quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Publique o selo no seu blog China quer carros elétricos em massa



José Eduardo Mendonça - 14/11/2012 às 09:15




Governo tem plano de estímulo a setor com problemas

Carros elétricos existem desde o começo do século passado, e chegaram a ser populares durante suas primeiras décadas. Hoje, suas vendas pífias e seus preços, apesar das provadas vantagens de economia e proteção ao ambiente, os tornaram veículos de excêntricos e sonhadores. Há um documentário de 2006, Quem Matou o Carro Elétrico, do diretor Chris Paine, que aponta alguns culpados pelo fracasso: a indústria de petróleo, com seu enorme poder sobre a mídia; o governo americano e a própria indústria automobilística, que preferiria ficar com a fabricação de veículos de combustão externa, que dá lucros, em vez de usar tecnologias que geram pesados investimentos.
Agora, os veículos elétricos ganham um impulso em local improvável, e num país que se tornou o maior mercado mundial de automóveis. Beijing anunciou na semana passada um plano inovador para estimular uma indústria anêmica. O plano tem mais chance de dar certo porque visa grandes consumidores.
Diferentemente de campanhas anteriores focadas em grande parte em consumidores individuais, esta nova tentativa é dirigida a grandes compradores como frotas de taxis, cujos padrões de dirigir são mais adequados a estes veículos, e que têm dinheiro e recursos para investir em uma infraestrutura cara, mas necessária. A nova campanha também toca diretamente no preço, outro grande obstáculo.
Beijing acredita que os veículos elétricos são o futuro dos transportes e têm encorajado seu desenvolvimento por fabricantes domésticos, apesar do lento progresso de toda a indústria automotiva mundial. A BYD, chinesa, é a mais ativa no mercado local e muitos acreditam que seu foco na área foi o que levou o investidor bilionário americano Warren Buffet a decidir comprar 10 por cento dela em 2008.
Mas a empresa vem tropeçando os últimos dois anos, com vendas decepcionantes. O governo deu incentivos generosos para a compra dos veículos em 2010, mas eles ainda representam uma parcela ridiculamente pequena de um mercado gigantesco – os consumidores relutam em comprá-los porque, além do preço, eles ainda têm limitações em sua rodagem com uma carga, e as estações de recarga mal existem.
O novo programa visa compradores de taxis e ônibus e oferece pacotes de financiamento igualmente generosos do Banco de Desenvolvimento da China. A BYD já encontrou um comprador importante, a municipalidade de Shenzhen, cidade-sede da empresa, e lançou programas de testes em mercados externos, incluindo Alemanha e Reino Unido, informa oAltenergystocks.
Foto: Divulgação
Fonte: planeta Sustentáv



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