terça-feira, 15 de julho de 2014

SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE REMOVE DEZ TONELADAS DE LIXO DO RIO DA PRATA EM MUTIRÃO DE LIMPEZA

 25/06/2014 -  Steven McCane
Cachoeira utilizada por frequentadores de religiões de matriz africana contará com monitores ambientais para orientar sobre o descarte correto de resíduos de oferendas

A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) promoveu nesta quarta-feira (25/6) o primeiro mutirão de limpeza na cachoeira do Rio da Prata, em Campo Grande, Zona Oeste. A ação realizada em parceria com a Comlurb removeu dez toneladas de resíduos de oferendas, como vasos de barro e resíduos orgânicos que poluíam o local. Cerca de 50 voluntários entre praticantes de religiões de matriz africana, garis e moradores participaram da limpeza ao redor do rio.

“A ação de hoje servirá para preparar o local para futuras oficinas de educação ambiental. Vamos formar monitores ambientais ligados a essas religiões que atuarão na orientação dos frequentadores do local. A ideia é que o espaço receba composteira para receber os restos orgânicos de oferendas, no mesmo molde do trabalho realizado no Espaço Sagrado Curva do S. Já estamos identificando novas cachoeiras do Estado do Rio para atuar”, explicou a articuladora do projeto Ambiente em Ação da SEA, Bianca Pires.

A atividade que conta com apoio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foi o primeiro passo para iniciar ações de educação ambiental nessa área, a exemplo do que é feito na Curva do S, na Floresta da Tijuca com o plantio de espécies nativas e criação de locais apropriados para receber velas e imagens de santos. As ações visam à promoção das práticas religiosas de forma sustentável, respeitando o meio ambiente.

Integrantes da SEA e de grupos religiosos identificaram ao longo da atividade árvores queimadas por rituais com a utilização de velas, além do rio poluído por detritos de oferendas. O lixo recolhido foi levado por garis da Comlurb para receber a destinação correta.

“Isso aqui fica uma imundice. Tento fazer minha parte limpando o local e avisando os visitantes sobre não deixar restos de oferendas como carcaças de animais, mas nem sempre me ouvem, e o movimento é de dia e noite. Precisamos desse apoio do Estado”, disse o morador Jorge Luis da Silva.

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