Conheça 6 novos Patrimônios Mundiais da Humanidade
Por Luíza Antunes
Os Patrimônios Mundiais da Humanidade (ou World Heritage List) são locais considerados valiosos para todo mundo, independente da localização, e que, por isso, devem ser protegidos. Quem define a lista é a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que classifica os patrimônios como culturais, naturais ou mistos. Com o tombamento, o país onde fica o patrimônio passa a receber recursos da UNESCO para sua conservação.
Esse mês, em Doha, no Catar, ocorreu a 38º sessão do Comitê de Patrimônio Histórico, e novos lugares foram discutidos e incluídos na lista. Com as novas adições definidas durante a reunião (foram 26, no total), hoje temos 1007 lugares considerados Patrimônios Mundiais da Humanidade, divididos entre 161 países. Conheça os 6 últimos locais tombados pela UNESCO.
6. Complexo Histórico e Arqueológico de Bolgar, Rússia
Às margens do rio Volga, numa região russa chamada de Tartaristão, ficam os restos da cidade medieval de Bolgar, traços de uma civilização chamada Bulgária do Volga. Tal cidade existiu entre os séculos VII e XV. Essa foi a primeira capital da Horda de Ouro, nome dado ao Império Mongol no século 13. O Complexo Histórico e Arqueológico de Bolgar, devido às várias ocupações e mudanças pelas quais passou, permite compreender melhor os intercâmbios culturais e as transformações na Eurásia ao longo dos séculos. A região até hoje é considerada um destino de peregrinação para os muçulmanos tártaros, que em 922d.C foram aceitos pelo búlgaros de Volga.
5. Esferas de pedras pré-colombianas de Diquís, Costa Rica
Além do bom desempenho na Copa do Mundo, a Costa Rica conquistou seu quarto patrimônio tombado pela UNESCO, o primeiro classificado como cultural. As esferas de pedras pré-colombianas de Diquís ficam em quatro sítios arqueológicos que datam entre 500 e 1500 d.C, no Delta Diquís, no sul do país. Entre cemitérios e áreas pavimentadas dessa antiga civilização humana, ficam esferas perfeitas de pedra, que chegam a até 2,57 metros de diâmetro. O significado para tais peças, ou como elas foram produzidas, é um mistério.
4. Complexo paisagístico de Trang An, no Vietnã
O complexo de Trang An é uma região de relevo cárstico, um tipo de relevo que tem como característica a corrosão das rochas, levando ao aparecimento de cavernas, vales e paredões rochosos. Trang An fica no delta do Rio Vermelho, no Vietnã. Além da paisagem maravilhosa, as cavernas de alta altitude revelaram traços de uma civilização de quase 30 mil anos atrás. As descobertas mostram a ocupação dessas montanhas por coletores e como eles se adaptaram a esse clima e mudanças climáticas. O tombamento também inclui a antiga capital do Vietnã nos séculos 10 e 11, Hoa Lu, cidade com templos, vilas e fazendas.
3. Parque Nacional do Himalaia, Índia
Você já deve saber que boa parte do norte da Índia é ocupada pela cadeia de montanhas do Himalaia, mas talvez não conheça o Parque Nacional do Himalaia, que fica num estado chamado Himachal Pradesh. Ali você encontra grandes montanhas com picos nevados, 25 florestas, rios e até desertos. O derretimento da neve eterna (também chamada de glaciar) no topo dessas montanhas é fonte de água para diversos rios importantes – inclusive é por ali que se encontra a nascente do famoso Ganges. O parque também tem diversas espécies de animais, incluindo algumas em risco de extinção, como o leopardo-das-neves.
2. Santuário de Vida Selvagem do Monte Hamiguitan, Filipinas
O Monte Hamiguitan vai de 75 a 1637 metros de altura, criando um ambiente perfeito para observação da vida animal terrestre e aquática em diferentes elevações. O monte fica em uma cadeia de montanhas que se estende de norte a sul da Península de Pujada, nas Filipinas. Entre as diversas espécies de fauna e flora que vivem no santuário, 11 estão em risco de extinção e 8 delas só podem ser encontradas ali. Entre elas, alguns animais que são símbolos do país, como a águia-das-filipinas e a cacatua das filipinas.
1. Penhascos de Stevns Klint, Dinamarca
Os Penhascos de Stevns Klint, na Dinamarca, são muito mais do que belas paisagens com suas falésias de giz branco e brilhante. Tais penhascos, que se estendem por 15 quilômetros na costa do país nórdico, também têm muita importância geológica. Acontece que ali foram encontradas evidências do meteorito que teria extinto os dinossauros há 65 milhões de anos. O ponto de impacto do meteorito é o fundo do mar da península de Yucatán, no México, mas em Stevns Klint é possível ver marcas da nuvem de cinzas que se formou na terra após o impacto: trata-se de um registro fóssil visível, que permite compreender a sucessão da fauna e da micro-fauna que se recuperou após a extinção em massa.
Fonte: UNESCO
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