sábado, 8 de agosto de 2015

quinta-feira, agosto 06, 2015


Prumo anuncia entrada de grupo alemão (US$ 200 milhões) para operar terminal de transbordo de óleo no Porto do Açu

Segundo release enviado há pouco ao blog, a Prumo Logística, empresa controlada pelo fundo americano EIG Global Energy Partners, assinou contrato com a Oiltanking para a venda de 20% de sua subsidiária que será responsável pelo desenvolvimento do Terminal de Petróleo (TOIL) do Porto do Açu por US$ 200 milhões.

A Oiltanking gerenciará as operações de transbordo que serão realizadas no terminal. O TOIL tem capacidade para movimentar até 1,2 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) e está preparado para receber os maiores navios utilizados para transporte de petróleo (VLCCs).

O TOIL está instalado no Terminal 1 (T1) e irá usar a infraestrutura já existente e utilizada pelo terminal de minério de ferro – já em operação. A operação do TOIL está prevista para agosto de 2016 com o transbordo de 200 mil barris de petróleo por dia produzidos pela BG nos campos do pré-sal. O contrato, que foi assinado com a petroleira no início de junho por 20 anos, prevê ainda a possibilidade de expansão para 320 mil barris por dia.
Terminal 1 do Porto do Açu

O TOIL irá dividir a infraestrutura com o terminal de minério de ferro do Porto do Açu, que começou a operar em 2014. Este investimento já existente, aliado ao licenciamento atual do terminal, proporcionam ao TOIL a vantagem de ser um empreendimento com desenvolvimento avançado.

Segundo a Assessoria de Imprensa da Prumo, na operação "ship to ship" (de navio para navio) no Porto do Açu, o óleo será transportado de navios aliviadores para navios convencionais, reduzindo o frete de exportação do petróleo brasileiro em até 60%.


A operação é realizada em área abrigada e cercada por barreiras de contenção, o que a torna mais segura e estável, possibilitando sua realização durante todo o ano. A realização do transbordo de forma segura e eficiente é indispensável para o pré-sal, em que o desafio de operar em águas profundas cria a necessidade de utilizar navios DPSTs com tecnologia mais avançada do que os navios tradicionais.

Além da operação de transbordo, há plano para que o TOIL do Porto do Açu também ofereça uma variedade de serviços, como armazenamento, blending, tratamento de óleo e outras atividades.

A Oiltanking é uma subsidiaria da Marquard & Bahls, empresa familiar sediada em Hamburg que atua nos segmentos de abastecimento de energia, trading e logística. Oiltanking é a segunda maior empresa independente no mundo de armazenagem de derivados de petróleo, produtos químicos e gases.

A empresa detém e opera 73 terminais em 22 países na Europa, Américas do Sul e do Norte, Oriente Médio, África, Índia e Ásia. A Oiltanking tem uma capacidade de armazenagem de 19,4 milhões m³ (122 milhões de barris).

A Oiltanking está no Brasil desde 2008, através de sua subsidiária, Oiltanking Terminais, oferecendo serviços para o setor de distribuição de combustíveis além de oferecer serviços de armazenagem para outros líquidos a partir do seu terminal em Vitoria, Espirito Santo.

O TOIL, que começa a operar em um ano, em agosto de 2016, com capacidade para movimentar 1,2 milhão de barris/dia. Recentemente, a empresa assinou contrato para transbordo de petróleo com a BG por 20 anos, com volume médio de 200 mil barris por dia. O T1 também conta com projeto de armazenamento de petróleo e outros serviços de petróleo em terra.

PS.: Atualizado às 11:54:

Comentário do blog
A atividade de transbordo de petróleo navio-para-navio (ship to ship) é uma atividade que traz sérios riscos ambientais, mesmo com o uso das barreiras de contenção e outras medidas de prevenção e ou contingência. 

No ERJ hoje uma parte deste transbordo é feito em Angra dos Reis, onde alguns acidentes já ocorreram. Com o aumento da produção, seja no pré-sal da Bacia de Santos, como das outras bacias esta atividade passou a ser demandada, não apenas pela Petrobras, mas pelas outras petroleiras estrangeiras que operam no litoral brasileiro

Por outro lado ela gera receita de ISS para o município, além de propiciar ganhos com o custo do frete final do transporte de petróleo porque permite a transferência do petróleo produzido no litoral para navios petroleiros de maior porte cujo valores de fretes são menores, especialmente, no transporte a grandes distâncias. 

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