Em 2012, 24 milhões de toneladas de lixo não
tiveram destino adequado e outros 6,2 milhões sequer foram coletados
Dois dias após o seminário promovido pela CNseg
sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos, um estudo divulgado pela Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) deixa
claro os desafios à espera da Lei 12.305 e gera preocupação entre os atores da
futura responsabilidade compartilhada. O estudo dá conta de que, em 2012, 24
milhões de toneladas de lixo (37,5%) foram enviados para destinos inadequados. E
acrescenta que, dos 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano
passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados. Mesmo assim, o percentual de
coleta apresentou um aumento de 1,9% em comparação a 2011, totalizando 55
milhões de toneladas em 2012. “Percebemos, nesses dez anos de estudo, que o
índice de coleta tem crescido paulatinamente, indicando que a universalização
desses serviços é um caminho possível”, avaliou o diretor executivo da Abrelpe,
Carlos Silva Filho.
Por região, o Nordeste é a região com maior
percentual de resíduos levados para destinações inadequadas, como lixões.
Segundo o estudo, 65% do lixo gerado na região, um total de 25,8 mil toneladas
por dia, não tiveram destinação final adequada. Já a melhor cobertura de coleta
foi verificada no Sudeste (96,8%), a região que melhor destina os resíduos, com
72% do lixo (pouco mais de 70 mil toneladas diárias) enviados para aterros
sanitários. Apesar disso, 51% das cidades da região, o equivalente a 854
municípios, não tratam adequadamente os seus resíduos.
Para o diretor da Abrelpe, faltam os
investimentos necessários para avançar na coleta e destinação correta dos
resíduos sólidos. “As mudanças demandadas pela PNRS requerem investimentos
concretos e perenidade”, ressaltou. O problema, segundo Silva Filho, é que
muitas cidades não têm condições de aportar esses recursos. “A maioria desses
municípios tem menos de 10 mil habitantes e não dispõe de condições técnicas e
financeiras para solucionar a questão dos resíduos sólidos de maneira isolada”,
completou.[3]
O estudo da Abrelpe está disponível para
download no site da entidade:
http://www.abrelpe.org.br/panorama_apresentacao.cfm
Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=119406:-estudo-da-abrelpe-mostra-desafios-a-espera-da-pnrs&catid=45:cat-seguros&Itemid=324
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