segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Como ter plantas em casa - e cuidar bem delas

A ciência comprovou o que muita gente já sabia: quem tem plantas por perto é mais feliz. Veja como escolher a melhor para a sua casa - e tratar dela do jeito certo

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Thaís Harari - Edição: Bruno Garattoni
Superinteressante - 09/2014
Divulgação


1. ESCOLHA A ESPÉCIE
Para quem tem varanda: Samambaia e pitangueira
Onde colocar - Num ponto em que recebam raios solares apenas pela manhã.
Quando regar - Em dias alternados.

Para quem não tem tempo de cuidar: Cactos e Suculentas
Onde colocar
 - Onde peguem sol direto. Também aceitam luz indireta (se o local for claro).
Quando regar - 1 vez por semana (com sol direto), ou a cada 15 dias (com luz indireta).

Para quem gosta de flores: Rosas e Frésias

Onde colocar - Num lugar bem iluminado. Não precisam de exposição direta ao sol.
Quando regar - Em dias alternados.

Para quem gosta de cozinhar: Manjericão e Hortelã
Onde colocar - Num lugar em que recebam sol direto o dia todo. Podem ser plantados no mesmo vaso.
Quando regar - Em dias alternados.

2. MOLHE DO JEITO CERTO
Tome cuidado para não regar demais. Nunca deixe o solo encharcado, com água boiando sobre a terra, pois isso pode apodrecer as raízes. Molhe também as folhas.

Não se lembra se regou a planta ou não? Enfie seu dedo na terra. Se o solo estiver seco, é hora de colocar água.

Em geral, as plantas devem ser molhadas de manhã. As exceções são os cactos, que preferem água à noite, e plantas que pegam sol direto (é melhor regá-las no fim do dia, pois isso evita que a água evapore).

3. ESCOLHA O VASO IDEAL
Os vasos de barro são melhores que os de plástico, pois são mais úmidos. Se as raízes começarem a se emaranhar, ou sair pelo fundo do vaso, é sinal de que ele ficou pequeno - e é hora de trocá-lo por um maior.

4. FAÇA A MANUTENÇÃO
Ponha adubo - A cada seis meses, é bom trocar a terra do vaso (que estará pobre em nutrientes) e pôr adubo. Retire dois dedos de terra, coloque uma camada fina de adubo e regue.

Faça a limpeza - As plantas sofrem com a poluição. Uma vez a cada seis meses, pelo menos, limpe a sujeira acumulada nas folhas usando água e os dedos.

Tire os excessos - Remova os galhos e as folhas secas. Não corte rente demais (deixe 1 cm do galho morto). Não se preocupe em podar. Só é necessário em casos específicos, como o do bambu.

5. COMBATA AS PRAGAS
Pulgões e cochonilhas são as mais comuns. Às vezes a planta já vem infestada. Mas você também pode trazer a praga na roupa, após uma ida ao parque. Os sintomas são manchas escuras no caule. Em alguns casos, dá para ver os bichinhos espalhados pela planta.

Usando uma luva, tente tirar os insetos com a mão. Não conseguiu catar todos? Faça chá de fumo de tabaco: um punhado de fumo para 1 litro de água. Aplique a cada dois dias, com um borrifador, até matar a praga.

Outra opção é o óleo de neem, um produto natural encontrado em lojas de jardinagem. A vantagem é que já vem pronto para uso.

6. GANHOU UM BUQUÊ? FAÇA-O DURAR MAIS
Antes de colocá-lo num vaso, corte a ponta dos caules na diagonal - isso aumentará a área de absorção de água.
______________

Fontes: Raul Cânovas, paisagista (www.jardimcor.com); Ricardo Rosário, professor de ciências biológicas do Mackenzie; Keep Your Houseplants Alive: A No Nonsense Guide To Keeping 27 Awesome Indoor Plants Alive & Kickin, Nell Foster; Container Gardening for Beginners: Grow Healthy, Sustainable Plants Indoors, Martha Johnston.

Monumento a Zumbi dos Palmares, no Rio de Janeiro
Monumento a Zumbi dos Palmares, no Rio de Janeiro


Hoje, Dia da Consciência Negra, quando se homenageia Zumbi dos Palmares, como sempre a imprensa repercute o avanço da luta contra o preconceito racial, a realidade dos negros brasileiros. É uma pena que ninguém fale que fui eu o pioneiro no Brasil na instituição da política de cotas raciais nas universidades. Em 2001 criei a política de cotas para a UERJ e UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense). Aliás, aproveito para homenagear todos aqueles que lutam contra o preconceito, e saúdo o nosso companheiro Nayt Júnior, coordenador do Movimento Negro do PR - RJ.



Reprodução da Folha de S. Paulo
Reprodução da Folha de S. Paulo

domingo, 23 de novembro de 2014

Empresa comercializa bike equipada com carrinho de bebê

Empresa comercializa bike equipada com carrinho de bebê
Outubro de 2014 • 


Um carrinho de bebê, que também funciona como bicicleta. Esta é a criação da Taga Bikes, uma empresa formada por integrantes de diversos países. A proposta foi idealizada após quatro anos de estudo e agora já está disponível comercialmente.
De acordo com os fundadores da empresa, o modelo foi projeto após análises universais. Mesmo assim, o fator que mais influenciou a criação foi a cultura holandesa, em que as bicicletas são itens comuns à maior parte da população.

Os idealizadores então pensaram em uma maneira de unir a forma do carrinho à utilidade da bicicleta. O resultado foi o Taga, que oferece praticidade, conforto e segurança, tanto aos pais, como aos filhos. De maneira direta, a invenção é um carrinho para bebês com uma bicicleta embutida.
Enquanto os carrinhos tradicionais possuem quatro rodas pequenas, o Taga é equipado com três rodas de aro médio. Quando a bicicleta está em uso, o “pedalante” vai atrás do carrinho, assim a criança tem a mesma visão da paisagem que o adulto. Ele possui os mesmo sistemas de uma bicicleta simples comum, com freios instalados no empurrador do carrinho. A companhia garante que o Taga passa por testes de segurança e qualidade superiores aos feitos nas bicicletas que são comercializadas em EUA, Europa e Austrália.
Quando a bicicleta está fora de uso, o Taga diminui de tamanho, com a roda traseira, utilizada na bicicleta, passando a ficar à frente, perto dos pés do bebê. O tamanho é reduzido e ele pode ser empurrado normalmente, como qualquer carrinho tradicional.

A mudança do formato bicicleta para o que é exclusivamente carrinho leva apenas 20 segundos. Além de permitir uma interação diferente entre pais e filhos, o Taga também facilita o transporte e possibilita que os pais pratiquem uma atividade física ao mesmo tempo em que passam tempo com seus filhos.

Outro diferencial que merece destaque neste modelo é o fato de ser adaptável para transportar desde recém-nascidos até crianças de dez anos. Ele está disponível comercialmente através do site da Taga Bike, por US$ 1.495, aproximadamente R$ 3.400.

Fotos: Divulgação

sábado, 22 de novembro de 2014

Francês projeta casa pré-fabricada que produz 50% mais energia do que consome

Francês projeta casa pré-fabricada que produz 50% mais energia do que consome
 Outubro de 2014


O arquiteto francês Phillippe Starck desenvolveu um modelo de casas pré-fabricadas capazes de gerar 50% mais energia do que consome. O protótipo já está pronto e, mesmo tendo diversas opções tecnológicas, foi desenvolvido para ser acessível e chegar ao maior público possível, conforme informado pelo próprio arquiteto.
A primeira residência foi apelidada de Monffort e faz parte da linha PATH, feita em parceria com a Riko, uma das principais fabricantes europeias de casas de madeira pré-fabricadas. Starck também informa que a coleção possui quatro tipos diferentes de residência, com 34 tipos de plantas diferentes. Além disso, elas foram pensadas para utilizar apenas 1/3 da energia gasta em uma casa tradicional.

Foto: Divulgação
Um dos itens sustentáveis importantes usados pelo francês no projeto é a cobertura de cornija, que vai muito além da estética. A forma aplicada à superfície da casa protege o sistema que produz e distribui a energia, evitando perdas no processo.

Foto: Divulgação
Os clientes que optam por uma casa dessa coleção podem escolher quais tecnologias deseja aplicar para produzir energia. É possível usar painéis fotovoltaicos, turbinas eólicas, acrescentar sistemas de captação da água da chuva, usar energia solar par ao aquecimento da água, bombas de calor, entre outras coisas.

Foto: Divulgação
No exterior, a casa possui grandes vidraças, que ajudam a aproveitar melhor a iluminação natural. Os tamanhos disponíveis variam de 140 a 350 metros quadrados, com opções de até oito quartos, escritório e jardim de inverno. O arquiteto garante que a construção é feita com materiais que geram poucos resíduos e são entregues aos clientes em até seis meses.
Redação CicloVivo

Nova fase de estudo analisa impactos de mudanças climáticas em tartarugas marinhas

11/2014 - Mais quarenta e oito termômetros serão instalados. Leia mais. ↓
Nova fase de estudo analisa impactos de mudanças climáticas em tartarugas marinhas

Tamar Rio de Janeiro

Um ano após instalar aparelhos para medir temperatura da areia nas praias de cinco estados brasileiros, RN, SE, BA, ES e RJ, a pesquisadora Mariana Fuentes, da James Cook University/Austrália, está voltando aos locais onde esteve com as equipes do Tamar. O objetivo é finalizar esta etapa de coleta de dados para viabilizar análises e seguir para uma segunda fase do estudo. Na etapa seguinte, 48 termômetros pequenos medirão a temperatura dos ninhos de tartarugas-cabeçudas, inicialmente na região da Praia do Forte, área prioritária de reprodução para a conservação da espécie. Os pesquisadores vão observar a relação entre a temperatura do ar, da areia e do mar, a distância da vegetação, a temperatura dos ninhos, o desenvolvimento dos ovos e o sexo dos filhotes gerados.
A elevação da temperatura no mar, por exemplo, dificilmente é percebida pelas pessoas, mas interfere em todo o ecossistema marinho e terrestre, conta Mariana. A pesquisa deverá permitir identificar as regiões mais quentes e as mais frias na costa brasileira. Como o sexo dos filhotes de tartarugas marinhas é definido pela temperatura da areia onde está o ninho, as mudanças para mais ou para menos poderão afetar as populações dessas espécies no futuro. Com esse estudo poderemos também saber quanto tempo essa ameaça levará ou se já está afetando as tartarugas, explica.
Para analisar os impactos das mudanças climáticas sobre as populações de duas espécies de tartarugas marinhas, cabeçuda (Caretta caretta) e de-pente (Eretmochelys imbricata) os pesquisadores instalaram em 2013 sessenta aparelhos para medir temperatura nas praias em cinco estados onde o Tamar tem bases de pesquisa e conservação. O estudo, com duração de 3 anos,vai gerar dados que serão comparados com informações de mais de 20 anos de pesquisa sistematizada sobre tartarugas marinhas no Brasil. Os resultados das análises vão ajudar a criar estratégias de conservação para enfrentar os eventos climáticos que possam vir a afetar as tartarugas.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Nada de demorar no banho, hein?! Bem melhor relaxar sem pressa na praia, no rio, na piscina, na rede... #FicaDica
#PassaporteVerde #MeioAmbiente
Banho é uma delícia para refrescar! Com o mínimo de água, é claro. Não é porque a gente está fora de casa que pode ser demorado, né? 

E se você é daqueles que não consegue ficar sem um banho morno mesmo no calor, mais um motivo para agilizar: economia de energia!

Bem melhor relaxar sem pressa na praia, no rio, na piscina, na rede..
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Foto: Banho é uma delícia para refrescar! Com o mínimo de água, é claro. Não é porque a gente está fora de casa que pode ser demorado, né? :D 

E se você é daqueles que não consegue ficar sem um banho morno mesmo no calor, mais um motivo para agilizar: economia de energia!
 
Bem melhor relaxar sem pressa na praia, no rio, na piscina, na rede...
OBS: Preserve o meio ambiente e seja sustentável nas pequenas atitudes. Isso é consciência ambiental! 
Chapada Diamantina (BA)

Foto: Luis Carlos Dugolen
#MinhaFotonoMMA #meioambiente

Foto: #BoaNoite e um ótimo fim de semana!
OBS: Preserve o meio ambiente e seja sustentável nas pequenas atitudes. Isso é consciência ambiental! ;)
Chapada Diamantina (BA)
Foto: Luis Carlos Dugolen
#MinhaFotonoMMA #meioambiente

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

SUSTENTABILIDADE É ....Por que os jacarés são importantes para as populações ribeirinhas?

Por que os jacarés são importantes para as populações ribeirinhas?
Outubro de 2014 • 


Sabemos que todas as formas de vida estão interligadas. Uma vez que essas cadeias são alteradas, as consequências atingem diversas espécies, inclusive o ser humano. Mas muitas vezes não sabemos exatamente como essa interdependência ocorre. Você sabia que a sobrevivência das espécies de jacarés é essencial para a abundância de peixes e não proliferação de doenças? Sim! Apesar de ser um bicho perigoso, deixar que o jacaré viva e se reproduza é o melhor para o equilíbrio da vida de forma geral.
O veterinário Luiz Alberto Samartano, da Green Farm, contou ao CicloVivo exatamente como esse processo acontece. “Vários animais alimentam-se dos restos de carne deixados por uma única onça-pintada, que não come um veado inteiro, por exemplo, após abatê-lo. Com o jacaré não é diferente; outras espécies dependem dele”, explica. “O jacaré-de-papo-amarelo, por exemplo, gosta de comer moluscos (caramujos), hospedeiro do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose (barriga da água). Por outro lado, as fezes dos jacarés são ricas em nitrogênio, nutriente essencial para o desenvolvimento do fitoplâncton, base alimentar dos peixes pequenos e de todos os outros peixes quando menores, chamados alevinos. Os peixes menores são alimento dos maiores e assim por diante. Então, o melhor a fazer é deixar os jacarés em paz, para o bem da natureza e para o nosso próprio bem”, conclui.
Na Green Farm (conheça o projeto), há um espaço reservado para a preservação de jacarés-do-papo-amarelo. Acompanhe o trabalho desse empreendimento com outros animais através do blog.
Por André Cordeiro - CicloVivo

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Pesquisadores registram Baleias Franca em Santa Catarina

Pesquisadores registram Baleias Franca em Santa Catarina
21 de Outubro de 2014 • Atualizado às 11h14


Durante os primeiros 20 dias do mês de outubro um grupo de pesquisadores foi ao mar de Santa Catarina para estudar a incidência de Baleias Franca. Durante o período foram registradas 22 baleias da espécie nas praias de Imbiúna e Garopaba.
 Os especialistas fazem parte do Projeto Baleia Franca Brasil (PBF) e do curso de Engenharia e Pesa da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A região analisada durante a expedição foi a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, território fiscalizado para proteger esta espécie.
Os registros são muito importantes porque a espécie está ameaçada de extinção. Inclusive, até mesmo o turismo embarcado para observação de baleias está temporariamente suspenso desde 2013 e existe uma lei federal específica para garantir os cuidados com estes animais.
Conforme informado pelo ICMBio, o período de julho até novembro é quando as baleias franca são mais vistas nas praias catarinenses, para onde os animais vão acasalar e procriar. Durante as vistorias de outubro os pesquisadores registraram 11 pares de mães e filhotes, que foram fotografados e tiveram seu desempenho analisado.
A chefe da APA, Maria Elizabeth Carvalho da Rocha, explicou que através do jato de água liberado pelas baleias é possível identificar uma série elementos de saúde. O resultado mostra bons resultados nos programas de recuperação, já que a espécie também tem sido vista em outras regiões do estado.
Redação CicloVivo

Ação 2020, caminho mais curto para construção de um novo Brasil

Ação 2020, caminho mais curto para construção de um novo Brasil

MARINA GROSSI
07/11/2014 15h56
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Vista área da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (Foto: Buda Mendes/GettyImages)
Somos hoje 203 milhões de pessoas, das quais mais de 80% vivem em centros urbanos. Os congestionamentos de trânsito no Rio e São Paulo geraram um custo de R$ 98 bilhões no ano passado, quantia superior ao PIB de 17 estados brasileiros. Despejamos no meio ambiente, todos os anos, 26 toneladas de lixo e ainda não universalizamos o saneamento básico: mais da metade do esgoto produzido no país não recebe qualquer tipo de tratamento e 36 milhões de pessoas não tem acesso à água limpa. 
Para apontar soluções e contribuir para vencer esses e outros enormes desafios até o final desta década, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) acaba de lançar a plataforma  “Ação 2020”, mostrando que existem modelos de negócios capazes de superar passivos sociais e ambientais de grande vulto e propondo uma forte aliança entre empresas, governos, setor acadêmico e a sociedade civil organizada. 
Inspirada no Action 2020, desenvolvido pelo World Business Council for SustainableDevelopment (WBCSD), a construção do “Ação 2020” tem o mérito de traduzir as mensagens da ciência para o mundo dos negócios, formulando um conjunto de propostas estratégicas para solucionar os problemas mais urgentes do Brasil nos próximos cinco anos. 
Durante todo este ano de 2014, especialistas de empresas, do setor acadêmico e da sociedade civil participaram das discussões para adaptar o documento original do WBCSD numa plataforma de ações concretas para o nosso país. Foram identificados os objetivos da sociedade  para sete áreas prioritárias da agenda do desenvolvimento sustentável: mudança do clima;  água;  direitos e necessidades básicas;  produção e consumo sustentável;  biodiversidade e serviços ecossistêmicos;  uso da terra, mudança do uso da terra e segurança alimentar; e emprego e capacitação.
Para viabilizar a aplicação das propostas nessas sete áreas-chave, será necessário implementar os chamados “fatores viabilizadores”, mecanismos necessários para ultrapassar as barreiras que hoje dificultam ações sustentáveis, impedindo que ganhem escala.  Entre os fatores viabilizadores,  estão o financiamento, conhecimento e educação, estabelecimento de parcerias, regulamentações, políticas públicas, entre outros.
No processo de formulação teórica e da seleção de áreas prioritárias, uma das preocupações centrais era a de que todas as ações devem ser mensuráveis e verificáveis para que possam ser replicadas de diferentes formas e em diferentes regiões. O estímulo dessas ações lideradas por grandes empresas globais ou nacionais – movimentando na mesma direção suas respectivas cadeias de valor – está na capacidade do setor empresarial transformar em oportunidades de negócios os desafios que se apresentam, por mais complexos que sejam. 
Já existem muitas ações e casos de sucesso em diferentes áreas, mas que precisam ser estruturadas e, assim, ganhar escala. O Clube dos Produtores, do grupo Walmart Brasil, é um bom exemplo. O programa, implantado há 12 anos, abriu a possibilidade para que pequenos e médios fornecedores de alimentos – carne, pão, queijos, carnes, peixes, hortifrutigranjeiros – comercializem seus produtos diretamente nas lojas da rede. Todos são beneficiados: o consumidor tem a possibilidade de adquirir alimentos frescos e saudáveis a preços compatíveis; os produtores têm o mercado assegurado sem as pressões dos intermediários; e o Walmart oferece a seus clientes produtos diferenciados. O programa hoje beneficia a quase nove mil produtores em 18 estados brasileiros. Um outro caso de sucesso emblemático é o Movimento CYAN, da Ambev, destinado a estimular o uso racional da água. Ao lançar o programa, a empresa, além de apoiar a mobilização da sociedade para o tema, assume publicamente o  seu compromisso de atingir metas de redução de consumo em seus processos de produção. Vale lembrar que a crise hídrica vivida especialmente na região Sudeste do país não só ameaça o abastecimento de água para consumo nas cidades, como também exerce forte impacto na economia, afetando geração de energia, indústria e agricultura.
Além  do Brasil, outros 31 países que integram a rede liderada pelo WBCSD estão envolvidos na implementação nacional ou regional do Action 2020, evidentemente com adaptações internas. A versão brasileira do Action 2020 corresponde a um segundo passo depois do lançamento do relatório “Visão Brasil 2050”, apresentado à sociedade brasileira em 2012 durante a Rio + 20, no qual projetamos um país mais justo e sustentável para o final da metade deste século, quando seremos 226 milhões de habitantes com acesso à educação e saúde de qualidade, moradia, transporte, segurança e lazer. 
Além de oferecer soluções práticas para acelerarmos o nosso processo de desenvolvimento e atingir as metas traçadas para 2050, o Ação 2020 será de fundamental importância para a aplicação do documento “Agenda CEBDS – por um país sustentável”, um conjunto de  propostas concretas encaminhadas aos três principais candidatos à Presidência da República durante a campanha eleitoral.  Assim, fatores viabilizadores já começam a se desenhar. A partir de agora, vamos debater tais propostas com mais profundidade com os assessores diretos da presidente reeleita Dilma Roussef.
Estamos certos de que o Ação 2020 será um instrumento importante na formulação dos novos caminhos que precisamos escolher para mudar profundamente o nosso modelo de desenvolvimento. As soluções de negócios têm grande potencial de impactar positivamente os objetivos que a ciência e a sociedade apontam e de que partimos.
Não seria exagero afirmar que encontramos um atalho para que as inovações tecnológicas e os modelos de gestão mais eficientes, hoje presentes nas empresas líderes de mercado, possam ganhar escala e velocidade para mudar o cenário desafiador do país.
Marina Grossi é presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)