segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sinais de engarrafamento no pico do Everest


  • Sessenta anos depois da conquista do cume, hoje centenas de pessoas chegam ao topo da montanha diariamente.
  • Fila para chegar ao cume e acúmulo de lixo é motivo de reclamação entre alpinistas.


  • O GLOBO (EMAIL)
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Fila de escaladores na Montanha do Everest
Foto: The Guardian / Ralf Dujmovits

    Fila de escaladores na Montanha do Everest The Guardian / Ralf Dujmovits
    Seis décadas depois da primeira conquista, a Montanha do Everest dá sinais de engarrafamento para alpinistas. Em maio de 1953, Edmund Hillary e Tenzing Norgay atingiram sozinhos o pico mais alto do mundo. Hoje, o mesmo ponto não é nada deserto, mostrou a BBC.
    Graças ao avanço dos equipamentos de montanhismo e aos incansáveis guias da população Sherpa, do Nepal, mais escaladores do que nunca estão alcançando o pico do Everest, um marco que se pensava impossível de superar.
    De acordo com a National Geographic, em 1990, 18% das tentativas de se atingir o pico eram bem sucedidas. Em 2012, este índice subiu para 56%. Mas isto tem um preço. Críticos dizem que o pico se tornou congestionado como uma autoestrada de cinco pistas durante um feriado.
    Num único dia em 2012, nada menos do que 234 escaladores atingiram o pico. Por outro lado, em 1983, as subidas bem sucedidas num dia eram oito, e uma década depois, subiu para 40.
    Este ano, houve escaladores reclamando da espera de duas horas e meia em pontos de estrangulamento em seu caminho até o cume. A fotografia do alemão alpinista Ralf Dujmovits - que mostrou filas enormes em 2012 - foi o gatilho para o debate sobre se a procissão está arruinando o prazer da subida.
    Os ocidentais pagam entre dez a cem mil dólares de autorização para escalar a montanha com guias, e uma indústria turística considerável surgiu ao redor da base - trazendo reclamações sobre lixo e falta de saneamento a quilômetros de distância.


     

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