quarta-feira, 15 de agosto de 2012

ATERRO SANITÁRIO

NOTA: matéria mais conceitual  para entender um pouco de para onde e o que se faz com 300 mil quilo dia do lixo de Campos, que é aterrado em Conselheiro Josino.
Disposição Final dos Resíduos Sólidos
Reportagem Especial nº 02



     Definição de Lixo ou Resíduo
( Definition of Trash or Residue )


          " São os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejavéis ou descartáveis. Normalmente, apresentam-se sob estado sólido, semi-sólido ou semi-líquido ( com conteúdo líquido insuficiente para que este possa fluir livremente )" ABNT, 1987.


Resíduo Sólido 
( Solid Residue )


          " Resíduos nos estados sólidos ou semi-sólidos que resultam das atividades da comunidade de origem : industrial, doméstico, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de estações de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades torna inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água ou  exigem, para isso, soluções técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível " ABNT, 1987.



Aterro Controlado
( Controlled Landfill )


           Também é uma técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, usa alguns princípios da engenharia, cobrindo os resíduos com uma camada de material inerte ( terra ), para confinar os mesmos. Esse método é mais indicado que o do lixão, porém devido aos problemas ambientais que causam a natureza, tem uma qualidade bem inferior ao Aterro Sanitário.
                     
                                                                              
                                                            ATERRO SANITÁRIO


          O Aterro Sanitário é uma técnica de disposição no solo dos resíduos sólidos urbanos, com finalidade de reduzir ao máximo os impactos ambientais, utilizando-se dos princípios de engenharia para confinar os resíduos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permitido, depois cobrindo-os com uma camada de terra após cada fim de jornada de trabalho, se for necessário poderá ser em intervalos menores. 
         Esse método tem um planejamento e controle técnico com relação aos aspectos ambientais, para evitar a proliferação de vetores e roedores, bem como riscos à saúde. Todo planejamento requer estudo de localização com relação à proximidade de residências e outros fatores que posteriormente iremos descrever.
         O aterro sanitário quando executado dentro das normas técnicas, sob ponto de vista sanitário é bem eficiente, desde que não traga riscos aos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
         Os resíduos devem ser depositados no interior da vala utilizando-se de veículo e deve-se fazer  a compactação manual ou mecânica, sendo que ao final do trabalho, cobrir com camada de 15cm de terra e efetuar monitoramento por meio de poços com 6m de profundidade.


          Um aterro sanitário funcionando perfeitamente, evita os seguintes transtornos :
           
            a) Atividade marginal de catadores;
            b) Propagação dos maus odores, fogo e fumaça;
            c) Presença de animais e até pessoas ( a procura de alimentos );
            d) Evita espalhamento de materiais;
            e) proliferação de roedores ( ratos ), baratas e insetos ( moscas etc. ).
     
         


          Aterro Sanitário construído sem nenhum critério técnico, pode acarretar graves problemas ambientais como :


        Contaminação das águas subterrâneas 

         Por:
  • Impermeabilização executada de forma incorreta;
  • Aumento da umidade;
  • Má compactação;
  • Elevação do nível de água na base do aterro sanitário;
  • Agressão ao solo;
  • Sistema de drenagem projetado de forma inadequada.

        A seleção de locais apropriados para construção de Aterro Sanitário, deve seguir critérios técnicos específicos:

  • Que tenha vida útil maior que 10 anos;
  • Distância para a zona urbana, maior que 10km, mas alguns especialistas aceitam 5km para cidades de até 20.000 habitantes;
  • Área sem restriçao ambiental;
  • Baixa densidade populacional;
  • Distância dos cursos d'água acima de 200m;
  • Que sua localização seja com ventos  de direção, ou melhor, no sentido cidade-aterro;
  • Uso e ocupação do solo, seja baixíssimo ou praticamente sem utilização.


                                                            Classificação dos Resíduos 
( Classification of residues )



     ( I ) Composição química
  • Orgânicas : restos de alimentos, animais mortos, podas de árvores e matos, tantos outros.
  • Inorgânicas : papel, papelão, vidro, metal, plástico, entulho de obras etc.               
    ( II ) Origem do Resíduo

  • Domiciliar;
  • Comercial;
  • Limpeza pública urbana;
  • Serviços de Saúde;
  • Portos, aeroportos e terminais rodoviários;
  • Industriais;
  • Agrícolas;
  • Entulhos;
  • Rejeitos da Mineração.


      ( III ) Quanto à periculosidade


  • Classe I ( perigosos ) - Apresenta risco à Saúde Pública e ao ambiente, tendo as seguintes propriedades : inflamabilidade, reatividade, corrosividade, toxicidade e patogenicidade.
  • Classe II ( não inertes ) - Poderá ter as seguintes propriedades: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, mas não se enquadra como resíduo I ou II .
  • Classe III ( inertes ) - Não possuem nenhum dos seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água.
      Recomendamos ler a NBR ( 10.004 ).





Portão de acesso ao aterro sanitário
com serviço de energia elétrica (rede pública).
Foto nº 01 : O Marco Ambienta





Setor de administração e balança para 
controle diário da pesagem dos resíduos sólidos.
Foto nº 02 : O Marco Ambiental




Caminhão compactador da coleta pública, descarregando resíduos.
Foto nº 03 : O Marco Ambiental




Observamos que apesar da campanha de educação sobre Coleta Seletiva, ainda vemos 
papelão, garrafas pet e outros materiais que poderiam ser reciclados.
Foto n º 04 : O Marco Ambiental




Tubulações para retirada do gás metano ( decomposição dos resíduos )
produzido pelo Aterro Sanitário.
Foto nº 05 : O Marco Ambiental


Junto ao trator, observamos dreno(faixa cinza à direita formada   por britas ) para coletar  o chorume e transportar até os tanques.
Foto n º 06 : O Marco Ambiental




Sistema de drenagem para escoamento das águas pluviais ( das chuvas ). evitando que as mesmas não penetre nos tanques para tratamento do chorume.
Foto n º 07 : O Marco Ambiental



Sistema de drenagem contornando
toda área do tanque de tratamento do chorume.
Foto nº 08 : O Marco Ambiental


Visão completa do tanque de tratamento do chorume, com manta para impermeabilização da base do terreno.
Foto n º 09 : O Marco Ambiental

Salgueiro é uma cidade do sertão Pernambucano, portanto tem Sol praticamente o ano todo, essa energia ( calor ) vindo do Sol é de grande importância para o tratamento do chorume.
Foto nº 10 : O Marco Ambiental
                                 Responsabilidade pelo gerenciamento do Lixo



       Domiciliar                                               ________           Prefeitura
       Comercial                                               ________           Prefeitura (*)
       Público                                                   ________           Prefeitura
       Serviços de Saúde                                  ________           Gerador ( hospitais etc. )
       Industrial                                                 ________           Gerador ( indústrias )
       Agrícola                                                  ________           Gerador ( agricultor )
       Entulhos                                                  ________           Prefeitura (*)
       Rejeito de Mineração                              ________           Gerador ( mineradora )
       Portos, Aeroportos, Terminais 
       Ferroviários e Rodoviários                       ________           Gerador ( aeroportos etc. )

       ( Tabela IPT- 1995 )
       
       Obs : A prefeitura é co-responsável por pequenas quantidades, normalmente em termo
       de 50kg, e de acordo com legislação municipal própria.


       Em mais de 50% dos municípios brasileiros, existe a presença de crianças nos lixões.
       
       Tudo isso demostra o descaso das autoridades públicas e da sociedade, para com esse problema ambiental ( resíduos sólidos ) que causa tantos prejuízos à qualidade de vida.



Central de inteligência agilizará serviços na Capital

28/06/2012 14:12:19
Foto: Luciano Lanes/PMPA
Órgãos municipais vão trocar informações com governos estadual e federal
Órgãos municipais vão trocar informações com governos estadual e federal
Porto Alegre terá uma central de inteligência, como poucas cidades do Brasil, integrando órgãos e informações. Nesta quinta-feira, 28, o prefeito José Fortunati apresentou o Centro Integrado de Comando (Ceic), em fase de implantação na rua João Neves da Fontoura. A cerimônia contou com a presença de secretários municipais, que já identificam servidores de cada área para atuar no centro. O local deve estar com todos os equipamentos instalados em 90 dias e em funcionamento até o final do ano.  
Com investimento em tecnologia e inovação, a estrutura reunirá 18 órgãos municipais e ampliará a troca de dados com outras estruturas do governo estadual e federal, permitindo que áreas vitais do serviço público sejam monitoradas 24 horas e, em caso de emergências, a população seja atendida com rapidez e simultaneidade com ações estratégicas. 
"Este é um momento especial para a cidade porque o uso da tecnologia está sendo cada vez mais ampliado para servir ao cidadão. O centro amplia e integra as ações que a gestão vem implementando dentro do conceito de Cidade Inteligente, usando a tecnologia para fazer a diferença na gestão da cidade", afirmou Fortunati.
Sinaleiras inteligentes, Metroclima (que analisa e cria base de informações do tempo e clima da cidade), câmeras de videomonitoramento, saúde, limpeza urbana, iluminação pública, mobilidade e segurança estão entre as áreas que serão interligadas e acompanhadas em tempo real. O Ceic otimizará as atividades da prefeitura, permitindo uma visão integrada para buscar mais eficiência, agilidade, antecipação dos fatos e proatividade (sinônimo de iniciativa e resolução de problemas) no serviço público.
Cidade Inteligente - O Ceic marca uma nova fase na gestão da cidade, com ferramentas e tecnologia para melhorar a vida dos cidadãos. No centro será possível criar históricos de incidentes, estudar suas causas e agir pontualmente para evitar novos casos. Com um panorama sistêmico, além de realizar um planejamento estratégico, será possível operar ativamente no dia a dia da cidade, em caráter preventivo ou para o enfrentamento de eventual crise.
Tecnologia - Foi adquirida uma tecnologia de ponta no que se refere ao video wall, que não é apenas um painel de monitoramento de imagens das ruas, mas uma solução inteligente, com software que pode ser programado para atender eventos de grande porte.
Todas as imagens que as câmeras de videomonitoramento captam na cidade poderão ser acompanhadas no Ceic. Hoje, são cerca de 300 desses equipamentos instalados a serviço de diversos órgãos, entre os quais Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Secretaria Municipal de Educação (Smed). Até o final do ano, a EPTC, que hoje tem 88 câmeras, chegará a 100. A Guarda Municipal, que conta com 25 câmeras, chegará a 50.
O Ceic terá 39 monitores de LCD com 55 polegadas recebendo imagens diferentes. Na sala do prefeito, haverá uma tela slim e touch screen com 70 polegadas, integrada ao sistema de video wall, a qual poderá selecionar a imagem que preferir. A cada órgão representado na bancada do Ceic, caberão duas telas de microcomputador (na bancada) que poderão também receber qualquer uma das imagens dos 39 monitores do video wall.
O Centro funcionará a partir de um novo Data Center, construído pela Procempa. A sala-cofre contará com avançados sistema de segurança e integrará diversas informações sobre o setor público com base em padrões internacionais.
Integração - O Centro de Comando não substituirá os centros de operações existentes, porque o cotidiano de cada órgão permanecerá inalterado. No entanto, quando ocorrerem situações de emergência ou crise, entrará em ação o Ceic, e, a partir disso, todos os órgãos integrantes do Centro passam a atender determinações do comando de operações. O prefeito terá uma sala de situação no local, bem como uma área para o serviço de imprensa.
Integram esse centro a Procempa, EPTC, Guarda Municipal, Coordenação de Defesa Civil, os departamentos municipais de Água e Esgotos (Dmae), Esgotos Pluviais (DEP), Limpeza Urbana (DMLU) e Habitação (Demhab), as secretarias municipais de Saúde (incluindo o Samu e emergências), Meio Ambiente (Smam), Obras e Viação (Smov), Gestão e Acompanhamento Estratégico (SMGAE), Educação (Smed), Produção, Indústria e Comércio (Smic) e Turismo (SMTUR), Carris, Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e Supervisão de Comunicação Social.

O QUÊ PERMITE O CENTRO INTEGRADO:


- Coordenação concentrada de ações urgentes em casos de emergência/crise/especiais  (alagamentos, grandes eventos ou acidentes de trânsito, incêndios, entre outros); 
- Deslocamento rápido e simultâneo de equipes de resposta rápida;  
- Melhoria na capacidade organizacional e técnica para prevenção, preparação, resposta e recuperação de desastres naturais, humanos e tecnológicos;  
- Avaliações preventivas para a identificação e qualificação de ameaças a exemplo de trânsito e inundações;  
- Simulação de crises e desastres para treinamento e qualificação de pessoal e logística;  
- Controle e distribuição de recursos estratégicos, alimentos, água e medicamentos em situação de crise;  
- Redução de custos de manutenção (monitoramento integrado a distância);  
- Melhores resultados na mobilidade urbana;  
- Monitoramento geral do funcionamento da cidade;  
- Transparência nas informações;  
- Prevenção e alerta de riscos e problemas potenciais, inclusive nos arredores da cidade e  
- Estabelecimento e cumprimento de protocolos de gestão para tomadas de decisão em crises.
Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=153028&CENTRAL+DE+INTELIGENCIA+AGILIZARA+SERVICOS+NA+CAPITAL

IPT terá planta piloto para gaseificação de biomassa

Prover os dados necessários para estabelecer um projeto conceitual de uma planta industrial de gaseificação com capacidade de processar 400 mil toneladas anuais de bagaço e palha de cana-de-açúcar é o objetivo do projeto da planta piloto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em Piracicaba.
“Isso equivale à metade do bagaço e palha gerados por uma usina típica nos dias de hoje, que faz a moagem de 4 milhões de toneladas de cana. Segundo a nossa projeção, baseada nos 5% anuais de taxa de crescimento do setor sucroalcooleiro nos últimos 20 anos, 140 novas usinas serão implantadas na próxima década. É nesse universo que estamos focando: as novas usinas, as green-fields da década de 2020”, disse Fernando Landgraf, diretor de inovação do IPT.
Segundo Landgraf, a planta piloto está sendo projetada para testar algumas das possíveis soluções para a planta industrial. Uma característica especial do projeto é ter escolhido a rota de gaseificação pela técnica de “fluxo de arraste”, adotada para a gaseificação de carvão mineral em grande escala na China e na Europa.
“A questão é que a gaseificação de biomassa exige um pré-tratamento muito diferente do carvão mineral. É necessário transformar o bagaço em um pó torrado ou em um óleo pirolisado. O estágio técnico atual do projeto é o da definição conceitual da planta piloto, ou seja, a escolha do processo de torrefação e de pirólise, os detalhes construtivos do reator de gaseificação e os processos de limpeza do gás. Temos 30 pesquisadores do IPT trabalhando nisso”, disse Landgraf.
Ao mesmo tempo, o IPT completa a negociação do contrato com o Governo do Estado de São Paulo, BNDES, Finep e as empresas Oxiteno, Petrobras e Vale Soluções em Energia. A negociação dos direitos da propriedade intelectual levou mais de um ano.
“Esperamos que o contrato seja assinado em outubro deste ano. Também estamos articulando junto com a Universidade de São Paulo e a Universidade Estadual de Campinas um Projeto Temático na FAPESP. O objetivo é estudar aspectos científicos envolvidos no processo que vai da cana ao gás”, disse Landgraf.
O projeto terá duração de cinco anos, o primeiro para o projeto básico e detalhado, dois anos de construção, outro para “por em marcha” e o último ano de operação.
“Ao final, sendo bem-sucedidos, deveremos desenvolver novo projeto em três anos para a otimização até chegar ao ponto de definir o conceito de uma planta industrial cujo investimento de capital não poderá ultrapassar US$ 1.200 por quilowatt térmico”, disse Landgraf. A capacidade da planta piloto será de 1 tonelada por hora de bagaço seco.
Landgraf será um dos palestrantes no Simpósio de Gaseificação de Biomassa, que será realizado na FAPESP no dia 17 de setembro de 2012.
O simpósio terá palestras de especialistas de diversos países com o objetivo de apresentar experiências e lições aprendidas em projetar e operar plantas piloto/demonstração de gaseificação. 
(Fonte: Agência Fapes)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

COLETA SELETIVA NA QUARTA-FEIRA



Atenção moradores dos bairros com serviço de coleta seletiva!

Quando você participa da coleta seletiva,está  cooperando para o meio ambiente do planeta,pois o material reciclável que seria aterrado,transforma-se em novo material,economizando matéria -prima e energia.
Você também  a obra social da sociedade de Apoio à criança e o Idoso: 

COLETA SELETIVA NO SEU BAIRRO(PORTA A PORTA):
4º FEIRA:

MANHÃ:
Jockey I
Pelinca
Parque Tamandaré
Parque Dom Bosco

TARDE:
Jockey II
Parque João Maria
Centro

COLETA DE PONTOS ESPECIAIS
Secretaria Municipal de Serviços Públicos
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Petróleo
Hospital Santa Casa
Farmácia Isalvo Lima
Resgate Médico
CEFET
CCAA
Secretaria Municipal de Educação
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Hospital Unimed
Hospital Geral de Guarus

USP forma primeiro centro do país a unir pesquisadores de resíduos sólidos

por Redação EcoD
reciclagem1 Empresários defendem redução de impostos sobre produtos recicláveis
Catadores de materiais recicláveis trabalham sem luvas no Lixão da Estrutural, em Brasília. Foto:Marcello Casal Jr./ABr

A participação dos catadores de material reciclável na coleta seletiva e o envolvimento da população na separação do lixo estiveram no centro das discussões sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em evento realizado na quarta-feira, 24 de julho, no Rio de Janeiro. Catadores e empresários concordaram sobre a importância de se valorizar cada vez mais a coleta seletiva do lixo.
Um dos coordenadores do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Custódio da Silva, cobrou, durante os debates, um levantamento que identifique os catadores que trabalham nos 47 lixões ainda em funcionamento na região metropolitana do Rio e a urgência na contratação das cooperativas para a separação do lixo, aproveitando o material reciclável. “Queremos fazer o mesmo serviço que a prefeitura paga para as empresas privadas e que, segundo a lei, seria de nossa responsabilidade”, reivindicou.
Custódio comentou também a atual situação dos catadores de lixões que foram fechados em vários municípios da região metropolitana como Belford Roxo, São Gonçalo, Niterói, Magé e em Campos dos Goytacazes, na região norte. Nesses locais, segundo ele, os catadores ficaram sem perspectiva de emprego e renda, contrariando o que diz a legislação no caso do fechamento das unidades.
O diretor executivo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), André Vilhena, defendeu a diminuição de impostos sobre produtos recicláveis. Segundo ele, isso incentivaria o consumo consciente e a aplicação de mais recursos em tecnologia e na logística reversa (recolhimento pela empresa do produto descartado). “Devíamos praticamente zerar impostos federais”, defendeu.
Importância dos catadores
Preocupadas com a obrigatoriedade de as empresas recolherem determinados produtos como pilhas e baterias, que não podem ser descartadas no lixo comum (a chamada de logística reversa), as empresas privadas também aproveitaram para destacar o papel dos catadores, que, pela capilaridade da atuação, são fundamentais para ajudar na reciclagem.
Os empresários defenderam a inclusão dos catadores na cadeia do material reciclável. Na avaliação deles, os trabalhadores têm condições de coletar itens de forma mais eficiente que as prefeituras, ajudando a reduzir os gastos com o que é depositado em aterros privados e com a coleta que é feita, muitas vezes, por empresas terceirizadas.
Além de catadores, gestores públicos e representantes do setor industrial, os candidatos à prefeitura carioca nas eleições deste ano também participaram dos debates. Estiveram presentes: Aspásia Camargo (PV), Rodrigo Maia (DEM), Cyro Garcia (PSTU), Fernando Siqueira (PPL), Otavio Leite (PSDB) e Marcelo Freixo (PSOL). Antonil Carlos (PCO) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, não compareceram.
* Com informações da Agência Brasil.
** Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)

Empresários defendem redução de impostos sobre produtos recicláveis

por Redação EcoD
reciclagem1 Empresários defendem redução de impostos sobre produtos recicláveis
Catadores de materiais recicláveis trabalham sem luvas no Lixão da Estrutural, em Brasília. Foto:Marcello Casal Jr./ABr

A participação dos catadores de material reciclável na coleta seletiva e o envolvimento da população na separação do lixo estiveram no centro das discussões sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em evento realizado na quarta-feira, 24 de julho, no Rio de Janeiro. Catadores e empresários concordaram sobre a importância de se valorizar cada vez mais a coleta seletiva do lixo.
Um dos coordenadores do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Custódio da Silva, cobrou, durante os debates, um levantamento que identifique os catadores que trabalham nos 47 lixões ainda em funcionamento na região metropolitana do Rio e a urgência na contratação das cooperativas para a separação do lixo, aproveitando o material reciclável. “Queremos fazer o mesmo serviço que a prefeitura paga para as empresas privadas e que, segundo a lei, seria de nossa responsabilidade”, reivindicou.
Custódio comentou também a atual situação dos catadores de lixões que foram fechados em vários municípios da região metropolitana como Belford Roxo, São Gonçalo, Niterói, Magé e em Campos dos Goytacazes, na região norte. Nesses locais, segundo ele, os catadores ficaram sem perspectiva de emprego e renda, contrariando o que diz a legislação no caso do fechamento das unidades.
O diretor executivo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), André Vilhena, defendeu a diminuição de impostos sobre produtos recicláveis. Segundo ele, isso incentivaria o consumo consciente e a aplicação de mais recursos em tecnologia e na logística reversa (recolhimento pela empresa do produto descartado). “Devíamos praticamente zerar impostos federais”, defendeu.
Importância dos catadores
Preocupadas com a obrigatoriedade de as empresas recolherem determinados produtos como pilhas e baterias, que não podem ser descartadas no lixo comum (a chamada de logística reversa), as empresas privadas também aproveitaram para destacar o papel dos catadores, que, pela capilaridade da atuação, são fundamentais para ajudar na reciclagem.
Os empresários defenderam a inclusão dos catadores na cadeia do material reciclável. Na avaliação deles, os trabalhadores têm condições de coletar itens de forma mais eficiente que as prefeituras, ajudando a reduzir os gastos com o que é depositado em aterros privados e com a coleta que é feita, muitas vezes, por empresas terceirizadas.
Além de catadores, gestores públicos e representantes do setor industrial, os candidatos à prefeitura carioca nas eleições deste ano também participaram dos debates. Estiveram presentes: Aspásia Camargo (PV), Rodrigo Maia (DEM), Cyro Garcia (PSTU), Fernando Siqueira (PPL), Otavio Leite (PSDB) e Marcelo Freixo (PSOL). Antonil Carlos (PCO) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, não compareceram.
* Com informações da Agência Brasil.
** Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mutirão da Limpeza em ritmo acelerado



Por Thábata Ferreira

Na próxima semana uma série de serviços de limpeza serão executados por todo o município Foto: Juarez Fernandes

Terminados os trabalhos, na sexta-feira (10), do Mutirão da Limpeza em diversos bairros e distritos de Campos, uma nova listagem de locais que receberão os serviços da secretaria de Serviços Públicos, a partir de segunda-feira (13), já está pronta para que os trabalhos sejam iniciados e a manutenção da limpeza da cidade esteja em dia. Com cerca de 120 homens trabalhando a todo vapor, serviços como capina, retirada de terra e areia das vias, roçada de vegetação, limpeza de bueiros, pintura de meios fios e postes e remoção de entulhos são um dos itens essenciais no trabalho feito pelo Mutirão até a próxima sexta-feira (18).

- O trabalho do Mutirão da Limpeza é uma atividade contínua executada pela secretaria de Serviços Públicos, através da empresa licitada Vital. Todos os dias da semana elaboramos um projeto de trabalho diferenciado, onde bairros de todo o município são contemplados, além da coleta regular dos resíduos em todo o município – destacou o secretário municipal de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque.

Locais contemplados – A partir de segunda (13), na margem direita do Rio Paraíba, serão contemplados locais como os Parques Rosário, Aurora, São Benedito, São Lino, Rui Barbosa, Oliveira Botelho, além da avenida são Fidélis, avenida Presidente Vargas, avenida Alberto Lamego e residencial João Maria. Na margem esquerda do Paraíba, serão contemplados bairros como Jardim Carioca, Santo Antônio, João Guimarães, Vera Cruz, Fundão e a finalização dos trabalhos no Parque Eldorado. A Baixada Campista também será contemplada em locais como Poço Gordo e Goitacazes.

Postado por: Thábata Ferreira - 11/08/2012 11:22:00

*Fonte: Site da PMCG

Gestão de Resíduos - Aterro

NOTA: Campos participou desta matéria especial da Globo,através do Secretário,mostrando o aterro sanitário de Conselheiro Josino. 


*Fonte: Bom Dia Rio
NOTA: Campos participou através do Secretário,mostrando o aterro sanitário de Conselheiro Josino. 

UFRJ transforma o bagaço de cana em fibra de carbono


Peças de carro, materiais da indústria de petróleo e até armações de óculos podem estar prestes a se juntar a etanol, cachaça e açúcar como produtos derivados da cana.
Cientistas brasileiros desenvolveram um jeito de transformar os resíduos da planta em fibra de carbono, material um bocado valorizado pela indústria.
Hoje, o bagaço da cana-de-açúcar é o principal resíduo do agronegócio brasileiro. Uma tonelada da planta usada para fazer etanol produz, em média, 140 kg de bagaço.
Boa parte desses restos acaba queimada nas próprias usinas como forma de gerar energia, mas é uma destinação que ainda não consegue absorver todos os resíduos gerados. Se armazenados incorretamente, eles podem se tornar um fator sério de poluição ambiental.
Foi pensando nisso que um grupo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiu agir e dar uma destinação mais nobre ao “lixo”.
Eles desenvolveram um método que extrai a lignina -uma importante molécula “estrutural” dos vegetais, responsável, entre outras coisas, pela sustentação- do bagaço da cana e a trata para que ela seja transformada em fibra de carbono.
“Não é como transformar garrafa pet em tapete ou em árvore de Natal. É uma reciclagem com alto valor agregado, que pode gerar boas oportunidades, porque o Brasil ainda não tem produção industrial de fibra de carbono”, diz Veronica Calado, coordenadora do trabalho e também do Núcleo de Biocombustíveis, de Petróleo e de seus Derivados da UFRJ.
Na verdade, o grupo de Calado aproveita o “lixo do lixo” da cana-de-açúcar. Novas técnicas já permitem que o bagaço da produção de etanol seja tratado quimicamente e usado para dar origem a mais álcool, o chamado etanol de segunda geração.
Última etapa – A fibra de carbono é obtida depois que o bagaço já passou por esse segundo processo. A lignina extraída do bagaço é processada e passa por vários processos, que vão aumentando o teor de carbono. No fim, obtém-se a fibra, que é laminada e pode ser vendida para as mais diversas aplicações.
Dez vezes mais forte do que o aço, mas ainda maleável e com elevada resistência à temperatura, a fibra de carbono é um material muito valorizado no mercado, com preços que podem variar entre US$ 25 e US$ 120 por kg.
A principal maneira de obtê-la hoje é derivá-la do petróleo, com muitos aditivos.
“A fibra de carbono pelo reaproveitamento da cana também é sustentável nesse sentido, porque vai diminuir a dependência do petróleo para mais um uso”, avalia Verônica, da UFRJ.
No mundo, já existem outras iniciativas para transformar a lignina em fibra de carbono. Todos esses projetos estão também em fase experimental. O grupo brasileiro, porém, orgulha-se de conseguir fazer o trabalho com menos aditivos, obtendo ainda um “extrato” de lignina mais puro e com maior potencial de transformação.
O trabalho carioca ainda está restrito aos laboratórios, mas a técnica já se mostrou funcional. A coordenadora do estudo diz que não há ideia do preço final da fibra, mas que “com certeza ela será mais barata do que a vinda do petróleo”.
Agora, os cientistas estudam a melhor maneira de patentear o projeto
(Fonte: Giuliana Miranda/ Folha.com)

domingo, 12 de agosto de 2012

Conheça três curiosidades tecnológicas “verdes” das Olimpíadas de Londres

Lydia Cintra 20 de julho de 2012
Além das questões de mobilidade, alimentação, construções de baixo impacto e programas sociais, as Olimpíadas de Londres também têm coisa curiosa. Conheça três “engenhocas” que estarão nas ruas da cidade durante os jogos:
1. Árvore Solar
(Crédito: Ashley Bingham)
Esqueça folhas verdes caindo no outono ou fazendo aquela sombrinha boa no verão. Esta árvore imita a natureza nas suas formas mas a função é outra: gerar energia e iluminar a cidade à noite.
As folhas high-tech são, na verdade, células fotovoltaicas para geração de energia solar. Os galhos e o caule são formados por lâmpadas de LED que acendem automaticamente quando escurece. De quebra, a invenção vem com um banco para quem quiser fazer uma pausa pra descanso. O poste arbóreo vai iluminar alguns pontos da cidade-sede até setembro.
2. Lixeira ultra-moderna
(Divulgação) 
Jogar o lixo será uma diversão à parte. As chamadas “smart bins” (lixeira esperta) têm conexão wi-fi e duas telas de LCD, que mostram informações como previsão do tempo e valor de ações. E tem mais: são à prova de bomba.
Até o início dos jogos serão 100 unidades espalhadas pelas ruas londrinas. Será que chamar a atenção das pessoas para a lixeira pode fazê-las descartar de forma correta seus resíduos?
3. Cola contra poluição
(Getty Images)
Esta é resultado da tecnologia da indústria química, que está testando uma solução que tem a capacidade de atrair partículas de poeira e grudá-las no asfalto, como se fosse uma cola. A poeira pode sair com a água da chuva ou no contato com o pneu de carros. A ação vai ser testada até o início dos jogos e pode reduzir em até 10%a poeira no ar, segundo os defensores da ideia.
A medida, no entanto, sofreu diversas críticas. Um blog do site do jornal britânico The Guardian , por exemplo, publicou um artigo do grupo Climate Rush que questiona a eficiência da “cola”.
“A imagem da cola antipoluição sendo passada nas ruas é ridícula. (…) É sério que esta é a política de Boris [prefeito da Londres]? Sério?”, escreveram. E deixaram para o prefeito a mensagem com o que parece ser uma solução bem mais razoável: “Implemente um estilo de baixa emissão como o de Berlim para a maior parte das áreas poluídas de Londres. O resultado serão menos carros e um ar melhor. Reduza o tráfego de veiculos oferecendo tarifas justas de transporte público à população. Invista em infraestrutura segura para ciclistas e enfrente a cultura do trânsito violento”. O grupo protestou com mensagens na rua:
Esta não é uma solução. (The Guardian)
E....(EDITADO PELO BLOG)
Fonte:www.super.abril.com.br

EXPERIMENTO LIXÃO X ATERRO SANITÁRIO

O Brasil produziu, em 2010, aproximadamente 61 milhões de toneladas de resíduos urbanos, volume 6,8% maior que em 2009. Este volume significa que cada brasileiro produziu sozinho no ano cerca de 378 kg de lixo. A parcela de resíduos dispostos inadequadamente nos lixões também aumentou em 2 milhões de toneladas de 2009 para 2010. Dos municípios brasileiros, 52% deles destinaram seus resíduos domiciliares para lixões. (ABRELPE, 2011)
Os lixões são locais inadequados para disposição dos resíduos sólidos urbanos, a céu aberto e diretamente no solo – que não teve nenhuma preparação prévia para recebê-los. Os principais poluentes em um lixão, formados pela decomposição dos resíduos, são o gás metano (CH4) e o chorume (líquido preto e com forte odor que escorre do lixo). Como estes locais não têm nenhum tipo de proteção para o meio ambiente, os contaminantes acabam indo diretamente para a atmosfera, lençol freático e rios próximos (figura 1).
Os aterros sanitários também são locais a céu aberto onde os resíduos sólidos urbanos são depositados, no entanto, diferentemente dos lixões, possuem sistemas que auxiliam na correta gestão do local, minimizando os impactos na área do seu entorno. Os aterros sanitários contam com uma manta de PVC ou PEAD (plástica) que impede os resíduos de entrarem em contato com o solo, coletores de chorume e de gás metano. É importante lembrar que no aterro sanitário é prevista a cobertura diária dos resíduos para não ocorrer a proliferação de vetores, mau cheiro ou poluição atmosférica.
Nos aterros sanitários, o gás metano e o chorume também estão presentes. O gás metano é controlado de duas formas: no modo mais simplificado, o metano é canalizado e via respiradores é lançado na atmosfera em pequenas quantidades, impedindo explosões pelo acúmulo de gás no interior do aterro. No modo mais adequado, mas ainda pouco utilizado no Brasil, o gás é canalizado e vai diretamente para uma usina de geração de energia, onde o metano passa a se chamar Biogás, produzindo energia elétrica.

Vazadouro de gás metano

Usina de biogás – Gramacho – RJ (fonte: Thiago Loli)
O chorume, em um aterro sanitário, pode ser separado e levado para descarte correto, onde será tratado para ser menos danoso ao meio ambiente, ou também pode ser reinserido no aterro. A elevada carga orgânica presente no chorume faz dele um líquido extremamente tóxico e danoso.
Estimativas do Movimento Nossa São Paulo, que leva o nome da cidade brasileira que mais gera resíduos sólidos urbanos, afirmam que a capital paulista desperdiça por ano cerca de R$ 750 milhões enterrando praticamente todos os resíduos que produz. Isto porque os aterros sanitários exigem monitoramento constante e inclusive após o seu esgotamento, pois permanecem como um local de armazenamento de gases tóxicos. Os dois aterros sanitários em utilização, em São Paulo, estão com os dias contados. Com 13 mil toneladas/dia de resíduos chegando todos os dias, um chegará ao esgotamento em 9 anos, enquanto que o outro esgotará em 20 anos.
No Aterro Bandeirantes, em São Paulo, fechado em 2007, existe uma usina de biogás que até hoje gera energia (6 MWh) para 40 mil habitantes de cinco bairros próximos ao aterro. A geração de energia pelo gás ainda vai durar 15 anos, e mesmo depois disso o local precisará continuar sendo monitorado para sempre.
Um país que pode servir de exemplo para o Brasil é a Alemanha. A população insatisfeita e a preocupação com a economia de médio e longo prazos serviram para que o governo desenvolvesse um plano para erradicar os aterros sanitários por meio da correta gestão dos seus resíduos. Lá, a não geração ocorre pela conscientização das pessoas (prevenção). O que pode ser reutilizado, e tudo o que pode ser reciclado é encaminhado para locais adequados (reciclagem). Os resíduos orgânicos, municipais e industriais, são utilizados para produzir gás, que gera eletricidade e calor para a população. Os resíduos que realmente não são mais úteis são incinerados para também gerar energia.
Nem o lixão nem o aterro sanitário são as melhores opções de gerenciamento de resíduos sólido urbanos. O Brasil poderia seguir o exemplo alemão para gerar energia via resíduos e aprender a descartar somente o que não tiver mais utilidade. Isto aumentaria a vida útil dos aterros e evitaria que materiais que poderiam ser aproveitados fossem descartados.

Fonte:
Material de aula Coppe/UFRJ: Impactos no Meio Sólido – Prof. Claudio Mahler;
Companhia Alemã de gás:
http://www.axpo-kompogas.ch/index.php?path=home&lang=en
Aterro sanitário em São Paulo. Disponível em:
http://g1.globo.com/videos/sao-paulo/bom-dia-sp
Panorama ABRELPE 2010. Disponível em:
http://www.abrelpe.org.br/panorama_apresentacao.cfm
http://www.lixo.com.br

Catadores de resíduos, embaixadores contra a mudança climática

por Stanley Kwenda, da IPS

Tomson Catadores de resíduos, embaixadores contra a mudança climática
Tomson Chikowero carrega os sacos com garrafas de plástico que recolheu para reciclagem. Foto: Stanley Kwenda/IPS
Harare, Zimbábue, 7/8/2012 – Tomson Chikowero se envergonhava de seu trabalho. Não queria que ninguém soubesse o que fazia para ganhar a vida, por isto levantava muito cedo e saía de sua casa em Hatfield, um bairro residencial da capital do Zimbábue, escondendo-se na escuridão. Voltava após o pôr do Sol, quando ninguém podia vê-lo carregar os sacos com garrafas de plástico que recolhia no lixo durante o dia.
No começo, para Chikowero, homem de classe média que antes trabalhara na construção mas perdeu o emprego em 2010, recolher plásticos e caixas de papelão do lixo de outras pessoas para poder vender era uma tarefa penosa. Contudo, agora se converteu em um de muitos inesperados embaixadores em Harare contra a mudança climática.
O aquecimento global já causou impacto no país. o Departamento de Serviço Meteorológico confirmou que as chuvas diminuíram, enquanto as temperaturas aumentaram nos últimos anos. Segundo o estudo divulgado em março intitulado Fortalecendo a capacidade nacional para o programa de mudança climática no Zimbábue, este fenômeno porá em risco a segurança alimentar e o crescimento econômico.
Porém, o lixo tem um papel a desempenhar na mitigação da mudança climática nesta nação da África austral. Uma publicação de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, intitulado Dejetos e mudança climática, diz que a reciclagem de resíduos é mais benéfica na mitigação deste fenômeno do que outras técnicas.
Barnabas Mawire, diretor para o Zimbábue na organização ambientalista Environment Africa, afirmou que a reciclagem é importante para o país. “Ajuda muito na mitigação da mudança climática. Se as indústrias reciclarem garrafas plásticas e ferro-velho, não usarão a mesma quantidade de energia que empregariam se estivessem fabricando plástico ou metal a partir do zero. Se reciclam, usam menos matérias-primas e energia, e está demonstrado que isto reduz a pegada de carbono”, destacou à IPS.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, “a reciclagem de plástico usa cerca de 10% da energia consumida para fabricar meio quilo de plástico a partir de materiais virgens”. Embora não haja estimativas de quanto o Zimbábue economizaria em emissões de gases-estufa, a reciclagem realizada na Grã-Bretanha serve para economizar mais de 18 milhões de toneladas de dióxido de carbono ao ano, equivalentes às emissões anuais de 177.879 veículos de passageiros.
Entretanto, muitos zimbabuenses não estão conscientes da mudança climática ou dos esforços para mitigá-la. Este país não tem nenhuma política para a mudança climática, embora esteja em processo de formular uma junto com a Aliança Clima e Desenvolvimento (CDKN). Mesmo assim, quando Chikowero começou a coletar lixo, tanto ele como outras centenas desses trabalhadores simplesmente o faziam para ganhar a vida em um país com 70% de desemprego. Um quilo de plástico pode ser vendido por entre US$ 7 e US$ 10.
Não há cifras oficiais sobre quantas pessoas vivem desse trabalho, é comum ver muitas recolhendo resíduos nos subúrbios de Harare. No mercado de Mbare Musika, na capital, compradores de plástico disseram à IPS que negociam com cerca de 200 coletores por dia. Este mercado é o maior da cidade e tem uma área organizada para os compradores de materiais recicláveis. Além disso, a Mukundi Plastics, uma empresa de embalagens e reciclagem localizada na área industrial de Harare, disse receber entregas de aproximadamente cem pessoas diariamente.
A reutilização é importante para o país. segundo a Autoridade de Manejo Ambiental, o Zimbábue está ficando sem locais para depositar o lixo. Além disso, o Journal of Sustainable Development in África 2011 indica que os domicílios do país geram 2,7 quilos de lixo sólido por dia, dos quais 47% é biodegradável. Frequentemente as autoridades recorrem à queima de lixo como maneira de eliminá-lo, mas esta prática é considerada nociva para o meio ambiente. O reaproveitamento de resíduos é uma boa maneira de combater isto.
“Quando começamos, fazíamos isto apenas por dinheiro, e me perguntava por que as pessoas tinham interesse em comprar garrafa de plástico e caixas de papelão, até que nos disseram o que acontecia com o plástico que compravam da gente”, contou Chikowero. É reciclado por empresas locais e internacionais, para a fabricação de garrafas de refrigerantes e caixas para cereais.
Chikowero tampouco se dera conta de que, ao incentivar as trabalhadoras domésticas que lhe entregavam o lixo a separarem o plástico do papel, estava ajudando o Zimbábue a mitigar a mudança climática. Atualmente, Chikowero recolhe plástico de 50 blocos de prédios residenciais no centro de Harare e nas áreas periféricas de Eastlea.
Por exemplo, as empregadas Idah Ndadziyira e Tatenda Munjona, que trabalham nos edifícios St. Tropez Flats de Eastlea, disseram à IPS que por ali passam regularmente outros três coletores de plástico. E também que eles, como Chikowero, as ensinaram sobre o aquecimento global e a importância da reciclagem. Chikowero conseguiu que uma em cada três casas do subúrbio de Eastlea recicle seus plásticos, e outras famílias começam a seguir seu exemplo. “Agora é um modo de vida”, afirmou.
Inclusive o coordenador do Comitê Nacional de Mudança Climática, Toddy Ngara, reconheceu os esforços dos coletores de resíduos como Chikowero. “Seu trabalho é louvável, nos ajudam muito a limpar nossas cidades e também agora ajudam a limpar o meio ambiente com sua contribuição para a indústria da reciclagem”, afirmou Ngara à IPS.
O comitê intergovernamental de adaptação à mudança climática prometeu consultá-los e usá-los como embaixadores no desenvolvimento de uma estratégia nacional sobre este fenômeno. O diretor de Meio Ambiente no Ministério do Meio Ambiente, Irvin Kunene, declarou, no começo de maio em Harare, que todos os atores, incluídos os coletores de resíduos, seriam consultados na hora de elaborar essa política. E isto fez com que Chikowero esteja orgulhoso de seu trabalho. “Agora já não sinto vergonha”, disse à IPS. Envolverde/IPS
* Este artigo é parte de uma série apoiada pela Aliança Clima e Desenvolvimento (CDKN).
(IPS) 

sábado, 11 de agosto de 2012

Reciclagem à base de troca na capital mexicana

por Emilio Godoy, da IPS

Cultivadores Reciclagem à base de troca na capital mexicana
Produtores, como Jorge Godoy (à direita), vendem sua produção de vegetais no Bosque de Chapultepec. Foto: Emilio Godoy/IPS
Cidade do México, México, 8/8/2012 – Isabel Becerril foi com alguns amigos ao Mercado de Troca da capital mexicana para trocar 40 quilos de resíduos recicláveis por verduras, doces e plantas. “É a primeira vez que venho, e gostei”, disse à IPS esta estudante, com uma sacola ecológica na mão. Deste modo, “é incentivada a separação do lixo”, observou Becerril, de 20 anos, que cursa desenho gráfico na Universidade Autônoma Metropolitana.
O Mercado de Troca, que desde março acontece no primeiro domingo de cada mês no Bosque de Chapultepec, na zona oeste da Cidade do México e que é sua maior fonte de oxigênio, é uma nova ideia forjada entre grupos de fornecedores e o Ministério do Meio Ambiente (SMA) do governo distrital. Provenientes das demarcações territoriais de Milpa Alta, Xochimilco, Cuajimalpa, Tlàhuac e de municípios vizinhos do Estado do México, os agricultores oferecem tomate, batata, alface e limão, entre outros alimentos, em troca de papel, papelão, vidro, alumínio, garrafas PET e aparelhos eletrônicos.
O mecanismo é simples. Em uma grande tenda branca, funcionários da SMA e voluntários recebem os dejetos dos consumidores em 20 mesas, pesam e entregam uma papeleta para que possam ir a uma das barracas onde recebem bilhetes de plástico, que representam os pontos obtidos. Com esse dinheiro virtual no bolso, os consumidores passam para a área de venda, onde adquirem as mercadorias em troca desses pontos. Por exemplo, um quilo de PET equivale a 24 pontos, um quilo de alumínio a 16 pontos, um quilo de papelão ou vidro a três pontos. As equivalências das verduras são semelhantes, pois com 20 unidades pode-se comprar meio quilo de tomate ou batata.
O projeto “é um sucesso para os produtores”, afirma Erick Izquierdo, da Cooperativa Terra Nova, fundada em 2011 para assessorar os produtores em boas práticas agroecológicas. “A intenção é que as pessoas conheçam os camponeses, vejam o que produzem e valorizem seu trabalho”, afirmou à IPS. Em Xochimilco, uma das 16 divisões administrativas da capital mexicana, Izquierdo cria coelhos e codornas e cultiva ameixa, abacate e alface.
No México, a reciclagem ainda é uma questão menor. Das mais de 40 milhões de toneladas de lixo geradas anualmente no país, apenas 15% são recicladas, enquanto, particularmente na capital, que gera 13 mil toneladas de lixo sólido por dia, essa taxa é de 12%. Os produtores participantes asseguram a distribuição de suas mercadorias e uma renda adequada, desembolsada pelo SMA. O setor de reciclados também se beneficia, pois o material coletado é levado a uma empresa que o processa e o deixa pronto para uso industrial.
A Lei de Resíduos Sólidos do Distrito Federal da Cidade do México, de 2003, estabelece a separação obrigatória dos lixos orgânico e inorgânico, para seu manejo e reciclagem. O projeto foi um sucesso desde sua concepção, pois mais de 20 mil pessoas visitaram o Mercado, com um intercâmbio superior a 70 toneladas de resíduos para mais de 41 toneladas de frutas, vegetais, lácteos e plantas, segundo o SMA.
Jorge Godoy, assíduo frequentador do lugar desde seu começo e que cultiva alface, batata e salsinha, vendeu no dia 5 toda sua carga de mais de cem quilos. “Foi uma boa venda, é um dinheiro que me ajuda bastante”, disse à IPS este agricultor de 27 anos, que trabalha em um terreno de um hectare no povoado de San Gregorio Atlapulco, em Xochimilco.
Os preparativos começam no dia anterior à troca, com pesagem e transporte dos produtos. Às seis horas da manhã do primeiro domingo de cada mês os produtores começam a se instalar no Bosque de Chapultepec, o maior da América Latina com seus 686 hectares e que significa “morro do chapulín” (grilo) em língua náhuatl. As operações começam às oito da manhã e duram enquanto houver produtos. Entre uma feira e outra, os vendedores se preparam para ter oferta disponível para a seguinte, além de colocarem frutas, verduras e vegetais em outros mercados.
Desde a abertura do Mercado de Troca, se forma uma longa fila de pessoas com seus materiais. O trabalho nas mesas é frenético, um ritmo que pouco se altera na área de venda de produtos. Na entrada, um cartaz lembra: “Não jogue fora o que ainda tem valor, melhor trocar”. Nos depósitos do material já separado, outro grupo trabalha para encher os caminhões de transporte.
A enfermeira aposentada Lourdes García madrugou para entregar seu lote de vidro e PET. “É a primeira vez que venho, ouvi sobre o Mercado quando começou, e passei a juntar o lixo e agora decidi vir”, contou à IPS esta mulher de 60 anos, que optou por adquirir plantas ornamentais. Como não pode crescer indefinidamente, o Mercado enfrenta a questão de como ampliar sua operação. “Chegamos a um limite, e o passo seguinte seria fazê-lo itinerante ou replicar em outros locais”, opinou Izaquierdo. No México há mais de 20 mercados ambulantes e de bens orgânicos, uma modalidade em expansão.
Os produtores e o SMA negociam para criar o Cartão Pró-Verde, com o qual obteriam descontos na aquisição de equipamentos agrícolas ou peças de reposição. Uma alternativa se baseia na possibilidade de o governo da capital certificar os agricultores orgânicos, para reconhecer suas práticas agroecológicas. Isabel Becerril ficou com vontade de retornar ao Mercado de Troca. “É uma boa ideia, porque gera benefícios para o consumidor e o produtor”, ressaltou. Envolverde/IPS
(IPS)

Pesquisadores da USP desenvolvem biofiltro para lixões

Para impedir o descarte de gases provenientes de aterros sanitários no meio ambiente, pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP desenvolveram um sistema de biofiltros, capaz de oxidar e consumir o gás metano - um dos vilões dos efeito estufa. Além disso, o aparelho é capaz de medir a quantidade de metano oxidado, possibilitando a venda de créditos de carbono.


biofiltro.jpg
O biofiltro é composto por colônias de bactérias comuns em solos com matéria orgânica
Fotos: Reprodução/USP
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o lixo descartado em aterros sanitários emite metano (CH4) e gás carbônico (CO2), gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. Para impedir o descarte desses gases no meio ambiente, pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP, desenvolveram um sistema de biofiltros capaz de oxidar e consumir o gás metano. Além disso, a cobertura pode ser acoplada a um aparelho que mede a quantidade de metano oxidado, possibilitando a venda de créditos de carbono.
O professor Fernando Marinho aponta que apenas 30% dos municípios brasileiros descartam seu lixo em aterros sanitários
A capacidade do biofiltro vem da colônia de bactérias presente no aparelho, bastante comum em solos com matéria orgânica. Quando essa colônia se desenvolve ela se torna eficiente no consumo do metano.
"A cobertura metanotrófica (que oxida o metano) é formada por um solo onde se acrescenta matéria orgânica com o objetivo de inocular a bactéria. Assim, as bactérias oxidam o metano, gerando gás carbônico e água", destacou o professor da Poli, Fernando Marinho, que coordena a pesquisa. "O ideal é que a camada do biofiltro fique acima da cobertura final do aterro sanitário ou de qualquer cobertura projetada, mesmo que em lixões."
De acordo com o coordenador, as instalações de aterros sanitários minimizam emissões nocivas, no entanto, como o lixo é um material muito compressível, ele acaba se movimentado, o que forma trincas nas coberturas por onde os gases escapam. A opção já existente de capturar o gás de lixo (biogás) e queimá-lo para transformá-lo em energia reduz a poluição atmosférica, mas não é tão interessante em termos econômicos, segundo Marinho.
Já o novo sistema pode ser adotado em qualquer local em que haja deposição de resíduo sólido urbano e onde se tenha interesse de projetar uma cobertura com custos menores, compensados pelo ganho ambiental.
Fase de testes
medidor.jpg
Medidor de biogás integrado ao biofiltro
O sistema de biofiltros já está em fase de teste no aterro sanitário Delta 1, em Campinas. Segundo Marinho, o sistema é periodicamente monitorado, medindo-se parâmetros tais como: temperatura, umidade do solo, pressão da água, concentrações dos gases ao longo do biofiltro, além de outros. "As medições de concentrações são feitas entre pontos do aterro cuja diferença indica o quanto foi oxidado, ou seja, deixou de sair para a atmosfera", explicou.
O objetivo das medições é criar um procedimento que possa ser usado no cálculo dos créditos de carbono (valores pagos a projetos que reduzem as emissões do efeito estufa). "Capturar o metano que iria escapar sem controle pelo sistema de cobertura é o objetivo, pois o cálculo de queima já é feito em alguns aterros no Brasil", apontou Marinho. "No entanto, não existe nenhuma quantificação dos processos de oxidação na cobertura".
O estudo tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), participação do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e colaboração da prefeitura da cidade de Campinas (interior de São Paulo).
Assista o vídeo de apresentação: 
Com informações da Agência USP de Notícias

Coleta de lixo tóxico ainda é desafio para o Brasil

O descarte de lixo passível de liberar substâncias tóxicas ainda é um problema para o país, apesar de já haver legislação regulamentando o assunto. De acordo com a Lei n°12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os fabricantes, importadores e revendedores de produtos que podem causar contaminação devem recolhê-los. 
Mas dois anos após a regra estar em vigor, os cidadãos dispõem de poucos locais adequados para jogar fora pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes e embalagens de óleo lubrificante e de agrotóxicos.
A lei recomenda que haja acordos setoriais e termos de compromisso entre empresários e o Poder Público para implantar o sistema de devolução ao fabricante no país, prática conhecida como logística reversa. O primeiro passo nesse sentido foi dado apenas no final do ano passado. Em novembro de 2011, o Ministério do Meio Ambiente publicou edital de chamamento para propostas referentes ao descarte de embalagens de óleo. No início deste mês, o órgão lançou mais dois editais: um diz respeito a lâmpadas fluorescentes e o outro a embalagens em geral. 
No caso das embalagens de óleo, as sugestões continuam sendo debatidas. Quanto aos outros dois editais, segue o prazo de 120 dias para que entidades representativas, fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores enviem propostas à pasta.
Enquanto não há um sistema estruturado para destinação de resíduos perigosos, os consumidores continuam fazendo o descarte junto com o lixo comum ou são obrigados a recorrer a iniciativas pontuais de organizações não governamentais (ONGs) e empresas para fazer a coisa certa.
“Alguns pontos comerciais se preocupam em fazer pequenos ecopontos para receber pilhas e baterias, mas é muito diminuto”, avalia João Zianesi Netto, vice-presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). De acordo com Netto, houve um movimento da própria indústria no sentido de fazer o recolhimento antes de haver legislação específica, pois a maior parte dos produtos é reaproveitável e tem valor agregado. Mas, na opinião dele, a informação sobre como realizar a devolução não é satisfatoriamente repassada às pessoas. “Eu não estou vendo que estejam procurando instruir o cidadão”, avalia.
A pesquisadora em meio ambiente Elaine Nolasco, professora da Universidade de Brasília (UnB), diz que as atitudes de logística reversa no Brasil são dispersas. “Está dependendo de algumas localidades. Geralmente são ONGs e cooperativas que têm esse tipo de iniciativa. Em alguns casos há participação do Poder Público, como no Projeto Cata-Treco, em Goiânia”, exemplifica ela, referindo-se a um programa da prefeitura daquela cidade em parceria com catadores de lixo.
O governo do Distrito Federal também instituiu um sistema para recolhimento de lixo com componentes perigosos. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) disponibiliza 13 pontos para entrega de pilhas e baterias, espalhados por várias regiões administrativas do DF. A relação de endereços está disponível na página do órgão na internet.
Elaine Nolasco lembra que o risco trazido pelo descarte inadequado de pilhas, baterias e lâmpadas está relacionado aos metais pesados presentes na composição desses produtos – desde lítio até mercúrio. “Pode haver contaminação do solo e do lençol freático”, diz.
A Lei n° 12.305 estabelece, de forma genérica, que quem infringir as regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos pode ser punido nos termos da Lei n° 9.605/1998, também conhecida como Lei de Crimes Ambientais. Assim, elas podem ser denunciadas às delegacias de meio ambiente das cidades ou ao Ministério Público. (Fonte: Mariana Branco/ Agência Brasil)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Programação Semanal da Limpeza Pública



Juazeiro do Norte pode ter que pagar R$ 1 milhão por falta de segurança em lixão


O município de Juazeiro do Norte pode ter que pagar a indenização de R$ 1 milhão por danos morais coletivos. Isso porque, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT/CE), a cidade está descumprindo um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que previa a adoção de medidas de segurança no lixão do município.
Na última quarta-feira (25), o órgão ingressou junto à Justiça do Trabalho com uma Ação Civil Pública em face do município de Juazeiro do Norte e o seu atual gestor, Manoel Raimundo de Santana Neto, alegando a irregularidade no lixão local.
No Termo assinado em 2008 a cidade comprometeu-se a “manter vigilância 24 horas proibindo o acesso de crianças e adolescentes ao depósito de lixo, mantendo-o devidamente cercada, envidando esforços para a construção de aterro sanitário no aterro sanitário do Município, afixando placas com mensagens de proibição e indicação dos dispositivos legais aplicáveis”.
Conforme ação do MPT, tal medida jamais foi atendida. Para embasar o processo, o órgão alega que no dia 25 de abril de 2012 o adolescente Jordan Monteiro da Silva, que trabalhava como catador de lixo naquele local, caiu ao tentar subir no caminhão que chegava ao aterro. O jovem teve a cabeça atingida por um dos pneus traseiros do veículo e faleceu.

Caso o município não atenda imediatamente os pedidos do MPT, a cidade, além da indenização de R$ 1 milhão, pode ter que pagar uma multa diária de R$ 10 mil. O valor será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

*COMENTÁRIO DO BLOG:Em Campos já ocorreu essa cena no aterro controlado da Codin, que tinha cerca,portaria 24 h e proibia a entrada de animais.Alguns catadores morreram em acidente com o caminhão do lixo.
O aterro foi fechado em 16 de junho de 2012.

Diário do Nordeste Online | 22h07m | 27.07.2012

Contra bitucas de cigarro, Paris instala 'cinzeiros' em latas de lixo

Cidade testa nova tática para impedir acúmulo de lixo produzido por fumantes nas ruas e calçadas
The New York Times |
Desde que a França proibiu o fumo em locais públicos, há mais de quatro anos, os moradores de Paris não se acanham de jogar suas bitucas de cigarros nas ruas e sarjetas, incapacitando a cidade de manter as vias públicas limpas.
 Basta passear por algumas regiões da cidade numa manhã de sábado ou domingo para se sentir dentro de um cinzeiro.
Agora a cidade está tentando adotar uma nova tática, na esperança de aliviar o problema: colocar cinzeiros sobre as lixeiras públicas, nas quais os fumantes podem apagar e jogar fora seus cigarros.

NYT
Homem apaga cigarro em 'cinzeiro' instalado em lata de lixo de Paris, capital da França (10/07)

Mas, sem muita publicidade, esta ação pode fracassar em uma cidade de vida noturna vibrante, onde mais de 30% da população ainda fuma, incluindo quase um terço de jovens de 17 anos. E até mesmo uma campanha pública enfrentaria grandes obstáculos: as autoridades já aumentaram os impostos sobre os cigarros e proibiram a maioria das propagandas de tabaco, mas fumar ainda não perdeu seu apelo na cidade.
"O fato de que o tabagismo ainda é visto como algo positivo impede qualquer medida destinada a mudar os hábitos dos fumantes", disse Celine Fournier, porta-voz da organização Direitos dos Não Fumantes.
De acordo com Damien Steffan, porta-voz do Conselho da Cidade de Paris, os parisienses produzem cerca de 350 toneladas de resíduos de cigarro por ano, e grande parte deste lixo é jogado nas calçadas ou gramados da cidade.
Stephanie Asplanato, 24, é um exemplo típico. Ela estava fumando recentemente diante da BHV, uma loja de departamento no centro de Paris.
"Jogo minhas bitucas no chão", confessou, depois de jogar o cigarro na calçada. "Não tenho orgulho disso, mas o que devo fazer com elas?"
Como resposta ao problema de pessoas como Stephanie, a prefeitura pretende instalar 10 mil pequenos cinzeiros chamados eteignoirs, ou "apagadores" em um terço das 30 mil latas de lixo públicas até o fim do ano. As outras receberão o apetrecho posteriormente.
"O objetivo é fazer com que as pessoas entendam que, assim como fezes de cachorro, bitucas de cigarro também são lixo e não devem ser jogadas no chão", disse François Dagnaud, vice-prefeito encarregado da limpeza e gestão de resíduos da cidade. "A dificuldade para nós é conseguir mudar a maneira como as pessoas enxergam uma bituca de cigarro", disse Dagnaud.
A educação é a solução, disse ele , não a multa. Por lei, qualquer pessoa que joga lixo no chão está sujeita a uma multa de 35 euros, ou cerca de US$ 43, mas isso raramente acontece. “Multar fumantes negligentes 'não é uma prioridade'", disse Dagnaud. "Não podemos colocar um policial atrás de cada fumante.”
O programa se encaixa bem com alguns dos outros movimentos ambientalmente conscientes do atual prefeito socialista, Bertrand Delanoe, que tomou medidas para reduzir o tráfego de automóveis, criou corredores de ônibus e introduziu o sistema de compartilhamento de bicicletas de Paris conhecido como Velib.
Mas Fournier, a inimiga do fumo, acredita que este tipo de abordagem sutil não irá funcionar. As autoridades "precisam agir", disse ela, acrescentando que duvida que a iniciativa "simbólica" seja suficiente para tirar as bitucas de cigarro das ruas.
Madeleine Nakaa, 70, disse que duvida que os fumantes irão se esforçar para caminhar até uma das latas de lixo, que são instaladas em Paris, em média, a 100 metros de distância entre elas. "Os fumantes não se preocupam muito com esta questão", disse.
Mesmo que os parisienses estejam descrentes, alguns visitantes acreditam que as pessoas são capazes de mudar. Doriane Cotter-Lockard, 46, da Califórnia, foi para Paris algumas vezes e sugeriu que a cidade iria mudar em seu próprio ritmo. "Já estou surpresa de as pessoas terem parado de fumar dentro dos restaurantes", disse.
Talvez com o tempo os parisienses comecem a jogar suas bitucas de cigarro com mais responsabilidade. Mas primeiro os fumantes teriam que entender o propósito dos pequenos cinzeiros. Com um diâmetro de 6 centímetros, eles não chamam muito a atenção. Dagnaud está contando principalmente com a divulgação através jornais e boca a boca, pois não há previsão de nenhuma campanha de conscientização oficial.
Houve uma tentativa anterior de implementar um programa parecido. Em vez de um círculo de resina, o cinzeiro era uma peça de aço inoxidável com furos onde os fumantes apagavam seus cigarros antes de jogar as bitucas dentro do saco de lixo de plástico resistente ao fogo abaixo. Mas os cinzeiros logo foram roubados para serem vendidos por seu material. O programa Velib, lançado em 2007, teve problemas semelhantes com vandalismo e roubo.
Até agora, os novos cinzeiros não causaram muito impacto. Sarah Pignier, 30, uma artista, foi tomar cerveja com os amigos no terraço de um café. Será que os cinzeiros iriam funcionar nessa situação? "Eles deveriam colocar cinzeiros ao redor dos bares e não em latas de lixo, porque é nos bares que fumamos", disse.
Em outro bar, no bairro de Marais, homens estavam fumando a menos de um metro de uma lata de lixo com um cinzeiro. Nenhum deles percebeu que lá havia um cinzeiro e a calçada em frente ao bar estava cheia de bitucas.
Quando informados sobre o dispositivo, eles pareceram decepcionados.
"É isso aí?", perguntou um deles.
Olivier Jablonski, 48, declarou que este "pedaço de borracha" era simplesmente feio demais.
Ele sacudiu a cabeça com desdém: "Afinal das contas, estamos em Paris!"
Por Elvire Camus
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/2012-07-24/contra-bitucas-de-cigarro-paris-instala-cinzeiros-em-latas-de-lixo.html


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Recomeçou o trabalho de mutirão de limpeza nos bairros


Por Telmo Filho

A doméstica Maria das Graças Costa, 62, afirma fazer a parte dela quando o assunto não é despejar lixo na via Foto: Check

Teve início nesta terça-feira (07), o mutirão de limpeza em diversos bairros e distritos do município. Cerca de 60 homens estão nos Parques Turfe Clube, Tarcísio Miranda e Alphaville realizando os serviços de capina, retirada de terra e areia das vias, roçada de vegetação, limpeza de bueiros, pintura de meio-fios e postes e remoção de lixos e entulhos lançados em via pública.

Para o aposentado José Carlos Ribeiro, 65 anos, o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos é bastante válido. “É sempre muito bom a Prefeitura de Campos estar sempre realizando esse mutirão, mas a população tem que ser mais consciente e manter as ruas sempre limpas, evitando a proliferação de mosquitos e ratos”, comentou.

A doméstica Maria das Graças Costa, 62, afirma fazer a parte dela quando o assunto não é despejar lixo na via. “Não adianta o poder público fazer a parte dele e a população não contribuir”, falou.

O mutirão prossegue até sexta-feira (10) nos Parques Tarcísio Miranda, Fazenda Grande, Fazendinha, João Seixas, Alphaville, Turfe Clube, na Grande Travessão, em Guarus, Baixada Campista, no Farol de São Thomé e no Conjunto Habitacional do Morar Feliz do Parque Esplanada.

Postado por: Álvaro Sardinha - 07/08/2012 12:34:00

*Fonte: Site da PMCG