Uma das razões que explicam o aquecimento é que as áreas urbanas são "ilhas de calor", com suas ruas e avenidas pavimentadas e paredões de concreto, aponta pesquisa
São Paulo – Deixe de lado o aquecimento global. Nos próximos anos, só o crescimento populacional e a expansão das cidades devem contribuir para a elevação média de 1°C nas temperaturas locais. É o que indica um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e publicado na revista Environmental Research Letters.
A pesquisa investigou os efeitos da urbanização na área dos EUA que apresenta maior crescimento urbano, conhecida como Sun Corridor. Localizada próxima às cidades de Phoenix, Tucson, Prescott e Nogales, a região deverá ter entre 8 e 16 milhões de habitantes até 2050, processo que também vai provocar mudanças na economia do Arizona, hoje predominantemente agrária.
Usando um modelo de previsão de tempo, os pesquisadores realizaram simulações numéricas a partir do crescimentos mínimo e máximo previsto para ocorrer no Corredor. No cenário mínimo, o aumento seria leve, entre 0,1 e 0,3° C. Já no cenário máximo, no entanto, o aquecimento seria de 0,5 ° C no período do inverno e mais de 1 ° C na estação do verão.
Apesar do estudo ter sido feito com base em uma meglópole americana, os pesquisadores dizem que as projeções também se aplicam a outras regiões em crescimento urbano. Uma das razões que explicam esse aumento é que as áreas urbanas são "ilhas de calor", com suas ruas e avenidas pavimentadas e paredões de concreto, que retém mais calor que as áreas rurais, elevando assim as temperaturas regionais, especialmente à noite. Soma-se a isso fatores como grande quantidade de ar condicionado e carência de áreas verdes.
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