domingo, 7 de setembro de 2014

Racionalização do Consumo da Água: O reúso para fins não potáveis

Racionalização do Consumo da Água: O reúso para fins não potáveis

Publicado por http://info.opersan.com.br/
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lavagem

Um grande equívoco ocorre no consumo da água pela maioria da população: é o senso comum de que uma água de alto padrão (ou seja, a água dita nobre ou potável) deve ser utilizada para as diferentes atividades da vida cotidiana. Se a água é um bem essencial para a vida, é preciso estar atento para o fato de que ela precisa ser preservada e utilizada com o máximo de eficiência.
Diversas pesquisas e até empresas têm aumentado seu investimento em tecnologias e análises para uma utilização mais racional do bem natural. Estima-se, por exemplo, que 33% da água usada em uma casa é gasta na descarga sanitária e que, se somada ao gasto com chuveiro, este percentual pode chegar a 70%. E então, será que essa água utilizada em vasos sanitários precisa mesmo ter o mesmo grau de pureza daquela que utilizamos no cozimento de alimentos e no consumo direto?

Salvando os mananciais

reúso inteligente da água tem como principais benefícios a preservação ecológica e a redução de custos dos processos de tratamento. Com um sistema mais integrado de uso de água, seja doméstico ou em empresas, a captação do meio ambiente é reduzida drasticamente, além de a conta ficar mais barata para quem usa e para quem trata a água no final do mês. É uma estratégia essencialmente de ganha-ganha: todos se beneficiam, inclusive as próximas gerações que ainda nem vieram ao mundo.

Como fazer reúso de água?

O reúso de água se insere dentro de uma lógica maior, que é a da “racionalização do consumo” ou a “gestão inteligente” da água. Em outras palavras, significa utilizar o tipo de água adequado para cada processo. Além disso, tecnologias como sistemas de captação de água das chuvas e sistemas de tratamento de águas e efluentes industriais e sanitários, são ferramentas que ajudam nesse processo sustentável. É importante destacar, ainda, que a gestão inteligente também abarca o retorno adequado da água ao meio ambiente, seja em qual nível isso aconteça, tornando então o ciclo completo da água.

Diferentes níveis de pureza: por um consumo racional da água no cotidiano

É indiscutível que a água para beber precisa ser potável, com o mais elevado nível de tratamento - o pleno funcionamento do nosso corpo depende fundamentalmente disso. Porém, isso não se aplica às outras atividades do nosso dia a dia. Água da chuva, água reciclada, água tratada… são diferentes os níveis de pureza da água após cada um desses processos, e também diferentes as demandas de purificação para cada finalidade. Veja como várias atividades podem dispensar a água potável e ser perfeitamente realizadas com a chamada água de reúso:
  • Irrigação paisagística: abrange a rega de parques, jardins, cemitérios, campos de golfe, campi universitários, faixas de domínio de autoestradas, gramados residenciais e cinturões verdes.
  • Irrigação de campos para cultivos: plantio de forrageiras, plantas alimentícias, plantas fibrosas e de grãos, proteção contra geadas e viveiros de plantas ornamentais.
  • Usos domésticos: limpeza de calçadas, descarga sanitária, limpeza de utensílios, jardinagem, dentre outras atividades.
  • Recarga de aqüíferos: recarga de aqüíferos potáveis, controle de intrusão marinha, controle de recalques de subsolo.
  • Usos industriais: alimentação de caldeiras, refrigeração, água de processamento, lavagem de pisos e frotas.
  • Usos urbanos não-potáveis: irrigação paisagística, combate ao fogo, descarga de vasos sanitários, sistemas de ar condicionado, lavagem de veículos, lavagem de ruas e pontos de ônibus, dentre outros.
  • Finalidades ambientais: aplicação em pântanos, aumento de vazão em cursos de água, indústrias de pesca, terras alagadas.
  • Usos diversos: aqüicultura, construções, controle de poeira, dessedentação de animais.
Se considerarmos a média de consumo de água de um cidadão, que é de 150 a 200 litros de água diários, perceberemos que uma parte bastante pequena deste volume de fato exige água nobre. As outras atividades do dia a dia, tais como citamos acima, não demandam a utilização desse recurso cada vez mais escasso, abrindo caminhos para alternativas sustentáveis como o reúso.
Em busca de uma imagem mais sustentável e ambientalmente consciente, sua empresa já considera a racionalização do consumo da água como importante missão? Já havia parado para pensar que a água utilizada para a lavagem das áreas internas e externas e também a irrigação dos jardins do seu empreendimento, por exemplo, podem ser realizadas com a água de reúso? Divulgue esta ideia e entre em contato conosco para tirar suas dúvidas a respeito da solução!

Em SP, Largo da Batata ganha mobiliário de madeira e novas plantas


Em SP, Largo da Batata ganha mobiliário de madeira e novas plantas

Luisa Coelho - VejaSP.com - /08/2014
Luisa Coelho

Largo da Batata está mais verde. Menos de duas semanas depois da instalação de um bicicletário público24 horas, a praça tem agora vasos com plantas, um tapete que se assemelha a grama e um mobiliário de madeira. A ação, nomeada Jardim Pop Up, é assinada pelo coletivo de designers Design Ok em parceria com Lauro Andrade, idealizador do evento Design Weekend, que acontece até domingo em diversos pontos de São Paulo.

O objetivo da intervenção, segundo os criadores, é promover o debate sobre a cidade, bem como chamar a atenção para a importância de sua arborização e ajardinamento, incentivando também a criação de mobiliários urbanos que contribuam para isso.

Apesar da rapidez da instalação, feita em uma noite, tudo foi planejado com o cuidado de não atrapalhar a passagem das pessoas.

A ação é um motivo de comemoração para o movimento A Batata Precisa de Você, que desde o começo do ano organiza eventos e atividades com o objetivo de revitalizar o lugar.

Os "batatabancos" e outros elementos instalados por seus integrantes foram mantidos. Agora, com os idealizadores do Jardim Pop Up e a subprefeitura de Pinheiros, eles articulam a doação da instalação ao espaço público, para que o mobiliário se torne permanente e tenha a manutenção adequada
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Preserve o que é nosso!


sábado, 6 de setembro de 2014

Quem aí tem caneca no trabalho? Economize muitos copinhos de plástico. Compartilhe essa ideia!  #sejaconsciente #meioambiente #sersustentavel
Foto: Quem aí tem caneca no trabalho? Economize muitos copinhos de plástico. Compartilhe essa ideia! :) #sejaconsciente #meioambiente #sersustentavel

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Cetesb autoriza captação em rio altamente poluído para garantir água em SP

Cetesb autoriza captação em rio altamente poluído para garantir água em SP

Publicado por http://www.agsolve.com.br/
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 O comitê responsável pelas bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari autorizou a captação para consumo de águas de um trecho de 22 quilômetros no rio Jundiaí, considerado altamente poluído pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). O trecho foi recentemente reclassificado para o nível três de poluição, quando a água pode ser utilizada para abastecimento após tratamento avançado. O trecho fica entre as cidades de Itupeva e Indaiatuba, no interior de São Paulo.
Antes, o local apresentava nível máximo de poluição, o que tornava o uso humano impossível. Em situações normais, a opção é por rios com indicadores menores de poluição mas, como o nível desses mananciais está bem abaixo do usual, a captação do Jundiaí deve ser uma alternativa para garantir o abastecimento da região. A reclassificação, no entanto, ainda precisa passar por aval da Secretaria de Recursos Hídricos e a Câmara Técnica de Recursos Hídricos.
O laudo que autoriza a captação, feito pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), indica que houve melhora na quantidade de coliformes na água. De acordo com relatório da entidade, a água não foi qualificada com IQA (Índice de Qualidade da Água) ruim em nenhuma das seis medições feitas no trecho durante o ano passado.
Além disso, uma série de metais altamente tóxicos, entre eles alumínio, arsênio, bário e cádmio, antes presentes no local, não foram mais encontrados na área, apesar de estarem presentes em outros trechos do mesmo rio.
A prefeitura de Indaiatuba, cidade de 200 mil habitantes na região de Campinas, já iniciou processo para retirar água do rio Jundiaí.O próximo passo é determinar quanta água será captada do manancial. Atualmente, a cidade retira água dos rios Capivari-Mirim e Piraí, além de outros ribeirões e córregos de pequeno porte. A água do Jundiaí irá complementar o abastecimento.
De acordo com a prefeitura, investimentos em despoluição realizados ao longo da bacia nos últimos 20 anos melhoraram a qualidade da água, principalmente no trecho entre Itupeva e Jundiaí. O projeto de despoluir o rio Jundiaí começou na década de 80, quando as cidades no entorno do curso do rio passaram a tratar o esgoto que era despejado na água. "Estamos enfrentando a pior estiagem dos últimos 90 anos, e o uso do Jundiaí é de extrema importância para Indaiatuba", disse o prefeito da cidade, Reinaldo Nogueira.
Já Nilson Gaspar, superintendente do Saee (Serviço Abastecimento de Água e Esgoto), diz que, além do relatório da Cetesb que atesta a qualidade da água do rio, foram realizados ensaios de tratabilidade com base na Portaria 2914/2011, do Ministério da Saúde, que demonstraram que após tratamento, a água do rio Jundiaí pode ser utilizada para abastecimento público. "É importante ressaltar que o Saae possui um laboratório credenciado pela ISO 17025, do Inmetro, e distribui água potável à população com qualidade e dentro dos padrões exigidos pela legislação".
O professor Wilson Jardim, autor de um estudo que mediu o impacto de substâncias químicas presentes nos mananciais da região de Campinas, acredita que, com a melhoria na qualidade da água, aliada a um tratamento eficiente, a água pode ser consumida sem problemas pela população. "Se há ausência de metais pesados e a qualidade melhorou, essa é uma opção válida", diz.
Repercussão
Entre a população, a ideia de consumir a água do Jundiaí não tem grandes adeptos. A comerciante Josefa Aparecida Salles, 42, disse que o local ainda é muito poluído. "Não gosto nem de comer o peixe, imagina beber a água. Acho que vai ser preciso muito produto químico para tratá-la", avalia.
Já o estudante Artur Figueira Santos, 21, acredita que, mesmo poluído, o rio pode ajudar no abastecimento. "Eles não iam permitir a retirada de água para abastecimento se houvesse riscos. Em tempos de seca, com os rios cada vez mais secos, pode ser necessário usar essa água, e vai ajudar", disse.
Fonte: Portal UOL

Melhor mobilidade urbana tem que deixar de ser promessa

Melhor mobilidade urbana tem que deixar de ser promessa

Notícia -ago - 2014
Em intervenção em pontos de ônibus na cidade de São Paulo, Greenpeace Brasil desafia governantes a assumir verdadeiro compromisso com transporte público de qualidade

Intervenção em ponto de ônibus próximo ao Parque do Ibirapuera, em São Paulo, desafia governantes a assumir compromisso com mobilidade urbana de qualidade (©divulgação)
Os paulistanos acordaram nesta quarta-feira com uma surpresa:  cem pontos de ônibus das regiões da Vila Madalena, Avenida Paulista, Vila Mariana, entre outras, estampavam cartazes com a seguinte frase: “A espera acabou. Até o final de 2014 a extensão do metrô de São Paulo vai dobrar”. Os cartazes continham também uma foto-montagem de Geraldo Alckmin, atual governador do Estado de São Paulo, e de Dilma Rousseff, presidenta do Brasil. A união dos políticos de partidos diferentes também reforçava o estranhamento da “propaganda”.
A provocação realizada pelo Greenpeace Brasil tem o objetivo de pressionar os candidatos (Dilma é candidata à reeleição assim como Alckmin) a assumir verdadeiro compromisso com a melhoria do transporte público e com a mobilidade urbana para além de promessas eleitoreiras. A intervenção foi destaque na imprensa e provocou reações dos partidos dos candidatos. “Mas ninguém lembrou que o voto dos cidadãos é  sempre conquistado com promessas que depois não são cumpridas e que a população convive com condições indignas de transporte público”, afirma Barbara Rubim, da Campanha de Transporte do Greenpeace. “Isso tem que mudar”.
O planejamento inicial da atividade previa a revelação de seus objetivos e autoria no final da quarta-feira 13. Diante da comoção nacional e em respeito ao falecimento do candidato Eduardo Campos e equipe, o Greenpeace decidiu postergar a assinatura do protesto para hoje, quinta-feira.

Os cartazes continham também a hashtag #JuntosPelaMobilidade para incentivar a população a compartilhar a imagem e questionar o anúncio nas redes sociais. Esse objetivo foi atingido e o estranhamento alimentou inúmeras discussões na Internet, gerando respostas dos partidos envolvidos (PT e PSDB). A discussão de fundo, contudo - que trata exatamente da falta de compromisso dos governantes com a melhoria do transporte público e com a mobilidade urbana -, não recebeu a mesma atenção por parte das agremiações políticas. Resultado: mais uma vez a disputa partidária deixou em segundo plano o que realmente interessa à população.
No balanço dos últimos quatro anos do que foi feito no estado de São Paulo em relação ao investimento em transporte público, por exemplo, apenas 13% do que havia sido prometido de expansão do metrô virou realidade. O governo federal, por sua vez, repetiu o papel de transferir a responsabilidade. Limitou-se a acompanhar passivamente a incapacidade dos entes estaduais e municipais de não aplicar os recursos transferidos pela União para  desenvolver e executar os projetos de mobilidade urbana. Tanto é que, dos cerca de R$150 bilhões prometidos nos últimos anos, aproximadamente 30% foi de fato convertido em melhorias para a população.
O Greenpeace não quer que esse erro se repita. Por isso, desde 2013, desenvolve a Campanha de Transportes para pressionar os governantes a quebrar esse ciclo nocivo que compromete a qualidade de vida nas grandes cidades. Em ano eleitoral, a organização pede aos candidatos à Presidência que priorizem investimentos regulares na mobilidade urbana. Como só investimento não vira realidade, o governo federal precisa também se envolver com a capacitação e a implementação de projetos em nossas cidades. Os governadores não podem encarar as melhorias de mobilidade como carta eleitoreira – as mudanças e compromissos assumidos precisam começar já em 2015, evitando que, daqui há quatro anos, elas continuem na lista de promessas.
Confira abaixo algumas das promessas não-cumpridas pelo governo de São Paulo em relação à ampliação de sua rede metroviária:
  • Em 2010, ao ser eleito, o governador prometeu terminar a linha 4 do Metrô, criar o Expresso Guarulhos e a linha 6 do Metrô, que ligaria as regiões São Joaquim, Freguesia do Ó e Brasilândia. Nenhuma dessas se cumpriu;
  • Em 2012, prometeu entregar mais 126 km de malha metroviária para São Paulo até 2018;
  • No mesmo ano, disse que até 2014 a cidade teria mais 30 km de metrô. Desses 30 km, no entanto, somente 13% saiu do papel.
O Governo Federal também não deixa a desejar no quesito promessas que não saíram do papel:
  • Em junho de 2009 foi anunciado o trem-bala que, apesar de ser questionável, deveria ter sido entregue para a Copa do Mundo, e hoje está sem previsão de inauguração;
  • Em 2010 estava previsto investimento de R$11,6 bilhões (valor não corrigido pela inflação) para as obras de mobilidade que seriam o legado da Copa, ao final de 2013 o valor já havia caído para R$8,5 bilhões. Em números de projetos, chegamos a ter 67 obras prometidas, das quais somente 42 foram mantidas, a grande maioria delas, contudo, só ficará pronta entre 2015 e 2017, se não atrasarem de novo;
  • Somando-se o valor prometido para a mobilidade entre PACs e o Pacto da Mobilidade (anunciado em junho de 2013), chegamos à vultosa quantia de R$150 bilhões, contudo, cerca de 70% desse valor nunca saiu dos cofres do Governo Federal. 

Abril Gráfica apoia movimento pela sustentabilidade do papel

Abril Gráfica apoia movimento pela sustentabilidade do papel

A iniciativa Two Sides chega ao Brasil com o objetivo de divulgar o uso responsável do papel em toda a sua cadeia de valor e elucidar mitos e fatos em torno da comunicação impressa

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sustentabilidade da comunicação impressa é tema de uma organização internacional que chegou ao Brasil neste ano, com o apoio da Abril Gráfica e outras empresas e associações ligadas à cadeia de valor do papel.

Surgida no Reino Unido, a Two Sides ("dois lados", em inglês) quer promover o uso responsável do papel em toda a sua cadeia de valor, desde o plantio das florestas até o consumo e a reciclagem.

Entre as ações, lançou uma cartilha, agora disponível em português e em formato digital, que busca desconstruir alguns mitos em torno dos impressos, como a que diz que o papel destrói florestas. A publicação esclarece, por exemplo, que todo papel produzido no Brasil vem de florestas plantadas. Essas florestas absorvem o triplo de carbono que a própria indústria do papel emite em um ano, segundo a cartilha.

A Abril Gráfica, que produz mais de 200 milhões de páginas de revistas, livros e folhetos por dia, tem uma forte preocupação com sustentabilidade, e apoia as ações da Two Sides.

"O apoio à iniciativa Two Sides é motivado pelo alinhamento entre o principal objetivo desse movimento e a nossa crença de que a decisão sobre a utilização do meio impresso possa ser tomada de forma consciente de seu reduzido impacto ambiental", explica o diretor-superintendente da Abril Gráfica, Eduardo Costa, que também é conselheiro do Planeta Sustentável. "Isso é fruto da preocupação em toda a cadeia de produção e consumo de papel e da altíssima taxa de reciclagem deste material fechando um ciclo com alto desenvolvimento tecnológico empregado".

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

TATU: O engenheiro oculto

O engenheiro oculto

As obras do tatu-canastra mudam a paisagem do Pantanal, mas o mamífero nunca era visto em ação – até ser flagrado por armadilhas fotográficas

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Kevin Schafer

Poucos animais escapam aos olhos de um peão pantaneiro. Esteja a pé, a cavalo ou na carroceria de um veículo 4x4, quem cresceu no Pantanal Mato-Grossense e vive na lida do gado está acostumado a focar pequenos movimentos na vegetação e identificar a espécie - antes mesmo de qualquer turista perceber a presença do bicho.

Apesar dessa habilidade, nenhum trabalhador da Fazenda Baía das Pedras, no município de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, sabia que na região viviam pelo menos 14 tatus-canastra (Priodontes maximus), todos eles bem ativos. Alguns peões até acreditavam que ele estivesse extinto na região, pois ouviam histórias de caça de seus pais e avós, mas jamais toparam com um desses gigantes de armaduras. Nem mesmo durante as comitivas, quando conduzem o gado para leilão e pernoitam a céu aberto. É algo surpreendente - registros do tatu-canastra no Brasil mencionam espécimes de até 1,5 metro de comprimento, 60 centímetros de altura e 60 quilos. As garras dianteiras, em forma de foice, podem ter 20 centímetros de comprimento.

Apesar do comportamento esquivo da espécie, uma alteração na paisagem sempre intrigou os pantaneiros: os buracos, que surgem por toda parte. Foi preciso que o zoólogo francês Arnaud Desbiez identificasse seus construtores para os peões perceberem como estavam cercados de sinais da presença do grandalhão. Nenhum dos outros tatus é capaz de cavar túneis com 5 metros de extensão e 35 centímetros de diâmetro.

Desde julho de 2010, Arnaud mantém uma rotina trabalhosa de pesquisa em uma área de 20 mil hectares, ao lado dos veterinários brasileiros Danilo Kluyber e Renata Santos e do biólogo Gabriel Massocato, com diversos colaboradores eventuais e apoio da Sociedade Real Zoológica da Escócia e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), do Brasil. Apesar de o tatu-canastra ocorrer em toda a América do Sul e estar classificado como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), faltavam informações importantes sobre a espécie. Pouco se sabia, por exemplo, a respeito de seleção e uso de hábitat, tamanho do território, reprodução, se há sobreposição dos espaços ocupados por indivíduos ou qual o parentesco entre os exemplares de cada região.

O âmbito de ocorrência de cada tatu pode variar muito - entre 5 e 35 quilômetros quadrados. A expectativa dos especialistas, ao preencher tais lacunas de conhecimento, é propor um plano de ação para a conservação da espécie a partir de 2015. Por enquanto, a equipe de Arnaud se concentra no monitoramento. Ela precisou desenvolver uma armadilha leve, porém firme, forte e grande o suficiente para pegar o tatu-canastra à saída da toca sem machucá-lo. Também foi necessário inventar um meio de colocar um radiotransmissor na carapaça, pois tatus não têm pescoço para receber uma coleira com rádio.


Quando capturam um tatu, os pesquisadores verificam peso e medidas e coletam amostras de pele, sangue, fungos e parasitas (como carrapatos) para avaliar seu estado de saúde e fazer exames de DNA. Em seguida, o animal recebe o transmissor e é solto. Daí começa o jogo de paciência, muita paciência. Com uma antena na mesma frequência do aparelhinho fixado em cada animal, a equipe de Arnaud passa noites e noites mapeando os movimentos do bicho à base de bips mais fortes ou mais fracos e das coordenadas geográficas fornecidas pelo equipamento, com poucas chances de fazer observações diretas.

Arisco e desconfiado, o tatu-canastra habita de florestas fechadas a campos de Cerrado bem abertos, mas permanece 75% do seu tempo debaixo da terra. Às vezes, passa vários dias sem deixar o buraco. Ou espia só um pouquinho e volta correndo ao farejar algo estranho. De repente, resolve sair para se alimentar, detona um cupinzeiro enorme e muda de toca, andando mais de 6 quilômetros em uma noite só, mais de 20 quilômetros em uma única semana, obrigando os cientistas a varar a vegetação cerrada e recorrer ao GPS para achar o caminho de volta.

A equipe, contudo, conta com a ajuda das armadilhas fotográficas: 15 câmeras de foto e duas de vídeo dotadas de sensores de movimento. Posicionadas em buracos, elas revelam informações preciosas sobre o comportamento do gigante tímido - conseguiram até mesmo flagrar a primeira voltinha ao ar livre de dois filhotes da mesma fêmea. O primeiro nasceu em novembro de 2012, mas não resistiu por muito tempo.

Graças a esses registros, agora se sabe que a gestação dura cinco meses e as primeiras saídas do pequeno desacompanhado só ocorrem com 6 meses de vida, quando sua dieta começa a variar, embora ainda inclua o leite materno. Também é possível ver seu processo de aprendizado - sempre supervisionado de perto pela mãe - na troca de tocas e no reconhecimento de cheiros, um detalhe fundamental para a sobrevivência, pois o olfato é o melhor sentido dos tatus.

As câmeras-armadilhas fazem o impremeditado papel de "paparazzi" da vida selvagem: quando mantidas durante 40 dias no mesmo local, registram usos e usuários das tocas até agora desconhecidos pela ciência. "Estudamos os registros de 60 espécies, flagradas por mais de 4 mil sequências de imagens de nossas câmeras. Pelo menos 24 dessas criaturas - entre aves, répteis e mamíferos - são beneficiadas pelas alterações de hábitat promovidas pelo canastra. Isso nos permite classificar esse tatu como um engenheiro do ecossistema, ou seja, um animal capaz de transformar o ambiente e, com isso, influenciar os hábitos de outras espécies", explica Arnaud Desbiez. "Alguns bichos usam os buracos abandonados pelo tatu como abrigo, outros para descansar durante as horas mais quentes do dia e outros ainda para buscar alimento e caçar presas." Os pesquisadores agora investigam o papel das tocas na disseminação de doenças e parasitas.

No Pantanal, os tatus-canastra fazem três tipos de escavações: abrem cupinzeiros e cavam buracos rasos (até 1 metro de profundidade) para se alimentar, fazem tocas de descanso para usar apenas uma noite (de 1,5 metro) e profundas (de 5 metros) para permanecer por mais dias e ter para onde voltar eventualmente. Um adulto cava, em média, um novo buraco a cada dois dias. A exceção são as fêmeas prenhes ou com filhote pequeno, que ficam mais de 20 dias na mesma toca.

O ambiente preferido para as escavações são os murundus, pequenas porções elevadas de solo arenoso, sobre as quais cresce a vegetação de Cerrado. Os murundus escolhidos para tocas geralmente têm um ou dois cupinzeiros. Os pesquisadores acreditam que o canastra pode alcançar e se alimentar dos cupins vizinhos mesmo quando permanece dentro de sua toca.

Na obra da toca, os tatus removem uma boa quantidade de areia para fora do buraco, criando um ambiente propício, por exemplo, para o "banho" de tamanduás ou para a sesta de famílias inteiras de queixadas e catetos, além das solitárias antas e onças-pardas. Mais: toda a areia revolvida expõe insetos e sementes, atrás dos quais vêm aves, répteis e pequenos mamíferos, que, por sua vez, são presas de cachorros-do-mato, iraras e felinos. Ou seja, o ambiente modificado pelo tatu serve também para a alimentação.

Em seu interior, as tocas são espaçosas e frescas, com a temperatura em torno de 24 oC. Vários outros bichos, de ratinhos a jaguatiricas, buscam esse conforto térmico para escapar do calor ou do frio. Até mesmo outras espécies de tatus - como o galinha, o peba e o rabo-mole - são ocupantes temporários. Para os pesquisadores, esse uso pode servir para a adaptação e a sobrevivência dos diversos inquilinos a eventos extremos, associados às mudanças climáticas.

Uma verdadeira comunidade se movimenta ao redor e dentro dos buracos do tatu-canastra, cada espécie por um motivo diferente e com uma maneira particular de aproveitar o ambiente alterado. Quanto ao engenheiro responsável pela obra, ele segue sua rotina de trabalho noturno, indiferente às melhorias que espalha em seu caminho. Discretamente, como gosta. 
No Pantanal, Arnaud Desbiez e Danilo Kluyber soltam um tatu-canastra após pesar, medir e tirar amostras de sangue. Nenhum outro tatu é capaz de cavar túneis de 35 centímetros de diâmetro e até 5 metros de comprimento - antes de sair, o bicho investiga com o olfato apurado.
Apesar da falta de informações atualizadas sobre sua distribuição geográfica, a espécie pode ser encontrada desde a Venezuela até o norte da Argentina, incluindo boa parte do território brasileiro
TERRA DE TATU
As dez espécies brasileiras descendem de um ancestral já extinto, o gliptodonte. Uma maneira de distinguir tatus do mesmo gênero é pelo número de "cintas" no meio da carapaça - o número consta do nome científico de alguns. Entre as espécies atuais, o canastra é o maior tatu do mundo.

Coala é salvo com respiração boca a boca na Austrália

Coala é salvo com respiração boca a boca na Austrália

Agente de proteção da fauna salvou animal, que estava gravemente ferido.
Coala foi atropelado por um carro na periferia de Melbourne.

Da France Presse
O coala salvo está se recuperando agora em um refúgio e, segundo seus cuidadores, 'está bem e está comendo' (Foto: Reprodução/YouTube/GuardNews1x2)O coala salvo está se recuperando agora em um refúgio e, segundo seus cuidadores, 'está bem e está comendo' (Foto: Reprodução/YouTube/GuardNews1x2)
A Austrália comemorava nesta sexta-feira (22) o gesto heroico de um agente de proteção da fauna, que salvou um coala gravemente ferido fazendo respiração boca a boca.
Os agentes precisaram agir na quinta-feira em Langwarrin, na periferia de Melbourne (sudeste), para tentar salvar um coala atropelado por um carro.
Ao chegar, os bombeiros encontraram o pequeno marsupial agarrado a uma árvore.
"Pensávamos que estava morto. Mas depois caiu e o recolhemos em um cobertor", disse o capitão Sean Curtin, citado pela rádio Fairfax.
Neste momento, um agente de proteção da fauna selvagem decidiu fazer respiração boca a boca no animal ferido, além de uma massagem cardíaca. A cena, gravada por um cinegrafista amador, não parava de circular pelas redes sociais nesta sexta.
O coala salvo está se recuperando agora em um refúgio e, segundo seus cuidadores, "está bem e está comendo".
A população de coalas na Austrália, estimada em mais de dez milhões antes da chegada de colonos britânicos em 1788, caiu a apenas 43.000 atualmente. No entanto, é difícil fazer um censo exato devido ao seu modo de vida, que transcorre em boa parte no alto das árvores.
Os coalas seguem ameaçados pela redução de seu habitat, pela circulação de veículos e pelos ataques de cachorros.
Coala ferido após ser atropelado foi salvo após receber respiração boca a boca na Austrália (Foto: Reprodução/YouTube/GuardNews1x2)Coala ferido após ser atropelado foi salvo após receber respiração boca a boca na Austrália (Foto: Reprodução/YouTube/GuardNews1x2)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A Agência Nacional de Águas (ANA) está com inscrições abertas para 6 mil vagas em cinco cursos diferentes, todos eles gratuitos e a distância. Os temas oferecidos são: Água na Medida Certa; Cuidando das Águas; Planejamento, Manejo e Gestão de Bacias; Comitês de Bacias: Práticas e Procedimentos; e Lei das Águas. Os interessados podem se inscrever na página de cursos a distância da ANA até o próximo domingo, 7 de setembro. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição. Quando o número de alunos chegar a 6 mil, as inscrições serão encerradas.

Saiba mais em: http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=12533

Foto: A Agência Nacional de Águas (ANA) está com inscrições abertas para 6 mil vagas em cinco cursos diferentes, todos eles gratuitos e a distância. Os temas oferecidos são: Água na Medida Certa; Cuidando das Águas; Planejamento, Manejo e Gestão de Bacias; Comitês de Bacias: Práticas e Procedimentos; e Lei das Águas. Os interessados podem se inscrever na página de cursos a distância da ANA até o próximo domingo, 7 de setembro. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição. Quando o número de alunos chegar a 6 mil, as inscrições serão encerradas.

Saiba mais em: http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=12533

EIVE AUDIENCIA PÚBLICA:LOTEAMENTO JARDIM BOTÂNICO.PARTICIPE


REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA:PARTICIPE !



O Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Zacarias Albuquerque Oliveira, no uso de suas atribuições legais e regimentais, convida os membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo e público em geral para Audiência Pública a ser realizada no dia 04 de Setembro, às 15h, no auditório do Centro de Educação Ambiental, referente à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, pela empresa Loteamento Jardim Botânico, localizado na área da Rua Dr. João Maria, s/nº, Parque São Benedito, nesta cidade.  Estará disponível para consulta prévia, cópia impressa e digital do referido EIV, na Coordenação de Licenciamento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, entre os dias 20/08/2014 a 04/09/2014. O munícipe e/ou conselheiro interessado poderá obter cópia do EIV mediante a entrega de um CD.