Marca de sapatos utiliza algodão e fibra de PET para proteger os animais
13 de Agosto de 2013
Com objetivo de proporcionar a produção da maneira mais sustentável possível, os insumos de animais – como o couro e outras propriedades – são substituídos não só por lona e algodão orgânico, mas também por fios de garrafa PET e algodão reciclado. O fundador da marca diz que, logo no começo, percebeu muitas adversidades na indústria vegana. “Esse é um problema que esse mercado enfrenta hoje, tudo que se diz ‘vegano’, em termos de produtos, tem quase sempre origem sintética. Sapatos, carteiras, cintos e bolsas feitas com falso couro de plástico. Sou completamente avesso a isso”, conta Silva.
Uma das bandeiras da marca é questionar o modo com que as pessoas encaram a utilização dos produtos derivados dos animais. “A mudança tem que ser de pensamento, de ideais. Não se pode forçar esse processo, que é traumático, principalmente nos tempos consumistas de hoje em dia. Então, a mudança pode ter início antes mesmo de a pessoa se livrar das posses com produtos de origem animal, e, aos poucos, alterar seus pensamentos tradicionais”, explica o empreendedor.
O representante da marca também enumera uma série de prejuízos que são evitados com a produção de calçados e acessórios com materiais orgânicos. “Com a criação de gado, por exemplo, além da poluição gerada pelo transporte dos animais, pela dispersão de dejetos das grandes produções em cativeiro, ainda temos problemas como o alto consumo de água, os problemas criados por matadouros que espalham doenças silenciosamente ao mundo todo. Existe, ainda, a impureza dos processos químicos envolvidos no curtimento do couro para o uso humano”, completa o fundador da Ahimsa.
Para Silva, sustentabilidade não é tendência, e nem mesmo o aumento da oferta de produtos ecologicamente corretos no mercado é o bastante para um modo de vida que respeita o meio ambiente. “Ficou bonito ser ‘sustentável’, mas, às vezes, esquecemos que o propósito é muito maior que esse. Por isso, descrevo sustentabilidade como uma forma de viver. Acordando para essa necessidade, quase tudo na vida tem que mudar”, diz.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo
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