Os agricultores brasileiros devolveram cerca de 34 mil toneladas de
embalagens de agrotóxicos vazias aos postos de recolhimento no ano passado. O
índice é 9% maior que o do ano anterior, que foi de 31 mil toneladas. O
recolhimento é obrigatório, previsto em lei desde 2000 e, para incentivar a
prática, o governo federal lança campanha divulgando a destinação correta dessas
embalagens. Chamada Orgulho da Nação, a campanha será veiculada nas emissoras de
televisão até maio. A iniciativa orienta sobre a importância de lavar e devolver
todas as embalagens vazias de agrotóxicos no local indicado na nota fiscal.
A destinação final das embalagens é obrigação das indústrias, mas o
revendedor precisa ter um local adequado para armazenar o produto. As
especificações técnicas incluem pontos como o cuidado com o chão, que deve ser
impermeabilizado para evitar vazamento de resto de agrotóxico.
E o agricultor deve colaborar, levando as embalagens vazias para os postos de
recolhimento. “O que não pode é ser como no passado, quando o agricultor
enterrava ou queimava a embalagem. Isso tem um custo ambiental grande. Agora, a
embalagem, se tratada adequadamente, volta a virar embalagem. É totalmente
reciclada”, disse o coordenador-geral de agrotóxicos do Ministério da
Agricultura, Luís Eduardo Rangel.
A lei prevê que os postos de recolhimento fiquem a, no máximo, 100
quilômetros das propriedades rurais. A determinação já é cumprida no Sul,
Sudeste e Centro-Oeste. Nos casos em que essa distância não pode ser cumprida,
como no Norte e Nordeste, é preciso haver outras formas de recolhimento, como
postos volantes. “O principal é determinar de maneira efetiva que revendas ou
cooperativas construam postos, centrais de recolhimento de acordo com as
características da região”, explicou Luís Eduardo Rangel. (Fonte: Priscilla
Mazenotti/ Agência Brasil)
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