a beleza do verde.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Empresas da construção civil vão gerenciar resíduos sólidos



Telmo Filho
Segundo o secretário Zacarias Albuquerque, o plano permitirá à secretaria saber a quantidade de resíduos sólidos que cada empresa está gerando Foto: Rogério Azevedo

Todas as empresas do ramo da construção civil que solicitarem declaração de coleta de lixo na Secretaria Municipal de Serviços Públicos, alvará na Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo ou licença ambiental ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deverão elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). A informação foi dada pelo secretário de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque, durante reunião de trabalho nesta terça-feira (28), na sede da secretaria.

O PGRS visa minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar à segregação na origem, controlar e reduzir os riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposição final, conforme a Lei Federal de Resíduos Sólidos 12.305/2010. “O plano permitirá à secretaria saber a quantidade de resíduos sólidos que cada empresa está gerando e para onde está indo todo o material”, explicou Zacarias.

Ele disse ainda que o cumprimento do PGRS será  acompanhado por fiscais da secretaria. “Caso verifiquem o descumprimento do plano, a empresa poderá sofrer as sanções contidas na Lei Municipal de Resíduos Sólidos 8.232/2011”, ressaltou o secretário. Zacarias esclarece também que o órgão poderá exigir de outras atividades isentas do PGRS, um procedimento simples, cabendo à empresa informar o controle dos resíduos sólidos.

Procedimento inicial – A empresa deverá apresentar à Secretaria Municipal de Serviços Públicos, o ofício de solicitação formal (com informação do empreendimento, como, por exemplo, a quantidade de blocos e apartamento por andar, área de empreendimento), plantas do empreendimento, inscrição no CNPJ, alvará e PGRS, que é requerido na própria secretaria, devidamente preenchido.

*Fonte: Site da PMCG


Cena suja: lixo do restaurante!



Tradicional restaurante do calçadão descartou o lixo de forma irresponsável na noite anterior.
Fiscal da limpeza, literalmente, adentrou o lixo espalhado e descobriu o irresponsável, notificando o restaurante.



Descobertas de uma semana sem sacolinhas descartáveis



Ao longo da semana, o Akatu foi abordado por diversos consumidores e por diferentes veículos de mídia para opinar sobre o fim das sacolinhas plásticas nos supermercados de São Paulo. Recebemos questões de pessoas dispostas a colaborar com a minimização de resíduos no planeta, mas com dificuldades para compreender por que as sacolinhas são tão importantes e com dificuldades práticas para substituí-las. O Akatu resolveu então publicar as respostas às questões mais frequentes, a fim de facilitar o processo de mudança de comportamento por parte dos consumidores.
1. Qual o principal problema das sacolinhas plásticas descartáveis?
As sacolinhas plásticas são descartáveis e, por isso, incompatíveis com um futuro sustentável no longo prazo. Um produto é considerado descartável quando é usado uma ou duas vezes e, em seguida, descartado no lixo. Sacolinhas e outros produtos, descartáveis ou não, utilizam na sua produção matérias-primas, água e energia, assim como são gastos combustíveis no seu transporte até o ponto de venda e de consumo. Cada uma das sacolinhas termina por ser usada, em geral, uma única vez, sendo em seguida descartada com o lixo, onde leva 100 anos para se decompor. E como são descartáveis, no dia seguinte, novamente, terão que ser produzidas, usando os mesmos recursos da natureza em sua produção e transporte.
O uso de tais recursos causa impactos indesejáveis sobre o meio ambiente. Por exemplo: todo uso de energia, seja na produção ou no transporte, gera emissão de gases de efeito estufa. O mesmo acontece com as sacolinhas e seu uso contribui, assim, para o aquecimento global. Por isso, só se deve utilizar algo descartável quando não há outra solução. Este não é o caso com as sacolinhas, visto que há formas não descartáveis de transportar as compras para casa.
Para se ter uma ideia do volume de sacolas plásticas descartáveis, se as 14 bilhões de sacolas utilizadas em um ano no Brasil fossem colocadas umas sobre as outras, a pilha chegaria a 750 quilômetros de altura. É muita sacolinha!!! Ao ocupar esse espaço, elas fazem com que os aterros esgotem sua capacidade mais cedo, o que cria a necessidade de construção de mais aterros pelo poder público. O recurso usado para construir os aterros poderia ser usado para educação e saúde. Não seria melhor?
2. Sem as sacolinhas, uma das principais dificuldades do consumidor é organizar as compras. O que pode e o que não pode ser misturado em uma caixa ou sacola reutilizável?
O ideal é que o consumidor carregue consigo ao menos duas sacolas reutilizáveis (duráveis) – uma para produtos químicos de limpeza e outra para alimentos e bebidas. Assim, se por acaso algum líquido vazar de alguma embalagem, não há risco de contaminação dos alimentos. O consumidor deve também lembrar de limpar a sua sacola reutilizável entre uma compra e outra.
3. Qual é a melhor opção de sacola reutilizável?
A sacola reutilizável deve ser bastante resistente, a fim de que seja de fato durável. Uma análise de ciclo de vida realizada pela Fundação Espaço Eco no ano passado, com financiamento da Braskem, apoiadora mantenedora do Akatu, revelou que os índices de eco eficiência das sacolas feitas de pano, de ráfia, e de não tecido são praticamente os mesmos. Isto é, se considerados o custo e o impacto ambiental, as sacolas reutilizáveis tem praticamente a mesma avaliação. Por outro lado, o ideal é que a sacola reutilizável seja feita de material reciclado, fazendo uso do reaproveitamento de recursos já retirados na natureza em seu processo produtivo. Desta forma, os gastos de energia serão menores para a obtenção da sacola. Deve também ser de material lavável, para que possa ser limpa com frequência e praticidade e não haja risco de contaminação dos alimentos. Por último, é interessante que o consumidor avalie onde foi produzida (quanto mais perto, melhor, porque os impactos negativos causados pelo transporte são minimizados) e por quem (se a mão-de-obra é contratada dentro dos parâmetros legais e as pessoas são tratadas de maneira adequada no processo de produção).
4. Os saquinhos de frutas, legumes e verduras também não deveriam ser abolidos? E outras tantas embalagens plásticas encontradas no supermercado?
As sacolinhas são um exemplo de embalagem descartável que pode facilmente ser substituída. Há outras embalagens que também são descartáveis, mas que podem ser mais difíceis de serem substituídas, pois muitas vezes não existe alternativa tecnológica e o benefício gerado, por exemplo, na preservação dos alimentos ainda compensa o impacto ambiental negativo.
É o caso também das embalagens de produtos de limpeza, que protegem as pessoas e o meio ambiente de contaminação.
Os saquinhos de frutas, legumes e verduras ajudam a proteger os alimentos até que cheguem ao supermercado e depois em casa. Mas, no caso de compras que precisem ser carregadas apenas por curtas distâncias, talvez pudessem ser acomodadas numa única sacola reutilizável sem risco à sua integridade, desta forma dispensando os saquinhos plásticos. No entanto, é preciso ter certeza de que a embalagem não tinha o objetivo de estender a vida útil do produto. Além disso, idealmente deveriam ser saquinhos feitos de material reciclável, de modo a poder ser reaproveitado para a produção de novas matérias-primas.
A recomendação do Akatu é que o consumidor exerça seu poder de escolha e peça aos supermercados e fabricantes que ofereçam alternativas adequadas, de preferência incluindo a análise do ciclo de vida, instrumento essencial para se fazer a comparação entre os reais impactos de produção, transporte, uso e descarte de cada produto, desde as matérias-primas utilizadas até o momento final de descarte de embalagem.
5. Que alternativas às sacolinhas existem para o acondicionamento do lixo em casa?
O Akatu sugere que o consumidor aproveite a dificuldade gerada pelo fim das sacolinhas plásticas para o acondicionamento de seu lixo para refletir sobre a produção de resíduos em casa. Em primeiro lugar, ele deveria buscar reduzir o lixo produzido, evitando todo tipo de desperdício. Em segundo lugar, deveria separar o lixo orgânico (molhado) dos resíduos recicláveis (secos) e procurar serviços de coleta seletiva oferecidos por cooperativas de catadores ou pelo poder público.
O lixo orgânico da pia da cozinha ou do banheiro deve ser acondicionado em cestos laváveis forrados com jornal (veja aqui como fazer um saquinho de lixo com folhas de jornal) ou em embalagens que não serão utilizadas. Depois, deve ser reunido em um único saco grande de lixo que, apesar de também demorar anos para se decompor, comporta uma quantidade bem maior de lixo e evita desperdícios, porque é mais resistente. Além disso, facilita o transporte do lixo desde cada casa até o aterro sanitário. O ideal seria que fosse feito de plástico biodegradável. Mas, sendo de plástico reciclado (mais comum), já é bem melhor do que feito de plástico comum.
O lixo reciclável deve ser acondicionado em caixas de papelão usadas ou em embalagens secas também usadas anteriormente.
Já as fezes de animais de estimação devem ser recolhidas em um saquinho feito de jornal, nos mesmos moldes do indicado para o lixo orgânico. Depois, devem ser jogadas junto ao restante do lixo orgânico, no saco grande de lixo.
6. Por que a sacolinha biodegradável não é gratuita? Ela não deveria ser?
A decisão de cobrar pelas sacolinhas biodegradáveis é explicada pelos supermercadistas da seguinte forma: a medida visa obrigar o consumidor a refletir e a evitar o uso de sacolinhas descartáveis. Se elas fossem gratuitas, o consumidor apenas substituiria as antigas pelas novas e continuaria usando a mesma quantidade de sacolas plásticas descartáveis e produzindo a mesma quantidade de lixo, só que agora colocado em sacola biodegradável.
Assim, o ganho ambiental é maior se as sacolinhas forem cobradas e utilizadas pelo consumidor apenas em situações pontuais, como quando ele esquece as sacolas reutilizáveis ou quando está fazendo uma compra rápida a pé. Naturalmente, seria possível aos supermercados não cobrar pelas sacolinhas biodegradáveis e diluir o seu custo entre diversos produtos nas lojas, sem que o consumidor sequer percebesse, pois o custo unitário é baixo. No entanto, é certamente mais honesto e transparente cobrar diretamente pelas sacolas e fazer com que o consumidor reflita sobre alternativas reutilizáveis duráveis e sem custo a cada vez que o consumidor vai às compras.
De qualquer forma, é fato que os supermercados estão economizando dinheiro. Alguns deles prometem utilizar este recurso para fazer campanhas de conscientização do consumidor. Cabe ao consumidor demandar que essa promessa seja cumprida.
*Fonte:http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/descobertas-de-uma-semana-sem-sacolinhas-descartaveis/

Coleta seletiva nos camarotes promove a sustentabilidade no Carnaval





Cinquenta camarotes instalados nos circuitos da folia participam de um projeto piloto, pioneiro em Salvador, de coleta seletiva de resíduos secos recicláveis e úmidos orgânicos. Todo material é recolhido por 23 cooperativas de catadores de lixo. O processo é supervisionado pela Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
O trabalho de coleta dos catadores começa muito cedo, assim que o sol nasce. Depois de recolhido, todo o material segue para uma das cinco centrais de reciclagem, como a que foi instalada no Largo Dois de Julho. Ali o lixo é separado por categoria e segue para a destinação final. Outros tipos de resíduos também podem ser coletados, mas precisam constar num questionário aplicado pela Limpurb junto aos camarotes.
Cada camarote é visitado duas vezes pelos fiscais do órgão, para verificar se o processo está seguindo da maneira correta. São avaliadas questões como o local para armazenamento dos resíduos secos recicláveis - como latinhas, garrafas plásticas e papelão - e úmidos orgânicos, como restos de alimentos; se o material recolhido vai para as cooperativas; se está acondicionado adequadamente; se há outros tipos de resíduos recolhidos, como os hospitalares ou baterias; e como são encaminhados os resíduos para a destinação final. Os camarotes com melhor desempenho, em relação à sustentabilidade, vão ser premiados pela organização não-governamental Oficina de Ideias.

*Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=106668








terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Flash do Secretário: Colocação de mais papeleiras na área central da cidade



Um dos momentos que mais gosto, que é instalar papeleiras.





Reciclagem: uma tarefa global em andamento




Por que reciclar? Trata-se de uma operação cara, que toma tempo e que exige mais esforço do que simplesmente colocar todo o lixo em um único recipiente de coleta. Não obstante, no decorrer das últimas duas décadas a reciclagem se transformou em uma norma no mundo ocidental. Os cidadãos pagam impostos mais caros para cobrir os custos. As prefeituras instituem regras obrigatórias de reciclagem e se recusam a recolher o lixo das casas que não obedecem a estas regras. Algumas pessoas reclamam, mais outras ficam furiosas quando se vêem incapazes de aplicar medidas que segundo elas são soluções ecológicas para problemas como o da super-abundância de lixo. No Reino Unido, um grupo cívico formado por 211 mil membros do Instituto das Mulheres, ensaiou uma revolta em junho do ano passado, armazenando embalagens vazias de alimentos por uma semana e levando-as de volta aos supermercados de todo o país. Até mesmo na França, onde a reciclagem começou tardiamente em relação a locais pioneiros como a Alemanha e a Califórnia, as pessoas passaram agora a aceitar esse procedimento. "Alguns anos atrás tínhamos dificuldade em fazer com que as pessoas entendessem a necessidade de reciclar", afirma Reynald Gilleron, chefe de saneamento do afluente bairro 16º Arrondissement, em Paris. "Agora, devido à importância que a ecologia e o desenvolvimento sustentável assumiram no cenário político, a reciclagem se transformou em fato corriqueiro. Houve uma chamada coletiva para que a população despertasse". Mesmo assim, existem certos problemas referentes à reciclagem. Por exemplo, várias cidades da Europa e dos Estados Unidos enviam o seu lixo selecionado à Ásia para reciclagem, e um dos maiores compradores, a China, pode estar começando a reavaliar essa prática. No mês passado, autoridades chinesas ordenaram uma investigação dos relatos de que o Reino Unido, que remete papel e plástico para a China, teria enviado lixo tóxico à Província de Guangdong. Alguns ocidentais também estão incomodados com a idéia de enviar o seu lixo para o exterior e querem saber se a Ásia conta com salvaguardas suficientes para reciclar material usado sem criar riscos para a saúde e o meio-ambiente. Há ainda a questão relativa ao que ocorrerá quando as potências manufatureiras da Ásia, como a Índia e a China, começarem a produzir uma fração que seja do lixo gerado no Ocidente. E os céticos questionam a relação custo e benefício da reciclagem. Eles perguntam: se é mais barato enterrar o lixo em um aterro sanitário, por que classificar e reprocessar esse lixo? Não seria melhor economizar dinheiro para outros projetos de cunho ambiental? Os defensores da reciclagem respondem que esta prática ajuda a conservar os recursos naturais e também reduz as emissões de gases geradores do efeito estufa, tidos como os responsáveis pela mudança climática, já que menos energia é necessária para a transformação de produtos do que para a obtenção de matéria-prima e a fabricação de novos produtos. Uma questão complexa é como gerar menos lixo. Segundo Gilleron, um novo apelo de conscientização está prestes a ser feito. "Precisamos reduzir a quantidade de lixo que produzimos", diz ele. "Isso, por sua vez, reduziria a necessidade de reciclagem". Quanto ao processo real, o "International Herald Tribune" decidiu embarcar em caminhões de lixo em sete cidades para verificar pessoalmente o que acontece quando as pessoas colocam o seu lixo em um recipiente para reciclagem. O que surge é uma tarefa global em andamento. 

Fonte: Meg Bortin - Paris (Tradução UOL)

Fiscal do Lixo leva suas propostas de preservação do meio ambiente pelo País




Toda vez que Hélio Augusto Gomes presencia a cena de um cidadão jogando lixo no chão, ele sopra o seu apito e mostra um cartão vermelho para a pessoa. Mas, ao contrário do futebol, a expulsão do poluidor pode ser revertida. Se o indivíduo recolher o material que havia atirado no solo, para colocá-lo na lixeira, ele receberá o cartão verde, que tem a função de reabilitar o infrator.
Hélio Augusto é o fiscal do lixo em Cuiabá, personagem que ele criou para alertar a população contra o risco da produção de resíduos sólidos. “Quando se fala em proteção ao meio ambiente, as pessoas geralmente pensam apenas nas florestas. Mas, é preciso lembrar que a poluição começa nas cidades”, diz.
Entre os dias 24 e 29 de janeiro, Hélio participou do Fórum Social Temático em Porto Alegre (RS), evento que discutiu temas como a sustentabilidade e serviu de preparação para o Rio +20, evento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento sustentável, que será realizado no Rio de Janeiro no mês de junho.
No evento de Porto Alegre, Hélio Gomes apresentou seu projeto que cria a figura do Agente do Lixo nas cidades do Brasil e da criação de um Movimento Nacional de Educadores Ambientais de Residos Sólidos. Suas propostas foram incluídas na Carta de Porto Alegre, o documento que contém as propostas do evento, que contou com a presença, entre outros, da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva.
Ainda na capital gaúcha, o fiscal do lixo participou do seminário Articulação Política Pela Sustentabilidade e do III Fórum Mídia Livre. Esta não foi a primeira vez que ele participou de eventos assim. Hélio carrega uma pasta com os certificados de participações nos mais diversos eventos sobre o meio ambiente.
A distribuição de cartões faz parte do seu trabalho de conscientização. Ele também promove um batizado simbólico, em que os batizados também passam a se tornar fiscais do lixo. Hélio também trabalha informando as pessoas sobre as maneiras como elas podem preservar o planeta.


*Fonte: Redação 24 Horas News

Brasil, campeão mundial de reciclagem de latas de alumínio



17/02/2012   -   Autor: Victor Bicca Neto*   

 O Brasil mais uma vez conquistou o título de Campeão Mundial de reciclagem de latas de alumínio. Cerca de 97% das latas foram recicladas. Mais uma vez, o grande responsável por esse feito foram os chamados “catadores”, que compõem esse grande modelo informal da reciclagem no Brasil.
O grande desafio que temos é transformar esse modelo informal em formal, garantindo a base da chamada economia verde: redução da pobreza, sustentabilidade ambiental e crescimento econômico.
O primeiro passo foi dado no ano passado, quando o Congresso Nacional aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Agora, a próxima etapa será a aprovação dos chamados acordos setoriais, que terão o desafio de estabelecer os sistemas de logística reversa de diversos produtos definidos na referida Política. Dos cinco acordos setoriais que estão em discussão, o mais complexo é o das embalagens, que envolve o compromisso da destinação adequada de todas as embalagens de alimentos, bebidas, cosméticos, material de limpeza e higiene, dentre outros produtos.
Nesse sentido, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem – CEMPRE tomou a liderança e apresentou uma proposta de acordo setorial, no qual o objeto do acordo será a fração seca do lixo urbano e cujo fluxo de logística reversa das diversas embalagens será feito através da coleta seletiva urbana. Para a implementação do acordo setorial das embalagens, o setor empresarial constituiu a Coalizão Empresarial da Cadeia de Valor das Embalagens Pós-Consumo, que contempla de forma inédita 16 grandes associações nacionais, representando os produtores, usuários e comerciantes de embalagens.
A meta proposta pela Coalizão é apoiar a implantação da coleta seletiva urbana no País, que hoje encontra-se implantada em menos de 10% dos municípios do Brasil, e aumentar em 70% a reciclagem da fração seca nos próximos 25 anos.
Trata-se de um grande desafio, visto que demandará a formalização de todas as cooperativas de catadores, o fim dos lixões e o aperfeiçoamento da estrutura de catadores hoje existente. Além disso, será necessário triplicar o número de cooperativas, para a incorporação dos catadores hoje trabalhando nos lixões, e aumentar significativamente os chamados pontos de entrega voluntária – PEVs.
Até o final do ano, será lançado o edital de convocação do acordo setorial de embalagens, que definirá os parâmetros da discussão do acordo e as metas a serem alcançadas. Enquanto a discussão do acordo setorial, propriamente dita, ocorrerá no primeiro semestre de 2012 .
Assim, se tudo correr bem e tivermos um acordo, teremos dado mais um passo em prol da consolidação do modelo de cooperativas de reciclagem.
O Brasil, então, terá, durante a discussão da Rio+20, promovido a maior discussão mundial sobre modelos de economia verde e terá dado um exemplo de como, a partir de seus problemas sociais e de resíduos sólidos, transformar vidas, incrementar a economia e promover a proteção ambiental.
  
 Fonte: Mercado Ético
* Victor Bicca Neto é Presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem – CEMPRE

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O papel da indústria na reciclagem de vidro



Já foi provado que o desenvolvimento de uma sociedade sempre é proporcionalmente inverso à quantidade de lixo que ela produz. Isso não significa que as sociedades mais abastadas produzem menos detritos. Nos países de primeiro mundo a reciclagem já é um hábito arraigado e ao olhar estrangeiro é um absurdo que povos com recursos mais escassos, como o Brasil, por exemplo, ainda não tenham despertado para a enorme economia que se pode fazer com este processo e a reutilização da maior parte do que é dispensado, literalmente, como lixo. As correntes ecológicas já hastearam a bandeira da reciclagem, mas, na prática, ainda falta muito que esclarecer à população, pois a maior parte do pouco que é reciclado vem de ações isoladas da indústria, o que explica que apenas 2% de todo o lixo produzido no País seja reaproveitado, segundo Associação das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro). Nesse cenário, nenhum material é mais injustiçado que um componente que há anos embala os nossos alimentos e bebidas, além de servir para uma infinidade de usos industriais, domésticos e construção civil: o vidro. Acredita-se, erroneamente, que o fato do vidro ter um prazo de decomposição indeterminado no meio ambiente torne o produto, ainda que indevidamente descartado em rios e aterros, uma ameaça à flora e à fauna local; mas o que pouca gente sabe é que, de tudo que é produzido pelo homem, o vidro é o material que menos agride o ambiente e não causa dano à vida, sendo o que melhor se integra à natureza. Claro que isso não diminui a necessidade de que se tenha cada vez menos vidro nos lixões e aterros. Mas o motivo principal não é para diminuir a quantidade de lixo e, sim, aproveitar uma matéria-prima muito desperdiçada, capaz de causar um impacto real na economia e vida local, com ações que não requerem grandes investimentos. O aspecto mais interessante do ponto de vista ecológico e econômico é que as embalagens de vidro, além de reutilizáveis e retornáveis, são as únicas 100% recicláveis. Ou seja, um quilo de vidro (seja como embalagem inteira ou mesmo em ‘cacos‘) pode ser ‘remoldado‘ dando origem a exatamente um quilo de vidro novo, que pode ser reciclado outras vezes. Isso significa uma exaustão de matérias-primas naturais muito menor. Dados coletados pela Abividro mostram que das cerca de 800 mil toneladas de vidro produzidas por ano no Brasil para embalagens apenas 35% são recicladas, um índice muito baixo em relação, por exemplo, a Alemanha (cerca de 75%) ou a Suíça (cerca de 84%). O que ajuda esses países a terem índices altos, além da oferta maior de informação à população, é a herança cultural que coloca o vidro como um vasilhame nobre e indicado para o comércio de alimentos. Enquanto isso, por aqui, fabricantes que têm como público-alvo os consumidores mais exigentes e uma excelência maior em seus produtos sabem que o vidro é o único material que não compromete o paladar ou a aparência do conteúdo, pois dispensa qualquer ingrediente químico para adaptar-se a embalagem. O vidro está para a indústria de bebidas e alimentos assim como a seda ou o algodão está para a indústria têxtil. A sua nobreza e o seu valor são automaticamente absorvidos pelo seu conteúdo. Vinhos e cervejas são os melhores exemplos de como essa embalagem é indispensável em produtos cujo sabor é determinante. O que se espera da indústria de bebidas e alimentos é que ela desperte para as possibilidades de reciclagem. O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente, seja em relação ao que consome, seja na sua responsabilidade social, portanto, o toque de despertar para essa consciência já está dado. 

Fonte: Américo Denes (Gazeta Mercantil)