domingo, 24 de janeiro de 2016




Como todos os municípios brasileiros, as cidades produtoras de petróleo, entre elas as do Estado do Rio vivem uma crise mais acentuada. Só para que o leitor tenha noção, o barril de petróleo que há um ano custava US$ 115, no dia de hoje custa pouco mais de US$ 27. A situação em algumas cidades é dramática. Cabo Frio, por exemplo, além de salários atrasados não consegue retirar o lixo das praias, isso para uma cidade turística é mortal. Outros municípios estão parcelando salários e negociando o 13º em prestações. Infelizmente não há a curto prazo nenhuma solução à vista. As commodities minerais como petróleo, ferro, níquel, entre outras, vão amargar um longo período de preços baixos. Os municípios precisam refazer suas contas, enxugar suas folhas e seu custeio para poder sobreviver.

No caso dos municípios produtores de petróleo do Rio vive-se simultaneamente três crises. A queda dos repasses federais, a falência do governo estadual e a crise do petróleo. É necessário um olhar especial para essa região por parte do governo federal pois a tendência é de agravamento da situação. Em algumas cidades pode levar a crises institucionais. Em Macaé, por exemplo, na esteira da crise da Petrobras, o setor petroleiro já demitiu 18 mil trabalhadores, e o anúncio de novos cortes nos investimentos anunciado pela estatal vai piorar a situação. Algumas cidades no entorno de Macaé estão na penúria, especialmente Rio das Ostras, cuja população economicamente ativa vive em função da indústria do petróleo, e já tem desemprego na casa de 19%, mais que o dobro da média nacional.

Algo precisa ser feito. Não dá para fechar os olhos como se nada estivesse acontecendo. E o pior é que as soluções não estão ao alcance dos administradores locais, que não podem interferir no preço do barril de petróleo, nem na política econômica do governo federal, nem na desastrada gestão estadual. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

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