Novos protestos se espalham por várias cidades nesta quarta-feira
Em algumas cidades, como BH e Fortaleza, manifestantes entraram em confronto com a polícia
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Várias cidades do país voltaram a registrar manifestações e protestos nesta quarta-feira (19). Até o momento, a população foi às ruas em mais de 25 cidades do país, entre elas capitais como Belo Horizonte, Brasília e São Luiz.
A situação foi tensa em Fortaleza. Cerca de 15 mil manifestantes se reuniram para fazer um protesto contra os gastos da organização da Copa do Mundo. Os manifestantes queriam chegar ao Castelão, estádio onde Brasil e México jogavam pela Copa das Confederações. A polícia impediu e, após confronto, dois policiais e dezenas de manifestantes ficaram feridos.
Em Belo Horizonte, também houve confronto com a polícia. No terceiro dia seguido de protestos na capital mineira, manifestantes entraram em atrito com o que classificaram de "vândalos infiltrados" no movimento, que começaram a estourar bombas em frente a prédios no entorno. Diante do conflito entre os grupos de manifestantes, a polícia foi acionada. Segundo a polícia, alguns manifestantes levaram sinalizadores e bombas caseiras ao protesto.
Em São Paulo, uma manifestação começou no centro da cidade e foi até a avenida Paulista. A polícia informa que o protesto é pacífico. Os manifestantes comemoram a revogação das tarifas de transporte público, anunciada nesta tarde pelo prefeito Fernado Haddad e pelo governador Geraldo Alckmin.
Niterói
Em Niterói (RJ), os organizadores estimam que 50 mil pessoas participaram de protesto nesta quarta. Para a prefeitura da cidade, no entanto, não passavam de 7.500. Durante toda a tarde os protestos ocorreram sem maior confusão nem atos de vandalismo ou violência. No início da noite, um grupo de manifestantes decidiu rumar para a ponte Rio-Niterói. Para impedir, a PM usou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Houve confusão e confronto.
Brasília
Protestos acontecem também em Brasília. Segundo a Polícia Militar, cerca de 600 pessoas marcham por uma das principais ruas da capital pedindo tarifa zero para o transporte coletivo. Munidos com cartazes "Tarifa zero" e "Passe Livre", os manifestantes saíram da rodoviária e caminham de forma pacífica em direção à W3 sul, uma das principais vias da região central. Os policiais militares acompanham a movimentação e vão fechando o trânsito durante a passagem do protesto. Ainda de acordo com a PM, 454 agentes fazem o policiamento.
São Luís
Na capital do Maranhão, começou no final da tarde desta quarta-feira a manifestação "#vempraruaSãoLuís", organizada pelas redes sociais e formada em sua maioria por estudantes. No início da concentração, os estudantes ocuparam a entrada da Biblioteca Pública Benedito Leite e prepararam cartazes com reivindicações. Muitos levavam faixas pedindo a saída do senador José Sarney da política e criticando a imprensa.
Os lideres do movimento disseram que são contra qualquer tipo de desordem e que a manifestação será pacífica. "Somos contra a desordem política, descaso na saúde, educação, e o controle opressor dos políticos no poder", disse a estudante Tyanna Moraes, uma das líderes do movimento. Uma pequena confusão entre manifestantes, porém, marcou o início do ato. Um militante do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) levou uma bandeira da legenda, que foi queimada por estudantes que não gostaram da atitude.
Ouro Preto
Na cidade de Ouro Preto, região central de Minas Gerais, milhares de estudantes realizaram protesto nesta quarta-feira. Eles se reuniram à tarde na frente da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e marcharam até a Praça Tiradentes, onde ocorreria uma grande concentração na noite desta quarta-feira. São reivindicados preço justo nas tarifas dos ônibus, mais horários e novos itinerários, além de outras questões.
No trajeto até a principal praça da cidade, os manifestantes passaram em frente à casa que seria do diretor de uma empresa de transporte que opera no município. Segundo a Polícia Militar (PM), agentes acompanharam a manifestação à distância, visando garantir a segurança dos manifestantes, da sociedade e do patrimônio público. A PM promete intervir minimamente, somente em casos de vandalismo e depredação.
bc
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