sábado, 2 de abril de 2016

Ato público discute medidas para prevenção de rompimento de barragens


A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental realizou nesta terça-feira (29), no Museu Histórico de Campos, um ato público lembrando os 13 anos da tragédia ambiental do rompimento da barragem de resíduos industriais de Cataguases. Foram apresentados vídeos sobre a tragédia e mesa de debates para futuras ações de fiscalização das barragens. 

A reunião contou com o apoio da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) e do Comitê de Bacias do Baixo Paraíba do Sul (CBBPS).

O subsecretário de Desenvolvimento Ambiental, Zacarias Albuquerque, realizou uma apresentação mostrando diversas consequências da tragédia ambiental, que aconteceu no dia 29 de março de 2003, quando 39 municípios da Zona da Mata e nove do Norte Fluminense foram atingidos com 1,2 bilhão de litros de dejetos tóxicos lançados no Rio Pomba, um dos maiores afluentes do Rio Paraíba do Sul. 

Zacarias ressaltou a importância de não deixar este evento cair no esquecimento, uma vez que foi o segundo maior desastre ambiental do país, perdendo só para o que atingiu a cidade de Mariana.

-Esse acontecimento catastrófico que aconteceu não pode ser considerado acidente, pois não foi uma coisa que aconteceu ao acaso, foi uma tragédia ambiental por conta de falta de fiscalização de órgãos competentes, mas principalmente por falta de manutenção e atenção pela empresa Cataguases. Se esquecermos este acontecimento não vai demorar muito para que outro ocorra, pois nada foi feito para que as barragens existentes sejam fiscalizadas - disse Zacarias.

O presidente do CBBPS, Paulo Siqueira, afirmou que a tragédia ocorrida em Mariana despertou nos membros do poder público e das entidades ligadas aos recursos hídricos, uma necessidade de abrir olhos para este problema iminente que vive o estado do Rio.  Ele propôs em conjunto com Zacarias, a criação de uma comissão de fiscalização, para ir pessoalmente as 16 barragens existentes para fiscalizar seu estado estrutural.

A comissão contará com membros dos poderes públicos municipais das cidades que foram atingidos pela tragédia, bem como membros de entidades competentes do meio ambiental. Ofícios serão enviados à Secretaria de Meio Ambiente dos Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, assim como ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), para que essa ação seja concretizada. Um fórum será realizado no mês de maio, com data a ser confirmada, para que a sociedade civil possa tomar consciência das medidas que estão sendo tomadas.  
Por: Alessandra Santos (estagiária) - Foto: Superintendência de Comunicação - /032016 

FONTE: http://www.campos.rj.gov,br

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