José Eduardo Mendonça - 07/2014
Pena é recorde para criminosos envolvidos na atividade
Um tribunal da África do Sul sentenciou ontem um caçador ilegal de rinocerontes a uma pena de 77 anos de prisão. É a punição mais forte imposta por autoridades na luta para deter uma onda de mortes, que ameaça as populações de animais ameaçados.
Mandla Chauke foi condenado por ter matado a tiros três rinocerontes, assim como por assassinato e posse de armas de fogo ilegais, depois que ele e outros dois caçadores cortaram uma cerca de arame farpado e entraram no Parque Nacional Kruger, em 2011.
O parque, principal atração turística do país e habitat de muitos de seus 22.000 rinocerontes, perdeu 370 animais este ano, e as mortes até o final dele poderão alcançar o recorde de 2013, de 1.004, ameaçando a espécie de extinção. Acredita-se que muitos caçadores venham da vizinha Moçambique.
Autoridades aumentaram a atividade de guardas armados apoiados por helicópteros e drones mas, dizem elas, sentenças pesadas são também necessárias para deter os crimes, alimentados pela demanda dos chifres dos animais por parte da China, Tailândia e Vietnã.
A pena foi saudada pelo serviço nacional de parques da África do Sul como “uma triunfo enorme para os rinocerontes.” Ela fortalece “as equipes que enfrentam os caçadores em condições difíceis na proteção dos animais.”
O tribunal rejeitou o argumento da defesa de que o condenado foi coagido por seus cúmplices, um dos quais escapou. O terceiro foi morto em tiroteio com os guardas. Em 2012, outro tribunal do mesmo país sentenciou um tailandês a 40 anos de prisão pela venda de chifres de rinoceronte, lembra o
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Foto: ucumari/Creative Commons
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