segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mercado eletrônico de resíduos



Mayura Okura, 26 anos, é fundadora da Maynis Negócios e Investimentos Sustentáveis, um empreendimento que envolve toneladas de resíduos, como aparas de papel, metais e plásticos usados.
Exemplo de uma geração de empreendedores que já percebeu que lixo e tecnologia podem ser uma combinação lucrativa, Mayura descreve a nova plataforma que criou, a B2Blue.com, como uma ferramenta que vai "beneficiar muitas empresas que nem sabem que os resíduos que produzem podem ter valor comercial", ela diz.
A B2Blue.com foi lançada em julho, com investimento próprio de R$ 200 mil, e já contabiliza mais de duzentos cadastrados, cujo valor, até o fim de setembro, somava cerca de R$ 1 milhão. A meta estimada em R$ 3 milhões em negócios para 2012 já está sendo revista para cima.A média dos anúncios tem valor que varia de R$ 10 mil e R$ 11 mil, e o volume total representava 3,4 mil toneladas de resíduos a ser comercializados pela plataforma.
Isso equivale a R$ 0,83 por quilo de material, segundo informações da empresa.
O portal funciona como uma espécie de site de "encontros". Empresas que não sabem o que fazer com as sobras de seu processo produtivo colocam um anúncio no site. E aquelas que são ligadas ao setor de reciclagem e que já sabem como ganhar dinheiro com seus descartes negociam o material pelo portal. A Maynis ganha 15% de comissão sobre o valor de cada negócio fechado.
O modelo deve decolar com a crescente necessidade que as empresas encontram de dar destinação adequada aos seus descartes, exigência da nova legislação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo Mayura, que é formada em gestão ambiental e trabalhou durante cinco anos como consultora de empresas, um dos pontos fortes do portal é fazer toda a análise de documentação exigida das empresas para realizar o descarte, evitando assim que haja negócios com produtos proibidos ou perigosos. "Ajudamos também a empresa que não sabe o valor de seus resíduos, além de melhorarmos os anúncios para facilitar o encontro entre as partes interessadas", descreve. "Fazemos também a rastreabilidade do material, para que haja segurança de que o descarte vai ter uma destinação adequada", garante.Segundo a fundadora da ferramenta, o potencial desse mercado é grande e já há investidores anjos interessados. "Estamos preparando uma apresentação formal, em outubro, para três investidores que querem capitalizar o negócio", diz.
Do total de anúncios registrados no início de setembro, 40% referiam-se a resíduos plásticos, num volume total de 15 toneladas mensais; 22% eram metais não ferrosos, com 400 toneladas mensais; 11% eram papel e papelão, com 290 toneladas e 9% de metais ferrosos, 72 toneladas por mês.
Fonte: Marília de Camargo Cesar VEFonte:http://www.ecofidelidade.com.br/noticias.aspx?msgid=155

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